.
Hoje, com cuidado eu arranquei as cascas de uma ferida.
Eu sei que provavelmente ela me protegia,
não deixava exposta a ferida que teima em demorar muito mais do que eu costumo suportar para cicatrizar.
Mas não aguentei mais vê-la ali,
então mergulhei em água morna,
e aos pouquinhos,
primeiros pelos cantos arranquei-a dali.
Por baixo, parte da ferida mostrava-se já pronta pra enfrentar as intempéries que vem.
Outras partes ainda sangram.
E agora uma nova casca se formará,
menor,
um pouco mais fina talvez.
Talvez não.
Mas eu precisava tira-la dali.
Eu precisava.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Amor imperfeito
.
Só nas útimas duas ou três semanas eu conheci uns quatro "amor da minha vida".
Tenho medo do dia que eu vou começar a levar a sério esse tal amor.
Só nas útimas duas ou três semanas eu conheci uns quatro "amor da minha vida".
Tenho medo do dia que eu vou começar a levar a sério esse tal amor.
domingo, 29 de agosto de 2010
Punhais nas mãos de crianças
.
Hoje ela contou
eram já vinte anos
Vinte anos pareciam muitos
quando assim, contados juntos.
Era apenas uma criança
quando tudo começou,
e ainda hoje não entendia
o motivo daquilo tudo.
Sentia-se acuada
e como um cachorro sempre preso
com violencia reagia às pedras
que se lhe atiravam.
Sua vontade era de agarrar um punhal
e cravar bem fundo na dor
na dor que sentia, ou em quem a impunha
Só queria não doer mais.
Como uma criança reagia,
chorava, gritava. E sabia disso.
Mas sabia também, que as agressões
começaram antes de conhecer
Um modo mais maduro de reagir.
Hoje ela contou
eram já vinte anos
Vinte anos pareciam muitos
quando assim, contados juntos.
Era apenas uma criança
quando tudo começou,
e ainda hoje não entendia
o motivo daquilo tudo.
Sentia-se acuada
e como um cachorro sempre preso
com violencia reagia às pedras
que se lhe atiravam.
Sua vontade era de agarrar um punhal
e cravar bem fundo na dor
na dor que sentia, ou em quem a impunha
Só queria não doer mais.
Como uma criança reagia,
chorava, gritava. E sabia disso.
Mas sabia também, que as agressões
começaram antes de conhecer
Um modo mais maduro de reagir.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Girassol
.
Acontece que nosso problema é justamente termos diferenças
e
claro semelhanças.
E hoje, enquanto nós dois
plantamos girassóis,
Você passa seus dias ouvindo cidade negra.
E eu,
passo minhas noites ouvindo Ira.
Acontece que nosso problema é justamente termos diferenças
e
claro semelhanças.
E hoje, enquanto nós dois
plantamos girassóis,
Você passa seus dias ouvindo cidade negra.
E eu,
passo minhas noites ouvindo Ira.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Copa do mundo em Curitiba? Entendendo pq não...
.
Lance-se ao futuro comigo, vamo à dois mil e catorze:
Bem vindos ao ano da copa do mundo no Brasil.
Sim amiguinhos, nos ultimos quatro anos nós vimos aeroporto militar ser camuflado em comercial, traficantes tirando férias e a segurança dos sonhos do Blater acontecendo, estádios reformados, pobres maquiados, tudo pra ninguém notar que um evento desse porte não cabe por aqui.
Mas todo mundo esqueceu dos curitibanos.
PAUSA
Eu cheguei a conclusão do problema que aflige este povo antipático.
O problema é que curitibano é inteirorano.
Nada contra o interior, a cidade que cresci tem 17 mil habitantes. Na época eram 3 mil.
Mas é exatamente o fato de eu vir do interior que me ajuda a entende-los.
Lá em Candói, só tem uma igreja, então quando alguém de fora surge, e o morador da a informação: é depois da igreja. é uma informação bastante razoavel, já que dali (nõa importa onde ele esteja) dá de ver a igreja, e, depois da igreja não é um espaço muito grande, fica fácil de se achar o que se procura nas três quadras que ali existem. (o candói cresceu, mas meu candói ainda é aquele de 1992)
O curitibano, é um candoiano em cidade grande
Acho que isso explica muito de como um curitibano dá uma informação né?!
Não vou entrar no mérito boa educação aqui...
isso é assunto pra outro post revoltado...
PLAY
Então, são eles mesmos que vão arrebentar com todos os esforços públicos e privados de se levar uma boa imagem desta copa pra fora.
Amiguinhos, já que estamos nessa viagem astral, venha mais longe comigo.
Imagine você, que você está na Praça Rui Barbosa ali na frente da banca de revistas, precisando ir para um lugar qualquer, qualquer lugar, voce irá pedir informação.
Nisto, você avista um grupo de extrangeiros, e todos querem ir ao mesmo lugar que você.
ótimo você pensa, curitibano é estúpido e sem noção, mas é com outros paranaenses, ou no máximo com outros brasileiros, com extrangeiros a coisa será diferente. Vou me juntar a eles e assim consigo ouvir a informação.
Ahhh, sinto até um dózinho futurístico de você, mas ao menos, é um momento de grande diversão que só intercambistas, novaiorquinos e tripulantes de navios já viram.
Como cada nacionalidade reage a esse tipo de filhadaputice:
Voltando à história:
Você e seus novos amigos extrangeiros foram pedir informação à um curitibano padrão.
Ele/a sem olhar pra você e seus amigos exóticos, aponta numa direção qualquer e explica pra virar numa rua que vocês não sabem qual é e enquanto aponta na direção oposta à primeira diz pra virar depois de uma igreja qualquer.
Agora,
como cada um desses extrangeiros reagirá?
Tô numa vibe João Cleber, e vou deixar pro próximo capítulo.
Não perca!
Depois dos intervalos comerciais!
Lance-se ao futuro comigo, vamo à dois mil e catorze:
Bem vindos ao ano da copa do mundo no Brasil.
Sim amiguinhos, nos ultimos quatro anos nós vimos aeroporto militar ser camuflado em comercial, traficantes tirando férias e a segurança dos sonhos do Blater acontecendo, estádios reformados, pobres maquiados, tudo pra ninguém notar que um evento desse porte não cabe por aqui.
Mas todo mundo esqueceu dos curitibanos.
PAUSA
Eu cheguei a conclusão do problema que aflige este povo antipático.
O problema é que curitibano é inteirorano.
Nada contra o interior, a cidade que cresci tem 17 mil habitantes. Na época eram 3 mil.
Mas é exatamente o fato de eu vir do interior que me ajuda a entende-los.
Lá em Candói, só tem uma igreja, então quando alguém de fora surge, e o morador da a informação: é depois da igreja. é uma informação bastante razoavel, já que dali (nõa importa onde ele esteja) dá de ver a igreja, e, depois da igreja não é um espaço muito grande, fica fácil de se achar o que se procura nas três quadras que ali existem. (o candói cresceu, mas meu candói ainda é aquele de 1992)
O curitibano, é um candoiano em cidade grande
Acho que isso explica muito de como um curitibano dá uma informação né?!
Não vou entrar no mérito boa educação aqui...
isso é assunto pra outro post revoltado...
PLAY
Então, são eles mesmos que vão arrebentar com todos os esforços públicos e privados de se levar uma boa imagem desta copa pra fora.
Amiguinhos, já que estamos nessa viagem astral, venha mais longe comigo.
Imagine você, que você está na Praça Rui Barbosa ali na frente da banca de revistas, precisando ir para um lugar qualquer, qualquer lugar, voce irá pedir informação.
Nisto, você avista um grupo de extrangeiros, e todos querem ir ao mesmo lugar que você.
ótimo você pensa, curitibano é estúpido e sem noção, mas é com outros paranaenses, ou no máximo com outros brasileiros, com extrangeiros a coisa será diferente. Vou me juntar a eles e assim consigo ouvir a informação.
Ahhh, sinto até um dózinho futurístico de você, mas ao menos, é um momento de grande diversão que só intercambistas, novaiorquinos e tripulantes de navios já viram.
Como cada nacionalidade reage a esse tipo de filhadaputice:
Voltando à história:
Você e seus novos amigos extrangeiros foram pedir informação à um curitibano padrão.
Ele/a sem olhar pra você e seus amigos exóticos, aponta numa direção qualquer e explica pra virar numa rua que vocês não sabem qual é e enquanto aponta na direção oposta à primeira diz pra virar depois de uma igreja qualquer.
Agora,
como cada um desses extrangeiros reagirá?
Tô numa vibe João Cleber, e vou deixar pro próximo capítulo.
Não perca!
Depois dos intervalos comerciais!
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Copa do mundo em Curitiba? Acho melhor não.
.
Eu e a Diva tínhamos pensado em transformar nossa idéia em curta-metragem e vender pra passar na Revista RPC com direito a Diogo portugal e tudo mais. Depois, como somos muito das bardosa achei que estaria fazendo um bem pro mundo se eu só sugerisse a matéria pra RPC (a globo aqui no Paraná), mas os dias passaram, uma preguissera tomou conta e eu abandonei meus planos de salvar o maior evento do mundo.
Mas hoje um curitibano atravessou meu dia, e me fez relembrar minhas crises existenciais e como o curta dá muito trabalho e ninguém lê email em redação de emissora mesmo, pensei: é isso aí, o que importa é a internet ficar sabendo né! E cá estou eu, dando um tempo na minha vibe poética e retomando minha vibe, eu me implico com tudo.
Sim,
Se você é de outro estado você provavelmente deve estar pensando, como assim? Existe algo que possa impedir a perfeição da copa em Curitiba? Aquela cidade linda, arborizada, com um sistema de transporte eficiente, a população que fala todas as línguas do mundo, e blá blá blá?
SIM!
Os curitibanos.
Curitibacas como são carinhosamente denominados pelo restante do estado são um povinho que vai inviabilizar a copa, juro. Podem escrever o que estou falando, aliás nem precisa, eu mesma estou escrevendo.
Há algumas semanas eu precisei chegar em um lugar qualquer em Curitiba.
O Google maps informou 20 minutos a pé. Supimpa, lá fomos eu e a Diva, as tal lugar.
Começou nossa odisséia, sim, porque teve todos os elementos de uma odisseia que se possa querer.
Primeiro problema: As ruas em Curitiba mudam de nome. Simples assim, tá indo com um nome, e do nada, pelo capricho de alguém que não tinha nada melhor pra fazer, a rua muda de nome.
Seu mapinha do Google maps vai pro lixo nesse exato momento.
Segundo problema: CURITIBANOS, e pra mim a razão do porque a copa devia ser transferida pra Floripa. Você pergunta pro individuo como faz pra chegar em tal rua (seu ponto de referencia) E, o curitibano, sem te olhar responde: você vai pela rua José da Silva, vira na igreja do santo sudário, e na rua Pedro das Perera você vai até a praça da pracinha. Isso tudo apontando pro lado oposto do lado onde o mapa, e o bom senso te dizem pra ir.
Como você não é de curitiba (e todas as pessoas que vão à copa, não serão também) você não faz idéia o que essas referências são, e capricha na cara de: quê?
A pessoa repete exatamente as mesmas informações, desta vez apontando pra um terceiro lado, que nõa é nem o que você sente que deve ir, nem o primeiro que ela apontou e te lança aquele olhar: saia daqui, você está atrapalhando meu dia.
Você sai, afinal, gente estupida tem em todo lugar né.
Depois de agradecer e não ouvir um denada, não ver um sorriso e sentir que a pessoa, chamaria a polícia se você não fizesse isso você segue a sua intuição e vai indo.
O que você não sabe, é que gente estupida tem sim em todo lugar, mas que Curitiba só tem gente estupida.
Algum tempo depois você encontra a tal igreja, e sem saber pra onde ir, porque:
FATO: curitibano não conhece palavras como ESQUERDA ou DIREITA.
você pensa ao ver uma pessoa que te parece ser uma alma boa, ooooolha, minha salvação.
Ao menos foi o que nós pensamos.
Ah, curitiba, acabando com sonhos e ilusões~desde sempre não é mesmo.
Poisé, outro fato de curitibano, a gente, ou no seu caso, você, quando for usar esse manualzinho pra entender porque deveriam transferir a copa pra Floripa, vai descobrir.
Quando o curitibano aponta: é reto! ele na verdade está dizendo: vire.
Claro, que você não sabe se pra esquerda ou direita, porque não são parte do que se pode esperar ouvir por lá, não é mesmo.
Outra coisa que percebemos é que as ruas aqui no interior (e quase que no resto do mundo se eu bem me lembro das minhas andanças) são retas. Elas quando se cruzam, são duas ruas, e forma-se assim uma esquina. RUAS PARALELAS NÃO SE CRUZAM.
Não em curitiba.
Então a rua que você estava indo, mundou de nome, e você está lugar certo por pura sorte, já que as informações dadas não te levariam ao batel, mas ao litoral do Paraná, e pela terceira vez (e ultima) você resolve pedir uma informação. Santa inocência.
A pessoa aponta e fala: é só pegar aquela rua ali!
O moço saiu andando e nos deixou com lagrimas nos olhos.
A rua fazia curva e depois se cruzava numa mesmo e único cruzamento de 4 ruas.
As paralelas se invertiam e uma meio se misturava com a outra, e como o moço não falou as três palavras chaves da informação: esquerda, direita e paralela nós não tínhamos a menor ideia de pra onde ir.
Nem você terá quando for a sua vez.
E nenhum dos turistas que vierem pra copa também terão.
Quando 50 minutos depois achamos a rua outro pensamento bobo veio a nossa cabeça: agora é só seguir os números.
Não,
Você não está entendendo,
não é assim em Curitiba.
Mas claro que a gente levou um tempo pra perceber.
Pense comigo:
A plaquinha está escrito assim:
Rua do nome de alguém
133 à 233
Você não entenderia que se você seguisse essa rua,
onde você está, os números deveriam ser o um três três, indo pro dois três três?
é
Nós também
E os pobres turistas da copa vão cometer o mesmo erro bobo.
Não é isso.
E não ouse perguntar porque o curitibano, grosso, e estressado não vai se dar ao trabalho de parar pra responder a sua pergunta.
Três quadras pro lado errado depois, voltamos pensando em como isso é um problema.
Em nossas andanças pelo mundo,
sabemos que o carioca, só não te põe no carro dele pra te levar onde você precisa ir porque você pode ser um assaltante.
Em nova York, o novaiorquino, vai por seu mapa no chão e junto com você entrar nele pra te dar uma melhor noção da coisa.
Em bostom, os caras REALMENTE te levam lá
Os indianos, vão te explicar oito vezes pra garantir que você entendeu o sotaque deles,
os japoneses vão entrar na internet no gadget super massa que eles teem e você nunca tinha visto, e te mostrar o caminho mais rápido.
O mexicano, tem um amigo taxista ali do lado, e caso você queira mesmo ir a pé, por apenas um dolar ele acompanha você até lá.
O inglês, que sim, é mais simpático que o curitibano, vai desenhar pra você os erros do google maps, e quando e onde as ruas mudam de nome.
Os russos assim como os mexicanos vão te acompanhar, vão te oferecer a melhor vodka que você já bebeu na vida, e pegar seu msn.
Os argentinos, vão dar a informação. Simples e eficiente assim.
Os paraguaios te dão a informação, e ainda te fazem comprar um pendrive.
Os italianos, explicam o erro do seu mapa, e falam o nome das ruas, com direitas e esquerdas e fazendo você repetir depois pra garantir que você memorizou.
Os romenos além de dar as informações de modo bastante similar aos italianos te roubam um beijo na boca que faz você querer saber onde fica a Romenia pra ir pra lá.
Os alemães, diferem-se dos curitibanos pelo que lhes falta: são secos também, mas: respondem o bom dia, conhecem direita e esquerda, olham pro interlocutor, e no final respondem ao obrigado.
E, os paulistas além de te dar a informação vão te falar de alguma pizzaria boa ali perto.
Mas os curitibanos,
eles tem aquela prepotencia de se achar os melhores do mundo.
São estupidos,
não sorriem,
não tem noção de coisas como: direita, esquerda, paralelas, numeros, quantidade de quadras ou ruas...
Enfim,
muitos dos problemas não podem ser resolvidos, como as esquinas de três ruas, enquanto que a numeração nas placas, e as ruas mudarem de nome, esses podem sim.
AGORA, VAI POR MIM:
Quatro anos é pouco tempo pra se educar uma cidade inteira.
Gentilesa e bom-senso, são fundamentais pra uma cidade que quer receber um evento do tamanho da copa do mundo.
E isso, pessoalmente eu acho que não tem campanha de concientização que dê conta de fazer, vem de berço, mas bem que se podia tentar né.
Ou então mudar a copa pra Floripa.
Texto sem correção nenhuma, pq tá longoo e eu nem to afim de reler..
Eu e a Diva tínhamos pensado em transformar nossa idéia em curta-metragem e vender pra passar na Revista RPC com direito a Diogo portugal e tudo mais. Depois, como somos muito das bardosa achei que estaria fazendo um bem pro mundo se eu só sugerisse a matéria pra RPC (a globo aqui no Paraná), mas os dias passaram, uma preguissera tomou conta e eu abandonei meus planos de salvar o maior evento do mundo.
Mas hoje um curitibano atravessou meu dia, e me fez relembrar minhas crises existenciais e como o curta dá muito trabalho e ninguém lê email em redação de emissora mesmo, pensei: é isso aí, o que importa é a internet ficar sabendo né! E cá estou eu, dando um tempo na minha vibe poética e retomando minha vibe, eu me implico com tudo.
Sim,
Se você é de outro estado você provavelmente deve estar pensando, como assim? Existe algo que possa impedir a perfeição da copa em Curitiba? Aquela cidade linda, arborizada, com um sistema de transporte eficiente, a população que fala todas as línguas do mundo, e blá blá blá?
SIM!
Os curitibanos.
Curitibacas como são carinhosamente denominados pelo restante do estado são um povinho que vai inviabilizar a copa, juro. Podem escrever o que estou falando, aliás nem precisa, eu mesma estou escrevendo.
Há algumas semanas eu precisei chegar em um lugar qualquer em Curitiba.
O Google maps informou 20 minutos a pé. Supimpa, lá fomos eu e a Diva, as tal lugar.
Começou nossa odisséia, sim, porque teve todos os elementos de uma odisseia que se possa querer.
Primeiro problema: As ruas em Curitiba mudam de nome. Simples assim, tá indo com um nome, e do nada, pelo capricho de alguém que não tinha nada melhor pra fazer, a rua muda de nome.
Seu mapinha do Google maps vai pro lixo nesse exato momento.
Segundo problema: CURITIBANOS, e pra mim a razão do porque a copa devia ser transferida pra Floripa. Você pergunta pro individuo como faz pra chegar em tal rua (seu ponto de referencia) E, o curitibano, sem te olhar responde: você vai pela rua José da Silva, vira na igreja do santo sudário, e na rua Pedro das Perera você vai até a praça da pracinha. Isso tudo apontando pro lado oposto do lado onde o mapa, e o bom senso te dizem pra ir.
Como você não é de curitiba (e todas as pessoas que vão à copa, não serão também) você não faz idéia o que essas referências são, e capricha na cara de: quê?
A pessoa repete exatamente as mesmas informações, desta vez apontando pra um terceiro lado, que nõa é nem o que você sente que deve ir, nem o primeiro que ela apontou e te lança aquele olhar: saia daqui, você está atrapalhando meu dia.
Você sai, afinal, gente estupida tem em todo lugar né.
Depois de agradecer e não ouvir um denada, não ver um sorriso e sentir que a pessoa, chamaria a polícia se você não fizesse isso você segue a sua intuição e vai indo.
O que você não sabe, é que gente estupida tem sim em todo lugar, mas que Curitiba só tem gente estupida.
Algum tempo depois você encontra a tal igreja, e sem saber pra onde ir, porque:
FATO: curitibano não conhece palavras como ESQUERDA ou DIREITA.
você pensa ao ver uma pessoa que te parece ser uma alma boa, ooooolha, minha salvação.
Ao menos foi o que nós pensamos.
Ah, curitiba, acabando com sonhos e ilusões~desde sempre não é mesmo.
Poisé, outro fato de curitibano, a gente, ou no seu caso, você, quando for usar esse manualzinho pra entender porque deveriam transferir a copa pra Floripa, vai descobrir.
Quando o curitibano aponta: é reto! ele na verdade está dizendo: vire.
Claro, que você não sabe se pra esquerda ou direita, porque não são parte do que se pode esperar ouvir por lá, não é mesmo.
Outra coisa que percebemos é que as ruas aqui no interior (e quase que no resto do mundo se eu bem me lembro das minhas andanças) são retas. Elas quando se cruzam, são duas ruas, e forma-se assim uma esquina. RUAS PARALELAS NÃO SE CRUZAM.
Não em curitiba.
Então a rua que você estava indo, mundou de nome, e você está lugar certo por pura sorte, já que as informações dadas não te levariam ao batel, mas ao litoral do Paraná, e pela terceira vez (e ultima) você resolve pedir uma informação. Santa inocência.
A pessoa aponta e fala: é só pegar aquela rua ali!
O moço saiu andando e nos deixou com lagrimas nos olhos.
A rua fazia curva e depois se cruzava numa mesmo e único cruzamento de 4 ruas.
As paralelas se invertiam e uma meio se misturava com a outra, e como o moço não falou as três palavras chaves da informação: esquerda, direita e paralela nós não tínhamos a menor ideia de pra onde ir.
Nem você terá quando for a sua vez.
E nenhum dos turistas que vierem pra copa também terão.
Quando 50 minutos depois achamos a rua outro pensamento bobo veio a nossa cabeça: agora é só seguir os números.
Não,
Você não está entendendo,
não é assim em Curitiba.
Mas claro que a gente levou um tempo pra perceber.
Pense comigo:
A plaquinha está escrito assim:
Rua do nome de alguém
133 à 233
Você não entenderia que se você seguisse essa rua,
onde você está, os números deveriam ser o um três três, indo pro dois três três?
é
Nós também
E os pobres turistas da copa vão cometer o mesmo erro bobo.
Não é isso.
E não ouse perguntar porque o curitibano, grosso, e estressado não vai se dar ao trabalho de parar pra responder a sua pergunta.
Três quadras pro lado errado depois, voltamos pensando em como isso é um problema.
Em nossas andanças pelo mundo,
sabemos que o carioca, só não te põe no carro dele pra te levar onde você precisa ir porque você pode ser um assaltante.
Em nova York, o novaiorquino, vai por seu mapa no chão e junto com você entrar nele pra te dar uma melhor noção da coisa.
Em bostom, os caras REALMENTE te levam lá
Os indianos, vão te explicar oito vezes pra garantir que você entendeu o sotaque deles,
os japoneses vão entrar na internet no gadget super massa que eles teem e você nunca tinha visto, e te mostrar o caminho mais rápido.
O mexicano, tem um amigo taxista ali do lado, e caso você queira mesmo ir a pé, por apenas um dolar ele acompanha você até lá.
O inglês, que sim, é mais simpático que o curitibano, vai desenhar pra você os erros do google maps, e quando e onde as ruas mudam de nome.
Os russos assim como os mexicanos vão te acompanhar, vão te oferecer a melhor vodka que você já bebeu na vida, e pegar seu msn.
Os argentinos, vão dar a informação. Simples e eficiente assim.
Os paraguaios te dão a informação, e ainda te fazem comprar um pendrive.
Os italianos, explicam o erro do seu mapa, e falam o nome das ruas, com direitas e esquerdas e fazendo você repetir depois pra garantir que você memorizou.
Os romenos além de dar as informações de modo bastante similar aos italianos te roubam um beijo na boca que faz você querer saber onde fica a Romenia pra ir pra lá.
Os alemães, diferem-se dos curitibanos pelo que lhes falta: são secos também, mas: respondem o bom dia, conhecem direita e esquerda, olham pro interlocutor, e no final respondem ao obrigado.
E, os paulistas além de te dar a informação vão te falar de alguma pizzaria boa ali perto.
Mas os curitibanos,
eles tem aquela prepotencia de se achar os melhores do mundo.
São estupidos,
não sorriem,
não tem noção de coisas como: direita, esquerda, paralelas, numeros, quantidade de quadras ou ruas...
Enfim,
muitos dos problemas não podem ser resolvidos, como as esquinas de três ruas, enquanto que a numeração nas placas, e as ruas mudarem de nome, esses podem sim.
AGORA, VAI POR MIM:
Quatro anos é pouco tempo pra se educar uma cidade inteira.
Gentilesa e bom-senso, são fundamentais pra uma cidade que quer receber um evento do tamanho da copa do mundo.
E isso, pessoalmente eu acho que não tem campanha de concientização que dê conta de fazer, vem de berço, mas bem que se podia tentar né.
Ou então mudar a copa pra Floripa.
Texto sem correção nenhuma, pq tá longoo e eu nem to afim de reler..
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