sábado, 23 de maio de 2009

Despedida

Algumas despedidas conseguem doer mais que outras.
Despedir-me da Edelci quando ela voltou pros estaites foi doloroso, despedir-me do Victor e do Phillip quando vim embora do navio foi pavoroso, despedir-me do Mark quando vim pra casa do intercâmbio foi traumatizante, despedir-me da minha gata quando a veterinária disse que não poderia salvá-la, ai nem sei descrever o quanto doeu.
Em compensação lembro que vindo desse mesmo navio, a Rowena me abraçava e nem conseguia falar de tanto que chorava dizendo o quanto sentiria minha falta, e eu honestamente não me sentia igual, foi no minimo diferente. Entre tantas outras despedidas, tem aquela da cachoeira, tem as meninas me levando no aeroporto, tem o passeio em cozumel com o Phillip, tem o beijo do Sorin, tem as lágrimas da minha mãe . . .
Despedida é algo que não se aprende, a gente cria barreiras, decide não se apegar a mais ninguém, finge que está tudo normal e que é só mais uma viagem, enfim tenta criar formas de não doer, como a gente é inocente de não aceitar que despedidas são oportunidades.
Hoje curiosamente estou feliz com essa despedida, a Bibi vai embora, minha aluninha, que eu tanto adoro, vai embora, e isso me dói. Decidi que aquela aula seria memorável, e acho que foi. A noite saímos eu ela e a Grazi, ela foi a estrela da noite, decidiu o que comeríamos, onde iríamos, o assunto, tudo. Talvez dessa vez eu tenha acertado, despedidas são dolorosas, mas não precisam ser velórios.
No final vimos uma mensagem que ela deixou pra uma amiga no msn: "Já volto, vou conversar com minhas profes de farra."
Nos realizamos.
Ahhhhh, Bibi, como eu vou sentir sua falta.

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