domingo, 29 de agosto de 2010

Punhais nas mãos de crianças

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Hoje ela contou
eram já vinte anos
Vinte anos pareciam muitos
quando assim, contados juntos.

Era apenas uma criança
quando tudo começou,
e ainda hoje não entendia
o motivo daquilo tudo.

Sentia-se acuada
e como um cachorro sempre preso
com violencia reagia às pedras
que se lhe atiravam.

Sua vontade era de agarrar um punhal
e cravar bem fundo na dor
na dor que sentia, ou em quem a impunha
Só queria não doer mais.

Como uma criança reagia,
chorava, gritava. E sabia disso.
Mas sabia também, que as agressões
começaram antes de conhecer
Um modo mais maduro de reagir.

3 comentários:

Michele S. Silva disse...

Ultimamente me sinto essa criança aí, ó! Por favor, não deixem punhais ao meu alcance. rs.
Beijos patagônicos, Damis.

Anônimo disse...

Maris, minha querida amiga. Acho que estamos sempre procurando um modo mais maduro de agir. Ainda bem!
Uma beijoca carinhosa.
Manoel.

Sylvio de Alencar. disse...

Continuo não sabendo como reagir...
Fico maluco com isso, mas, não tem jeito...