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Quando éramos crianças, eu e minha irmã tínhamos duas amigas que também eram irmãs. A Cris e a tati eram inseparáveis. Eu e a Poli também. Com o passar do tempo alguns poucos anos de diferença não me separavam mais da Cris, nem a Tati e a Poli, assim, as quatro, até hoje permanecemos grandes amigas. Morávamos num interior do Brasil, algo meio sítio, meio a esquina do fim do mundo, daqueles lugares, onde todo mundo está casado com dezesseis anos. Onde aos vinte todo mundo já tem uma carrerinha de barrigudinhos. E nós, as quatro, nos mudamos de lá e não tivemos filhos. Brincávamos quando víamos nossos amigos daquela época que éramos a força da resistência.
Quando voltei dos Estados Unidos, algum tempo depois a Poli voltou de Portugal, e tcharam, um dia a Poli avisou que estava grávida. Pérai, a Poli era a mais nova de nós quatro, era a Cris que ia decidir quando começaríamos a ter filhos...
Mas a Poli perdeu o bebezinho dela logo nas primeiras semanas de gestação.
Ai um dia eu tinha certeza que a Mariana estava vindo, só eu sei da felicidade que senti. Eu tive certeza que realmente a Poli havía nos desencantado, Mas eu também à perdi.
Dai um tempo depois, a Cris anuncia a sua gravidez. Quase senti uma ponta de medo.
Mas a dela deu tudo certo.
E essa semana nasceu a Grabiela. Minha primeira sobrinha. Tá, a sobrinha é da Poli, mas ah, é um pouquinho minha também.
A Tati anunciou planos de engravidar esse ano.
Eu bem queria, mas nem ando podendo anunciar esse tipo de coisa.
Talvez o meu seja próximo então.
Eu sei que pensando lá no nosso sítio, ter filho quase aos trinta é tipo esperar ser muito velha pra ter filho. E eu também sei, que se o lugar onde moro não fosse praticamente um sítio, se ao menos fosse uma cidade maiorzinha, mais desenvolvida e talz, eu nem estaria pensando nisso, ia querer ter filho só lá depois dos trinta. Mas é o meu ambiente. Ou não, afinal, eu só não mudo pro pedaço do planeta que eu bem entender porque não quero (não sou rica, sou decidida).
Mas é que quero muito a minha Mariana. Hoje ouvi um nome de menino que quase gostei. Benjamin. Mas ainda não é uma paixão como é Mariana.
Eu queria que tivesse sido, e dói demais ainda.
Ainda tenho na minha cabeça todas as datas que seriam, os dias que contei de quando ela iria nascer, a ultrasonografia que estava marcada, mas quando o dia chegou de faze-la não havia mais porque. Do dia que senti aquela cólica que dor maior que aquela só mesmo a dor que eu sentia em minh'alma.
Resta Babar a Gabriela e não deixar minha irmã me roubar o nome Mariana.
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4 comentários:
Owww flor...é uma pena...não posso nem imaginar o tamanho da dor...mas acredito que as coisas são quando têm de ser. Sua hora vai chegar.
Obrigada pelo carinho lá no blog... achei interessante o que vc disse. ;)
=***
Boa Páscoa, querida!
"se ao menos fosse uma cidade maiorzinha, mais desenvolvida e talz, eu nem estaria pensando nisso, ia querer ter filho só lá depois dos trinta."
com certeza! aqui em ribeirão preto (que nem é tããão grande... 600mil habitantes) tenho amigos dizendo que só querem filhos depois dos 35... acho que me incluo entre eles!
Maris, a Mariana está "treinando" para vir do jeito que você a idealizou. Vai ser muito alegre e "palhacinha" igual à mãe.
Beijos com carinho prá você e um especial para incentivar a vinda da Mariana.
Manoel.
Bem, eu engravidei aos 30 :D
Foi dificil não por causa da idade, mas por causa de meus problemas de saúde.
E, hoje, aos 38, ando pensando, pensando...mas não se chamará Mariana, pode deixar!
Beijo
=)
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