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Eu e a Diva tínhamos pensado em transformar nossa idéia em curta-metragem e vender pra passar na Revista RPC com direito a Diogo portugal e tudo mais. Depois, como somos muito das bardosa achei que estaria fazendo um bem pro mundo se eu só sugerisse a matéria pra RPC (a globo aqui no Paraná), mas os dias passaram, uma preguissera tomou conta e eu abandonei meus planos de salvar o maior evento do mundo.
Mas hoje um curitibano atravessou meu dia, e me fez relembrar minhas crises existenciais e como o curta dá muito trabalho e ninguém lê email em redação de emissora mesmo, pensei: é isso aí, o que importa é a internet ficar sabendo né! E cá estou eu, dando um tempo na minha vibe poética e retomando minha vibe, eu me implico com tudo.
Sim,
Se você é de outro estado você provavelmente deve estar pensando, como assim? Existe algo que possa impedir a perfeição da copa em Curitiba? Aquela cidade linda, arborizada, com um sistema de transporte eficiente, a população que fala todas as línguas do mundo, e blá blá blá?
SIM!
Os curitibanos.
Curitibacas como são carinhosamente denominados pelo restante do estado são um povinho que vai inviabilizar a copa, juro. Podem escrever o que estou falando, aliás nem precisa, eu mesma estou escrevendo.
Há algumas semanas eu precisei chegar em um lugar qualquer em Curitiba.
O Google maps informou 20 minutos a pé. Supimpa, lá fomos eu e a Diva, as tal lugar.
Começou nossa odisséia, sim, porque teve todos os elementos de uma odisseia que se possa querer.
Primeiro problema: As ruas em Curitiba mudam de nome. Simples assim, tá indo com um nome, e do nada, pelo capricho de alguém que não tinha nada melhor pra fazer, a rua muda de nome.
Seu mapinha do Google maps vai pro lixo nesse exato momento.
Segundo problema: CURITIBANOS, e pra mim a razão do porque a copa devia ser transferida pra Floripa. Você pergunta pro individuo como faz pra chegar em tal rua (seu ponto de referencia) E, o curitibano, sem te olhar responde: você vai pela rua José da Silva, vira na igreja do santo sudário, e na rua Pedro das Perera você vai até a praça da pracinha. Isso tudo apontando pro lado oposto do lado onde o mapa, e o bom senso te dizem pra ir.
Como você não é de curitiba (e todas as pessoas que vão à copa, não serão também) você não faz idéia o que essas referências são, e capricha na cara de: quê?
A pessoa repete exatamente as mesmas informações, desta vez apontando pra um terceiro lado, que nõa é nem o que você sente que deve ir, nem o primeiro que ela apontou e te lança aquele olhar: saia daqui, você está atrapalhando meu dia.
Você sai, afinal, gente estupida tem em todo lugar né.
Depois de agradecer e não ouvir um denada, não ver um sorriso e sentir que a pessoa, chamaria a polícia se você não fizesse isso você segue a sua intuição e vai indo.
O que você não sabe, é que gente estupida tem sim em todo lugar, mas que Curitiba só tem gente estupida.
Algum tempo depois você encontra a tal igreja, e sem saber pra onde ir, porque:
FATO: curitibano não conhece palavras como ESQUERDA ou DIREITA.
você pensa ao ver uma pessoa que te parece ser uma alma boa, ooooolha, minha salvação.
Ao menos foi o que nós pensamos.
Ah, curitiba, acabando com sonhos e ilusões~desde sempre não é mesmo.
Poisé, outro fato de curitibano, a gente, ou no seu caso, você, quando for usar esse manualzinho pra entender porque deveriam transferir a copa pra Floripa, vai descobrir.
Quando o curitibano aponta: é reto! ele na verdade está dizendo: vire.
Claro, que você não sabe se pra esquerda ou direita, porque não são parte do que se pode esperar ouvir por lá, não é mesmo.
Outra coisa que percebemos é que as ruas aqui no interior (e quase que no resto do mundo se eu bem me lembro das minhas andanças) são retas. Elas quando se cruzam, são duas ruas, e forma-se assim uma esquina. RUAS PARALELAS NÃO SE CRUZAM.
Não em curitiba.
Então a rua que você estava indo, mundou de nome, e você está lugar certo por pura sorte, já que as informações dadas não te levariam ao batel, mas ao litoral do Paraná, e pela terceira vez (e ultima) você resolve pedir uma informação. Santa inocência.
A pessoa aponta e fala: é só pegar aquela rua ali!
O moço saiu andando e nos deixou com lagrimas nos olhos.
A rua fazia curva e depois se cruzava numa mesmo e único cruzamento de 4 ruas.
As paralelas se invertiam e uma meio se misturava com a outra, e como o moço não falou as três palavras chaves da informação: esquerda, direita e paralela nós não tínhamos a menor ideia de pra onde ir.
Nem você terá quando for a sua vez.
E nenhum dos turistas que vierem pra copa também terão.
Quando 50 minutos depois achamos a rua outro pensamento bobo veio a nossa cabeça: agora é só seguir os números.
Não,
Você não está entendendo,
não é assim em Curitiba.
Mas claro que a gente levou um tempo pra perceber.
Pense comigo:
A plaquinha está escrito assim:
Rua do nome de alguém
133 à 233
Você não entenderia que se você seguisse essa rua,
onde você está, os números deveriam ser o um três três, indo pro dois três três?
é
Nós também
E os pobres turistas da copa vão cometer o mesmo erro bobo.
Não é isso.
E não ouse perguntar porque o curitibano, grosso, e estressado não vai se dar ao trabalho de parar pra responder a sua pergunta.
Três quadras pro lado errado depois, voltamos pensando em como isso é um problema.
Em nossas andanças pelo mundo,
sabemos que o carioca, só não te põe no carro dele pra te levar onde você precisa ir porque você pode ser um assaltante.
Em nova York, o novaiorquino, vai por seu mapa no chão e junto com você entrar nele pra te dar uma melhor noção da coisa.
Em bostom, os caras REALMENTE te levam lá
Os indianos, vão te explicar oito vezes pra garantir que você entendeu o sotaque deles,
os japoneses vão entrar na internet no gadget super massa que eles teem e você nunca tinha visto, e te mostrar o caminho mais rápido.
O mexicano, tem um amigo taxista ali do lado, e caso você queira mesmo ir a pé, por apenas um dolar ele acompanha você até lá.
O inglês, que sim, é mais simpático que o curitibano, vai desenhar pra você os erros do google maps, e quando e onde as ruas mudam de nome.
Os russos assim como os mexicanos vão te acompanhar, vão te oferecer a melhor vodka que você já bebeu na vida, e pegar seu msn.
Os argentinos, vão dar a informação. Simples e eficiente assim.
Os paraguaios te dão a informação, e ainda te fazem comprar um pendrive.
Os italianos, explicam o erro do seu mapa, e falam o nome das ruas, com direitas e esquerdas e fazendo você repetir depois pra garantir que você memorizou.
Os romenos além de dar as informações de modo bastante similar aos italianos te roubam um beijo na boca que faz você querer saber onde fica a Romenia pra ir pra lá.
Os alemães, diferem-se dos curitibanos pelo que lhes falta: são secos também, mas: respondem o bom dia, conhecem direita e esquerda, olham pro interlocutor, e no final respondem ao obrigado.
E, os paulistas além de te dar a informação vão te falar de alguma pizzaria boa ali perto.
Mas os curitibanos,
eles tem aquela prepotencia de se achar os melhores do mundo.
São estupidos,
não sorriem,
não tem noção de coisas como: direita, esquerda, paralelas, numeros, quantidade de quadras ou ruas...
Enfim,
muitos dos problemas não podem ser resolvidos, como as esquinas de três ruas, enquanto que a numeração nas placas, e as ruas mudarem de nome, esses podem sim.
AGORA, VAI POR MIM:
Quatro anos é pouco tempo pra se educar uma cidade inteira.
Gentilesa e bom-senso, são fundamentais pra uma cidade que quer receber um evento do tamanho da copa do mundo.
E isso, pessoalmente eu acho que não tem campanha de concientização que dê conta de fazer, vem de berço, mas bem que se podia tentar né.
Ou então mudar a copa pra Floripa.
Texto sem correção nenhuma, pq tá longoo e eu nem to afim de reler..
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3 comentários:
HAHAHAHAHAHAHA
HAHAHAHAHAHAHA
Tô rindo muito aqui ...
Primeiro: que maravilha que mora em Curitiba! Pô! Sou de Londrina, nem é tão longe assim, um dia podemos nos encontrar já que vivo indo para Curitiba e pretendo morar por aí.
Segundo: Eu realmente acho que os curitibanos irão inviabilizar a copa por aí. Eu sou uma paulista que veio se aventurar no PR, e sei que os paulistas acham que só existe SP no mundo e mais nada (rs), mas os curitibanos têm certa mania em explicar equivocadamente lugares, tratar a todos como se fossem inferiores, enfim rs...
Terceiro: Chegar no litoral do PR e não no Batel! huahauaua
Amei.
Muito mesmo rs.
Nossa..eu nunca imaginaria nada disso que vc está falando...imaginava algo totalmente diferente...blog é muito cultura, né?
Eu nem sabia que eles eram estressados, veja só...
Sou carioca e nunca imaginei esse tipo de coisa no Brasil. Tudo bem, existe gente tosca, mas assim é demais! É como se dissesse, "vaza" que eu não tô com saco!
Gostei do texto, bastante divertido.
Parabéns!
Tenho um blog sobre o making off de meu livro. Pode visitar, lá tudo é bem explicadinho e educado!
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