domingo, 30 de agosto de 2009

MSN não é auto biografia

"Insira uma mensagem pessoal ou um link que você deseja compartilhar"
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Não sei vocês, mas esse convite do msn me enlouquece, não tanto pelo link mas pela mensagem pessoal. Me facina a possibilidade de ter aqueles caracteres ali a minha disposição e que não tem como alguém não ler.
Blog, orkut, twitter, nada chega perto da mensagem de exibição do msn.
E justamente por isso eu me polício.
Já vi tanta bobagem (e escrevi outras) que hoje fico pensando porque alguém se expõe tanto ali.
"Aos invejososos, um aviso: eu venci"
a vá toma no meio do olho do seu cú.
tá dizendo que tenho inveja de você?
Pior ainda são os poetas, tem um contato no meu msn que não excluo por uma única razão, sua incompetencia poetica me faz feliz. "a saudade são dois corações que se amam mas não se veem" é a mensagem de hoje, contato alias que anda com muita saudade, a semanas seus versinho de caderno de confidencias só tratam de saudade.
Outros dois pensam que meu msn é jornal classificado, um vende seguro, a outra fretes para São Paulo e Mato Grosso.
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Mas acredite ou não não é bem disso que quero falar hoje, é da minha implicancia em por pedacinhos de musica no meu msn. As pessoas teimam em achar que escrevo minha autobiografia na minha mensagem de exibição. E eu me divirto com isso, mas não são apensas musicas.
Ok, ok, musicas nunca são apenas musicas, mas combinemos, se eu hoje colocasse a musica que estou ouvindo, ai sim seria divertido.
Pense comigo o que aconteceria:


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Sobe a janelina: Damaris está online
e a mensagem:
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Não sei por que insisto tanto em te querer
se você sempre faz de mim o que bem quer,
se ao teu lado sei tão pouco de você
é pelos outros que eu sei quem você é...
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Mensagem interpretada pelos meus contatos: Poisé a Maris tá apaixonada por alguém que só sacaneia ela.
Mensagem interpretada por contatos especificos.
Vini: que orgulho, a Maris ouvindo Fagner.
DivaMiuchi: Fagner?
Zia: Merda, a Maris ta ouvindo Wando.
meu Pai: Olha minha filha tem msn.
Por "ele": hummm, será que ela e eu temos tantas pessoas em comum assim que ela sabe pelos outros quem eu sou?
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Seguindo na idéia Fagner, vamos pensar o resto da musica...


Eu sei de tudo com quem andas
Aonde vais
Mas eu desfaço o meu ciúme
Mesmo assim
.
Meus contatos: Essa louca sempre teve cara de serial killer mesmo.
Vini: Que orgulho, a Maris ta ouvindo Fagner
DivaMiuchi: Fagner?
Zia: Sabe mesmo né. obcecada neurótica, ahh quando eu crescer vou ser assim
meu Pai: Essa menina não tá bem!
Por "ele": Ciúme? será que ela sente ciúme?
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Pois aprendi que o meu silêncio vale mais
E desse jeito eu vou trazer você pra mim
E como prêmio eu recebo o teu abraço
Subornando o meu desejo tão antigo
.
Meus contatos: Louca, oh lá, to dizendo, vivendo amor platonico. looser (fazendo um L com os dedos na testa)
Vini: Ahhh, safadinha
DivaMiuchi: Fagner?
Zia: Suborno... hum, quando crescer quero trabalhar numa repartição pública só pra receber suborno e ficar bem rica... Bem na verdade eu queria mesmo ser tipo o poderoso Chefão...
meu Pai: Desejo? como assim?
Por "ele": Silêncio? que ela teria para silenciar?
.
E fecho os olhos para todos
Os teus passos
Me enganando só assim somos amigos
Por quantas vezes me dá raiva de querer
Em concordar com tudo o que você me faz
Já fiz de tudo pra tentar te esquecer
Falta coragem para dizer que nunca mais
.
Meus contatos: Oh lá, to dizendo, Tadinha dela, looser mesmo
Vini: Nossa, Fagner é o cara né!!! Fico aqui imaginando um Dueto, Fagner & Stefhany...
DivaMiuchi: Fagner? Credo Maris, toca Abba ai...
Zia: Maris você precisa parar de concordar e começar a conseguir esquecer.
meu Pai: sério, o que que é isso que ela tá escrevendo?
Por "ele": Coragem pra dizer que nunca mais? Como assim?
.
Nós somos cúmplices, nós dois
Somos culpados
No mesmo instante em que teu corpo
Toca o meu
.
Meus contatos: Tarada
Vini: Ahh, safadinha
DivaMiuchi: Sério Maris, Fagner?
Zia: Cumplices? Hum, vamos roubar um banco?
meu Pai: (dizendo pra minha mãe) Cumplice, você é cumplice dela
Por "ele": ... ? ...
.
Já não existe nem o certo nem errado
Só o amor que por encanto aconteceu
E é só assim que eu perdôo os teus deslizes
E é assim o nosso jeito de viver .

Meus contatos: O certo e o errado, olha que filosófico isso.
Vini: O amor que aocntece por encanto, ahh, Mas o Fagner é mesmo um poeta!
DivaMiuchi: Faaaaaaagner?
Zia: deslizes? Maris, vamo combinar que isso deixou de ser deslize pra virar tombo tipo video cassetada tem tempo.
meu Pai: Como assim não existe nem o certo nem o errado? Não levamos ela o suficiente pra Escola Biblica dominica
Por "ele": é o nosso jeito de viver...
.

Em outros braços tu resolves tuas crises
Em outras bocas não consigo te esquecer
.
Meus contatos: Se fudeu, aloooco, ta sendo traída, looser!
Vini: Hum safadinha
DivaMiuchi: Maris eu sei que você é ecletica, mas Fagner?
Zia: Só por que não consegue esquecer não precisa parar de tentar né.
meu Pai: Jesabel
Por "ele": Outras bocas?
Por mim: Outro Braços?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Não era amor

…Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.

Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Fudeu - versão Maris

***São duas versões da mesma história, leia as duas***
(claro se você quizer, rs)
.
Tipo assim, domingos são dias mortais. Eu já disse né, pra mim a única coisa boa desses domingos funérios é a esperança de que a segunda-feira chegue logo. Ontem eu estava digitando o conteúdo de uma apostila que tenho que preparar e né... eu ali, offline no msn (cri) vi a Zia, aqui no blog conhecida como Bruninha,
- tá fazendo o que?
- nada e você?
- Vamo sair?
- Vamo!!! já passo ai...
Indinho pra lá eu pensei "quero ver cachoeira." Tá eu sei que nao é dos mais comuns dos pensamentos, mas se eu quero ver cachoeira, cacete, eu tenho o direito de ver cachoeira. Ontem tinha acordado depois de uma tpm daquelas com a cabeça feita de que passar outras 12 horas em casa esperando a porra do telefone tocar estava fora de cogitação, e de que eu precisava sei lá, andar um pouquinho.
Juro que inicialmente eu pensei "IRATI" mas já tava tarde, então resumi pra mais perto... Salta de São Francisco!!! Sim com direito a três exclamações.
Fui lá né, peguei a zia, abastecemos aqueles três reais e trinta centavos que falatavam pra completar o tanque da moto, sabe assim, né, só pra garantir que teria combustivel pra volta, afinal ninguém gosta de surpresas, né, e meio pensei, será que seria bom calibrar os pneus? Ahhhhhhh não né... Vambora que inverno em Guarapuava começa a anoitecer logo depois do meio dia.
Indo pra lá, né, mais de uma hora na moto, 60 kilometros de estrada rural, eu cheguei a muita conclusões que preciso dividir com vocês:
1 - Sim eu estava de tpm na quinta feira.
2 - Acho que alguém que eu conheço é o que a minha irmã chamaria de "vampiro de energia"
3 - é foda ter namorado que não pode passear com você no domingo a tarde.

Verde, verde, verde.
Mato, Mato, Mato
Araucárias,
casinhas bonitinhas,
igrejas ucranianas,
colheitadeiras pela estrada... enfim, um passeio dos sonhos...

Com a Bunda bem doída chegamos lá, olhamos o salto, ficamos imaginando que sería divertido descer de rapel aquele cento e não sei quantos metros de paredão de pedra, e eu aprendi uma super nova palavra.
DIÓICA
dióica? acho que era dióica, é que as araucárias são dióicas, ou seja, arvores que tem os dois sexos separadamente.
Ai olhamos os outro salto, o Salto dos Cavalheiros, fizemos as trilhas daquele jeito que a gente sabe se divertir...
- Peidei...
- eu também...
Pensamos em voltar pela trilha no meio do mato, mas achamos melhor não né... Afinal, ninguém gosta de surpresas...
O passeio foi todo entrecortado com histórias da primeira vez que fui ao Salto. Amigos inesquecíveis, um período que a gente não se conforma de ter acabado, e até tombos... Fiquei pensando que meu primeiro passeio ao Salto seria pra sempre o mais inesquecível.
Voltamos ao estacionamento, fizemos um xixizinho básico, voltamos embora e vivemos felizes para sempre. Ponto final.
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Mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
Aí que começou a história...
A moto tava meio bambeandinho, tipo pneu furado, e pensei... "FUDEU!!!"
Parei ela e sim, fudeu, o pneu murchinho, murchinho, me olhava com cara de "ahhh, pegadinha do malandro"
Fui lá perguntar pro guarda do parque e ele me falou que eu teria que andar 4 quilometros pra concertar o pneu... "Nem fodendo" - pensei.
E "fudeu" eu falei...
Eles me olharam assim meio assustados, assim, tipo, nóóóssauma moça falando palavrão, olha que inovadooooooor...
Dai vem a zia pra assustar ainda mais os moços...
- fudeu?
- fudeu!
- iiii, fudeu!!!
Os moços a essa altura, que nunca tinha ouvido tanto "fodeu" junto, muito menos né, jovens donzelas, meigas e indefesas falando fudeu, estavam apavorados com o nosso vocabulário... Apavoradas mesmo estavamos nós... lógico, que além de não chorar a gente desatou a rir.
Ah, né... Tá no inferno abraça o capeta!!!
Sim muitas coisas nesses dia mereceram exclamações triplas...
Nossos heróis eram Sergio, o valente. E Laureci, o bondoso.
O Valente Sérgio, enfrentou a noite que a essa altura já caia no meio daquele fim de mundo com a roda da minha moto na mão sobre seu alasão, uma CG150 pra ir até seu castelo, consertar o pneu. Símmmmmmmmmmm, favor releia esse sim com tom de deboche...
Simmmmmmmmmmmmm, o que os borracheiros daqui não fazem que é abrir roda de Bis, eles no meio do mato fizeram...
Laureci, o Bondoso, ficou nos contando que não fomos as primeiras a sofrer tal piada do destino... O que ele evitou de dizer mas que ficou claro é que éramos as mais lindas e engraçadas...
Uma hora ou duas passaram até a volta de Sergio, o Valente. Nesse tempo eu destruí um chaveiro, aprendi sobre a unificação alemã, e que aluminio é bauxita é a mesma merda.
O pensamento era, Puta que pariu, mas a gente é azarada mesmo né...
E Laureci o Bondoso tentava nos convencer de que não, isso poderia acontecer com qualquer um. Mas quando Sergio, o valente, voltou com a noticia que o pneu teve conserto, mas que ele perdeu uma peça do pneu, Laureci o valente concordou, é vocês são azaradas mesmo.
O valente Sérgio voltou com sua imponente pampinha, e nos ofereceu uma carona até a vila mais próxima... catorze quilometros de estrade de chão, empilhadas na pampa 89 e eu imaginando como falaria pra minha irmã vir me buscar. Ele parou em casa dar explicações pra patroa. Parou na árvore onde celular da vivo pega e eu liguei.
- Alo, oi, tudo bom...
- Fala Maris
- Viu, minha moto quebrou, você pode vir me buscar?
- Onde você está.
- No guairacá.
um silencio de descrédito aconteceu nesse momento, um silencio que exigia explicações...
- É que eu e a zia resolvemos ir no Salto São Francisco, dai fomos né (isso tudo muito rápido, afinal créditos estão sempre acabando) ai o pneu furou, ai o guarda do parque tirou a roda e levou pra consertar, porque lá não tinha como, ai ele consertou, ai na volta ele perdeu uma tal de roseta, ai ele vai nos dar uma carona até o orelhão do Guairacá, e eu precisava que você viesse buscar a gente...

Não conta pra ninguém, mas nessa hora rolou uma lágrima de alivio dos olhos da Zia...

Esperamos, lá no Guairacá uma hora. no frio. Na chuva.
Quando a esperadissima carona chegou eu quase não acreditei, tipo já eram quase dez horas da noite.
A volta foi permeada com histórias de fantasmas, assombrações e visages.
Sentar no carro, e saber que estava indo pra casa foi a hora que eu deixei todo aquele nervosismo tomar conta de mim. Uma dor de cabeça infernal começou, e Puff. Estourou uma ferida no meu rosto... Poisé... eu tenho feridas quando fico nervosa.

A história de buscar essa moto, é outros quinhentos, porque a peça vai vir lá de Castro, e sabe Deus quando que vai dar de eu ir lá...
Quanto a passeios ao Salto esse (até aqui) passa a ser o mais inesquecível, e no final das contas acho que todos gostam de uma boa surpresa. Bom ao menos eu e a Zia adoramos.

Fudeu - versão Bruninha

Domingo costuma ser um dia deprimente. Não sei pra vocês, mas meus domingos são tão sem graça, sem ânimo, sem coisas interessantes que chegam a frustração. E ainda, levando em consideração que eu moro em Guarapuava, domingos são nublados quando não são chuvosos, e esse fator não ajuda muito.
Ontem, tinha tudo pra ser mais um típico domingo nublado.

Estava cansada de ficar jogada na cama assistindo sei lá o que na TV.
Resolvi falar com a minha companheira de palhaçadas, de histórias inusitadas, de amores impossíveis e de domingos de solidão.
Bruna: Maris, vamos sair!
Beleza.
Eu só fiquei sabendo do nosso destino quando ela chegou na minha casa: Salto do São Francisco.
É lógico que eu não contei pros meus pais pra onde eu estava indo. Antes de não deixar, meu pai teria um infarto só de pensar que eu iria pro salto de são franciso de moto com a Damaris (ela costumava ser uma motoqueira um pouco louca, coisa do passado). Então eu disse com a maior normalidade do mundo: Vou dar uma voltinha e já volto. (o já volto que foi a merda)

Uhull, tudo tão lindo, verde, campo, araucárias a paisagem da 'viagem' era maravilhosa. Depois de um tempo eu estava com bastante dor na bunda e nos braços, é 1:10h em cima de uma moto não foi facil, mas valeu a pena.
Que lugar lindo! Nossa, tiramos muitas fotos (mesmo meu cabelo estando uma porcaria), nos pinduramos em árvores, quase cai dentro d'água (bem coisa minha mesmo), sujamos os tênis de lama, lemos todas as plaquinhas explicativas e quase nos enfiamos numa trilha no meio do mato. O lugar é lindo, mas não é uma coisa pra ficar o dia inteiro. Vimos as duas cachoeiras e já estavamos voltando, afinal de contas, era só uma voltinha.

Ótimo, só faltava um solzinho pra ser perfeito o nosso passeio.
Que nada, não sei se foi um infortúnio do destino, uma piada de Deus ou apenas a consequência de duas motoqueiras desastradas.

Depois de fazermos o xixi tão esperado fomos para a o estacionamento, estavamos saindo do parque quando a Maris sentiu algo estranho. A gente desceu. Adivinhem... o pneu tava totalmente murcho, devia estar furado. E agora? pensei. Agente se olhou, as duas com vontade nítida de chorar (primeira reação feminina a um problema: chorar) e ao mesmo tempo querendo manter a calma.

Tinham dois rapazes que trabalhavam no parque, de vigia.
Damaris: Prepare seu melhor rostinho meigo.
Bruna: ahaam, só na tua cabeça mesmo!

Lá foi ela, eu fiquei um pouco pra trás, ela explicou o que tinha acontecido pros carinhas e perguntou se não tinha como eles nos ajudarem. Segundo eles, ajuda mais proxima a 4km.
Damaris: Fudeu.
Bruna: Fudeu?
Damaris: Fudeu!
Bruna: iiiii, fudeu!!

Eles ficaram assustados com tanto palavrão saindo da boca de moças tão doces. Eu confesso que geralmente eu não falo palavrão, ah mas vá toma no cu, a situação pedia néh!?

Não pegava celular, não tinha um bendito telefone, e mais ninguém naquele lugar. Então nós emploramos pros moços que nos ajudassem, a Damaris, cara de pau, chegou a pedir a moto de um deles emprestado. Então eles resolveram ver o que tinha dado na moto. É, o pneu tava furado, eles não tinham nada ali pra arrumar, muuuito menos nós duas.

Era troca de turno dos dois, e eles moravam ali perto. O Sérgio se ofereceu para levar o pneu à casa dele e arrumar, é obvio que nós aceitamos e ficamos muito aliviadas.Lá foram eles desmontar a moto. Enquanto isso ficamos pensando: será que enquanto nós ficamos brincando de boneca no recreio os meninos aprendem mecânica? Eles tiraram a roda e o Sérgio se foi com ela. Ficamos lá, Laureci, Maris e eu. Laureci nos comtou que ficava lá a noite inteira sozinho, sem TV, sem computador, sem poder durmir, sem nada, não sei como mantém a sanidade. Fizemos algumas obras de arte com uns arames e lemos um memorex que carrego na bolsa(coisa de vestibulanda neurótica).

De repente, ouvimos um barulho, era de carro se aproximando. Sérgio tava chegando, sério que eu vi nele a imagem de um principe vindo nos salvar. Ele desceu com aquela roda na mão, o pneu estava cheinho. Fiquei até com vontade de dar um beijo nele de tão feliz que eu fiquei. Mas, ele disse que tinha duas noticias pra nos dar, uma boa e um ruim. Minha vontade de beijá-lo passou. Ele nos contou que tinha arrumado o pneu, tinha feito uns remendo no furo, mas tinha perdido a roseta no meio do caminho (não faço idéia do que é a tal da roseta).
O que iamos fazer, que merda, meu pai ia nos matar.
Sérgio viu nossa aflição e ofereceu carona até o Guairacá, de lá poderiamos ligar pra alguém vir nos buscar. E tinhamos outra escolha?... Lá fomos nós duas apertadas num pampa.
Silêncio nunca foi o nosso forte, resolvemos contar a nossa vida pra sérgio, um km pra cada.
Uma neblina desgraçada, e eu cagona do jeito que sou nem queria olhar muito a estrada, vai que aparecia a tal mulher de branco no meio da pista.
Em certo ponto da estrada paramos em baixo de uma árvore, o único lugar em toda a região em que o celular tinha sinal. Lá foi a maris ligar pra irmã dela, ótimo, nada dela atender. A essas horas já tava quase caindo a lágrima tão segurada.
Damaris: o Digo vai vir nos buscar.
Bruna: uff

Bruna e Damaris: obrigada Sérgio, valeu mesmo.
Ficamos, nós duas, em frente o orelão, no relento da noite num fim de mundo.
deu tempo de ensaiar tudo que eu ia contar em casa se meu pai não me matasse antes de eu entrar. Andamos um pouco, e depois de algum tempo chegou o carro da esperança. Finalmente, certeza de estar indo pra casa. Fim.










Aaahhhhhhh
O que aconteceu quando eu cheguei em casa?
Menti... é, eu odeio mentir pros meus pais mas podem estar certos que foi o melhor a se fazer. Se eu contasse a verdade, meu pai só deixaria eu sair da prisão domiciliar para o enterro da Damaris, o qual ele mesmo providenciaria.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Surpresaaaaaaaaaaaaaa

Como hoje é aniversário da Bruna, Bruninha ou azia se preferirem decidi que a festa surpresa deveria ser aqui no nosso cantinho. Sim, esse é um blog coletivo, um coletivo de dois, mas é coletivo, escrevemos eu e a zia, e hoje ela é a estrela da festa.
Azia se não existisse devia ser inventada, inteligente, criativa, e uma piada ambulante. As vezes acho q ela não sabe o quanto escreve bem, tipo leia isso, não é meio bom, é mto bom.
Sem contar que essas autobiografias divertidas são tão ela que nem tem como achar que fui eu que escrevi. é que como a zia mesmo diz, meu textos andam meio obvios, e os dela são sempre cheios de novidades e reviravoltas. Ela se preocupa com o mundo, mas acho que essa gaúcha quer mesmo é abraçar aquele alguém...
Minha azia favorita é meio sem porto sabe, as vezes quase me dá medo esse desprender dela, mas acho que é coisa de quem é assim meio nomade, e o que mais impressiona, é que ela não passou a ser dessas pessoas que não fazem amigos, pelo contrário, ela dá tanto valor que as vezes a gente quase nem acredita que merece isso tudo.
Morremos de rir tanto, e vários posts aqui do blog nasceram de piadinhas nossas...
Sem contar que preciso confessar que aprendi a usar esmalte vermelho com ela, e observar ela usar os esmaltes pra crescer e se renovar é algo perto do delicioso.
As vezes eu quase me assusto com o quanto essa menina é madura, e eu aposto que até você nosso leitor se assustou quando ela contou que era vestibulanda ainda, sim, hoje ela faz 17 aninhos, poisé, dificil acreditar né.
É, quantão de afinidade não poderia mesmo ser a desculpa de ninguém quando ela fosse pro bigbrother, porque não tem como não amar essa menina.
E hoje, ela que tanto cuida de mim tem seu dia de glória, sem bolo nem festa surpresa, exceto essa aqui no blog...
ZIA, loviubeibe.
Feliz niver, vc merece.

sábado, 15 de agosto de 2009

Principe encantado, reticências...

Me chamem de burra mas eu não esperava o principe encantado. Nããão, eu esperava o principe encantado, o castelo de cristal, os sete anões, a torre, ah, enfim eu esperava o pacote completo.
Pare um pouquinho de pensar em mim e se analize, tem sim coisas na sua vida que você faz, pensa ou espera e nem sabe porque nao tem? Sei lá, tem umas coisas que as pessoas colocam na cabeça da gente e a gente nem sabe de onde veem.
Era assim eu, e o principe.
Um grupo social louco, carola e deturpado me enfiou na cabeça uma noção de amor doente, sem honestidade e carinho.
As vezes me sinto como uma jovem amish que descobre o mundo, morro de medo de cansar dele e voltar à minha aldeia. Quando sai da aldeia, eu fui deixando aos poucos as coisas que se agarraram a mim, e por mais surtado que pareça, à algumas dessas coisas eu me agarrava pra viver. Uns valores bestas e deturpados. De um grupo eescenssialmente mal. Cheio de ódio, rancor e inveja. Um povo que espalhado pelo mundo se reúne em pequenos grupos, e máscara suas pequenisses sob a beleza da pureza.
Foi aí, achando que nisso residia a paz, que me perdi. E encontrei cada sapo...
Tres desses foram os que mais doeram, mas acho que aqui só cabem dois. O sapo rei da pureza, e o sapo inesquecível.
Sabe, nessa espera que me ensinaram pelo belo principe que viria de cavalo branco e me levaria num vestido branco a ser o centro das atençoes do circo, eu os vi assim tão pequenos, tão peças num sistema que cobrava o que não dava. Oferecendo uma paz que não tem.
Hoje, aqui, no auge das minhas libertações, duvidas e revoltas me pergunto se esse circo me acrescentou algo. Acho que se acrescentou foi tão pouco que o que ficou de maior foi a lição do que é errado, do que não fazer, de como não ser.
E vejo outras peças amarradas por arames fortissimos trilharem o mesmo caminho que um dia trilhei, chorar as mesmas lágrimas, e mascarar sob a mesma punição.
Ah se soubessem eles que "Ele"só os quer felizes,
só os quer bem.
Ahhhhh, se soubessem.
Se soubessem que é no mais longe do castelo que mora o principe,
se soubessem que o mal reside mesmo é no coração desses que se entitulam bons.
e que aquela conversa de que não acharão amigos verdadeiros fora dalí é tão mentira que deveria ser crime. Se soubessem que é ali que seria bom limitar a confiança.

Conto de fadas do século XXI

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes ,transou bastante, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

ps: infelizmente o texto não é de minha autoria. Então se o autor resolver aparecer por aqui, não dê fiasco não, se publiquei o texto é porque é muito bom.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Lichtenstein

* I tried to reason it out! I tried to see things from mom and dad's view-point! I tried to not think od Eddie, so my mind would be clear. And commom sense could take over! But Eddie kept coming back...

Roy Lichtenstein




* Eu tentei raciocinar! Tentei ver as coisas como meus pais veriam! Eu tentei não pensar nele, assim minha mente ficaria mais clara, e o óbvio faria sentido! Mas ele sempre voltava...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

afinal de contas

quala graça de terminar algo, se não
a possibilidade de encontrar um novo alguém
que não importa o quanto se está junto
você nunca cansa da pessoa, nunca é suficiente?

rimas velhas

quando achei que nada mais poderia ser novo
saí juntando os pedaços de mim que ficaram pelo chão
arrebentada
espalhada
pensando se seria possível refazer um coração.

no mapear te descubro
minhas mãos não conhecem os limites que os olhos pautaram
procuro
conheço
em sua pele encontro os pedaços que um dia se espalharam.

sentei nunca canto e abri aquela gaveta de recordações.
um cheiro de passado, lembranças e memórias levantou-se no ar
o cheiro de mim
o cheiro dele
os cheiros de mim no chão, de mim querendo voar.

Mas se ontem com os olhos nos espiavamos almas
o tempo passou e hoje nem te conheço mais
passaram os dias
passaram os anos
e aquela história morreu se já não somos mais imortais.

Quando já não achava mais cronológico algo assim
E um erro de cálculo em nosso jogo de cartas marcadas
gostou
interessei.
e me vejo assim, apaixonada...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Confissão em duas linhas

Eu tenho pena dos homens. Afinal,
eles só mentem porque elas perguntam.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Palavra travada

Eu vi aquele sorriso estranho, aquele brilho diferente no olhar.
Não precisava contar nada, eu já entendera quando nossos olhos se cruzaram. Mas era inevitável a carência de ouvir tudo, cada palavra, cada pausa, cada gesto, cada suspiro, cada pensamento.
Então, as palavras fluiram transbordantes de entusiasmo e euforia, sem omitir uma vírgula se quer.
Ouvi tudo atenciosamente, até o último ponto, quando me deparei com aquele rosto estagnado esperando pela minha reação.
Quanta responsabilidade impregnada nas minhas palavras, quanta confusão na minha mente. Eu não queria dizer o que era preciso ouvir, mas não podia dizer o que era desejado.
E, todas as palavras aglomeradas querendo sair ao mesmo tempo ficaram presas, trancadas no meu pensamento protetor.
Nunca consegui libertá-las.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

soletre: marginal

.
Os textos tem tanto tempo
estão trancados, treliçados e trincados.
E os versos que voavam valentes
esvaissem.
Veja.
Você vai ver vultos, ventos, e a vastidão.
Vem.
Tranque esse tratado.
Troque tudo.

As facas fazem firulas nos fatos
fechados, favelados tão finamente fixados.
Entôo errado esse embalo ébrio
Então esquece.
Esses embalos e estorvos estremecem enciúmados
Esfumaço o entorno ensanguentado.
Embriagada.
Faça-me um favor.
Faça força.

Joguei junto, jantares e jesuítas.
Jamais julguei justo, justificar, jardinar ou jejuar.
Limpo dos lábios a luxuria e a lascivia.
Leve.
Logo lembrarei das lesões e dos livramentos.
Lá, lançarei ao luar.
loucuras.
Já jaz o jeito do jogador
E de joelhos na janela jubílo.

Repenso se retratos reinam.
Rasgo rendas e rabisco. Refaço, redigo, reamo.
Sabe, sempre sonhei saber serena,
serena?
Só sei segredos de sertanejos sem sigilo.
Sossego no sotaque subalterno.
Soletre.
Rápido, respeite as regras!
regras roem rebeliões.

Mas, muito mel me mazela,
Mesmo malquista, malvista, maltratada. Mesmo Marinheira.
Não noto nessa núvem nada do novo.
E naufrágo.
Nunca nem nos nauseamos. Nem nos navegamos.
E neurótica, necessitei de normas,
Numere.
Meu mundo muito mais moderno e maduro,
Me marginalizou.

Confissão em duas linhas

Com valores e à moda antiga não tem namorado.
Moderna e descolada não tem pai nem mãe.