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sexta-feira, 11 de junho de 2010

meia duzia de bobagens desconexas, ou não

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Pra mim não há duvidas, felicidade é estar numa loja de sapatos com o cartão carregado com seus dois ultimos salários. Por isso mesmo, a certeza de que, em dando certo o estágio, não vai ser uma boa eu ir fazê-lo como vou à faculdade. Moletom, calça com a barra por fazer e tenis.
Então fui obrigada a comprar sapatos. Comprei três de uma vez. Você pode imaginar o quento fui feliz, né? Mandei fazer a barra das calças, e já que era um momento esquadrão da moda, dei uma folga ao moletom e comprei umas blusas mas apresentáveis.
Isabella e Arlindo ficariam orgulhosos de mim.

Tive pré-banca do tcc essa semana. Quase infartei.
E sim, ninguém notou que eu só tenho 3 páginas escritas.
Simulação foreeeever!

Ali, na outra faculdade, rolou uma divisão de grupos...
Num grupo estava "ele", então eu não entrava de jeito nenhum, noutros dois grupos estavam a mais recente ex dele, e a atual outra dele, claaaro, também fora de cogitação. O quarto grupo tbém não era possibilidade. Sobrei!
Com a devida liberação pra fazer o trabalho individual, caprichei na minha mistura de conhecimentos publicidade e arte. Era um trabalho de dança, e eu, espertona que sou, bolei uma coreografia mega-master-power para 4 pessoas. Três eu gravei e juntei no editor de vídeo, projetei no cinema, e a quarta fiz ao vivo.
Com direito à crétitos no final:
Produção: Damaris Ballet Company
Ato de Abertura: Damaris
Primeira Bailarina: Damaris
Coro: Damaris; Damaris
E pra completar fui mega-master-power elogiada.
Ieeeei

Parece que eu em cena quatro vezes, mais a passagem pelo esquadrão da moda despertaram os olhares...
Meu cafa particular, segundo me contaram as más línguas, me encarava com a atual outra do lado. Não vi, pq nem olho mais.

Um dos meus sapatos novos é mal. Muito mal. Fez bolhas terríveis nos meus pés. Vou dar à ele só mais uma chance.

Desenterrei hoje uma blusa do tempo que me preparava para ser "esposa de pastor", com data marcada, e vestido escolhido. Ela passou bem uns três anos socada numa gaveta. Amanhã vou ver o que mais já está usável.

Encontrei uma pessoa no supermercado hoje, que não faço idéia de quem seja. Mas pelo jeito nos conhecemos muito bem. Conversamos tipo uns quinze minutos, mas ainda não lembro.

Passei no mercado comprar algo pra comer. E sim, comprei filé de peito de frango e uma quentinha cheia de salada. Não sei mais quem sou eu. Só me reconheço no fato de que eu jamais compraria uma beterraba, comprei a salada de beterraba pronta.

Juro, eu eu fosse ainda mais facinha, ah, eu pegava uma pessoa aí...

e Pra encerrar, um pensamento pra elevar o espírito:
Pior que passar o dia dos namorados sozinha
é passar o carnaval namorando...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

na cochia, criando personagens

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Há algo que não se ensina,
ou,
se, se ensina, eu queria ter aprendido metodológicamente.

Como criar uma personagem.

Eu crio a personagem na minha cabeça por muito tempo antes de colocá-la em cena. É preciso conhece-la, saber sua história, seu jeito, seus medos, seus planos.
Não dá de simplesmente haver a necessidade de personagem e colocar a pobre coitada em cena.

Falo no feminino, por que em algum momento aprendi que se fala a personagem e não o personagem, se isso mudou, pra mim não mudará.
Até porque algumas personagens foram tão fortes que eram quase homens, mas sempre as chamei de a personagem.

Pra dois mil y 10 tenho três personagens no forno, cada uma em seu palco.
E elas estão quase prontas.

O ideal, na hora de tirar uma personagem do mundo empírico pra trazer ao palco é que o figurino precisa ser pensado nos detalhes.

Eu começo pelas unhas.

Acho que unha fala mais que maquiagem, e dessa vez vai ser a mesma unha pras três, afinal os palcos são em teatros próximos, não haverá tempo de mudar algumas coisas de figurino.

Figurino só é peça única quando a personagem é única, essas, terão que dividir guarda-roupas. A mesma peça de figurino muda totalmente pela postura de palco da personagem, ombros, olhares e andar decidido deixam uma calça jeans com cara de poderosa, arcar-se, a face do medo e da decepção deixam essa mesma calça jeans com cara de recato e fracasso.

Gosto das personagens, mas cuido pra que se pareçam comigo, afinal, se serei eu interpretando-as, preciso sempre lembrar quem sou eu. E, ao chegar em casa, preciso me desfazer delas.

Acho que gosto tanto desse tempo de construção de cada uma pela honestidade do momento. A personagem é cuidadosamente construída, não gosto de nada feito ao acaso, de um dia pro outro, por necessidade descoberta no susto. Assim como uma boa mentira, gosto que seja intencional.

É que perco minha paciencia com o que é feito aleatóriamente.

Personagens que se criam da noite para o dia.

Acho que se eu fosse uma personagem de reality show, lá, pertinho do final, quando alguém sacasse que sou personagem, ia vir com aquele blá, blá, blá todo de que não foi honesta nem real... Mas foi, sempre é.
A diferença, é que eu tenho consciencia que sempre são personagens, e cuido dos meus.
Outro dia quando estiver mais decidida sobre alguns detalhes que faltam nas personagens de dois mil y 10 eu as apresento por aqui.

Também já nem sei se são personagens, ou eu que deixo o alter-ego mais livre do que ele deveria ser.