domingo, 27 de março de 2011

Explicações

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Não amor, eu não sou obcecada por você,
eu só perdi mesmo a graça da coisa depois de você.

Eu também não virei uma velha amarga.
Só envelheci dois anos. Não deu tempo de ficar velha.

E por favor, para de pensar que eu não consegui te esquecer.
Eu nunca nem tentei.

Marcas


domingo, 20 de março de 2011

Conjugações verbais

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Eu te amei tanto, que entendi que eu não era o melhor pra você.
Eu te amava tanto, que preferi me afastar a ver você sofrer.
Eu te amaria tanto, que jamais deixaria você saber do meu amor.
Eu te amo tanto, que amo calada, pra que você jamais mude seu caminho.
Eu te amarei tanto, que nunca mais vou poder conjugar este verbo.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Confissão em duas linhas

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Meu eu-lírico saiu pra comprar cigarros
e nunca mais voltou.

terça-feira, 15 de março de 2011

traquinas

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Estava procurando analgésico na gaveta.
Achei numa gaveta do meu coração um retrato nosso.
Ah,
como nossas mãos ficavam lindas juntas.
Parecia traquinas meio a meio

Patética. Mas nem tanto.

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Ando pensando bastante na vida, e como sempre uma epifania ou outra surge nessas horas.
A de hoje, é o fato de que não sou tão patética assim.
É que eu, enquanto pessoa que vive e convive em mim e comigo diariamente me considero um tanto quanto fracassada, não na vida porque tenho muito orgulho da minha hitória, mas no quesito amor e coisas afins.
Daí, estava eu pensando no prazo de validade que o amor tem pra mim...
Cheguei a muitas conclusões:
Eu digo que amo por toda a vida, mas é mentira, já tive uns vários grande amor da minha vida.
Eu digo que nunca amei tanto assim, mas é mentira, sempre me joguei de cabeça.
Eu digo que desacredito do amor, mas isso é só até aparecer um belo par de ombros largos.
Eu digo que não vou esquecer nunca mais, forever and ever, mas claro, é mentira. Em três anos eu mal lembrarei o nome.
Sim,
essa foi minha grande descoberta. O amor pra mim tem prazo de validade.
Três anos.
Como tudo na minha vida dura três anos.
Eu estou no terceiro ano dessa fossa, então provavelmente 2012 me reserva algo novo. E você me diz, mas Maris, ainda estamos em março. Mas eu te respondo, pense bem, já estamos em março.
Três anos.
Geralmente eles duram menos de seis meses na minha vida, e o luto os outros trinta. Mas pensando bem não é só o luto por eles, é todo o conceito de mudar de vida de três em três anos.
Estou tentando voltar a um ponto de partida, mas acho que é mais fácil contar a história daqui pra lá.
Hoje, meio de um ciclo: Um homem sujo, mesquinho, vazio, lindo, gostoso, e de uma graça que só eu ri (provavelmente em toda a vida dele) começou o ciclo em dezembro de 2008. Com um acidente de moto. Voltei a beber, e a ser feliz do jeito que me desse vontade.
Dezembro de 2008, fim de um ciclo: Um homem grosso e estupido, com cabelo que eu achava uma graça, que me atraía muito mais pelo conceito que pelo que era. Foi um ciclo interrompido. Se intercalou com o ciclo anterior, aquele sim, ohhh ciclo bom. Esse aqui, enfurnada dentro de uma igreja, iludida com a mentira de que havia ajuda pra um problema que sei lá, nunca existiu.
Aqui começa a fase surtada, três anos, três homens, amados simultaneamente, todos os três dentro do seu período de tempo, por três anos, três viagens ao exterior, sendo uma um aninho lindo e infernal num navio cruzeiro.
Vou começar pelo homem do navio. 2007. Não lembro o nome do país que vinha, lembro que era grosso como um mecânico, inteligente como um professor universitário, hablava español, e me ensinava a comer peixes muito loucos. Eu? Era livre e prisioneira. Era livre e não dava valor. Era prisioneira e não sabia.
Estamos agora no meio de 2005: Dois homens, rere. Um um principe, alto, moreno, inteligente, pastor de igreja evangélica, integro, um pouco tedioso. O outro, praticamente um presidiário. Gato, gostoso, burro como uma porta, cozinheiro, interssante como só os desqualificados sabem ser. E eu, achava graça e usava do que eles podiam me oferecer.
Volto a História lá em 2002, que eu encerrava um ciclo, de amar errado e começava outro, onde eu de novo ia amar errado.
Nesse intervalo amei outros.
Dois músicos, um ator, um romeno e um professor,
Teve ainda um loiro que me fazia ficar sem ar,
e sei lá mais quantos, nesses muitos ciclos de três anos.
Tentei voltar a onde eu por ultimo lembrava, e lembro que não lembro quem foi que eu amei antes de 2002.
Ou seja,
Há sim esperanças pra mim.
Não na matemática, já que entre 2002 e 2011 tem mais homens aí que intervalos de três anos.
Mas é da minha natureza amar pessoas diferentes ao mesmo tempo, por um longo tempo.
A esperança, é de que eu logo começo a amar outro homem, que no momento vai ser o homem certo pra mim, e depois vais er só mais um homem errado.
A esperança, é de quem em algumas décadas, eu talvez nem lembre o nome dele.
Por isso que eu penso que sou patética, mas nem tanto. Por que é patético amar alguém que nõa te liga a um ano e meio.
Mas nem tanto, porque daqui seis anos eu vou olhar pra trás, do topo de mais alguma piração minha e vou ver que ele era só parte de um período da minha vida. Que a vida dele continua exatamente a mesma, e que eu posso voltar quando quizer qu vou encontrar ele (como ainda estão todos os outros) no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, perto das mesmas pessoas, com a mesma bagagem.
Já eu?! Ah beibe,
Ele mal pode imaginar onde estarei,
Alías nem eu posso. A vida é feita de possibilidades. E eu, embarco em quase todas,

segunda-feira, 14 de março de 2011

consequencias

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Pensando bem,
O amor pra mim é como a caxumba.
Uma vez só na vida
com consequencias pra toda a vida.
A caxumba me deixou surda,
o amor me burra.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mas as pessoas? Pequenas demais.

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Confesso que tenho sublimado minhas razões de choro. Não quero que ninguém saiba o real motivo. Ao menos não minha mãe ou minha irmã. Prefiro mentir pra elas e dar-lhes razões que elas podem ao menos pensar em maneiras de me ajudar.
Não há nada que elas possam fazer.
Meu choro é falta de alguém quem elas não podem me trazer.
É dor de um dia que já passou e elas não podem mudar.

Esperei pela minha formatura como um apostador da lotto. Esperançosa, sabendo que meu dia chegaria, e secretamente torcendo pra que ele chegasse, mas sabendo, que na verdade, meu bilhete nunca seria o premiado.
Foram oito anos de aulas. Nove anos separaram o vestibular daquele dia lindo em que o reitor colocou o capelo na minha cabeça.
A frase é clichê mas verdadeira, quando eu digo que só eu sei o quanto eu chorei. Ok, nem tão verdadeira assim, algumas pessoas também sabem.

E não ver essas pessoas lá me faz chorar a dez dias.
Algumas pessoas moram longe,
outras por suas razões pessoais não foram.
Mas tem sempre aquela meia duzia de pessoa que você conta junto com você mesmo. Pois sabe que estarão lá. São parte da sua vida, parte de quem você é. Eles estarão lá.

Mas não estavam.

E me dói tanto.
Tenho repensado minha vida, de uma maneira que é cruel impor-se alguém a pensar.
Eu sou odiosa?
Eu sou asquerosa?
Eu sou o tipo de pessoa que não queremos estar junto na hora de celebrar?
Que que tem de tão errado na minha personalidade que faz as pessoas não querem viver comigo esse momento, que pra mim, só será superado pelo dia que eu tiver um bebê.
Porra,
foram oito anos,
eles sabiam o quanto era importante pra mim.
Eu passei o ultimo ano sá falando de formatura.
Eu posso perdoar a todos,
Mas não aos dois.
Nada podia ser maior que o carinho que eles sentem por mim (ok, mãe morta super podia) porque nada é maior que o carinho que eu sinto por eles.
E no momento, nada é maior que a mágoa que eles me infringiram.

Em algum lugar li uma dessas frases de caderno de recordações,
"contruimos pequenos sonhos em cima de grandes pessoas, mas com o tempo percebemos que grandes mesmo eram os sonhos, mas as pessoas, pequenas demais"
e fico pensando,
o sonho?
era só um sonho comum, que outros realizam tão mais facilmente, que era mesmo grande pra mim,
mas as pessoas,
não
nao são pequenas demais.
São pessoas lindas, que amo, e que jamais eu esperaria que fossem algo maiores, porque são do mais lindo coração...


Só que talvez eles tenham já a muito tempo me amputado dos seus corações,
só eu que não percebi.

pesei demais a mão na cebola

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Gosto demais de cebola frita,
daí cortei cebolas
cebola demais.
Pesei a mão e quando vi
já havia cortado muito mais cebolas
do que eu precisava naquele momento.

Sim,
porque eu precisava das cebolas.
Mas como faço agora,
que não consigo mais parar de chorar?

terça-feira, 8 de março de 2011

anéis de cebola

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Não acordei bem.
Alías, não acordo bem a vários dias. Pouco mais de uma semana, mas tempo suficiente pra eu lembrar que talvez seja uma boa voltar ao fármacos.
Doeu demais alguns amigos não terem vindo a minha formatura. Quase doeu tanto quanto ter perdido ele. Na verdade acho q doeu mais. Seis, oito, vinte anos de amizade doem mais que um ano de namoro.
Depois eu só juntei a ressaca moral.
Daí hoje,
hoje eu não acordei bem.
Não mesmo.
Ainda bem que me conheço o suficiente pra,
quando tive a chance de ser proprietária única eu preferi ter sócia.
Não to bem. Não to bem e nõa quero ir trabalhar,
não quero ir pra faculdade,
não quero treinar os novos membros da trupe.
Quero comer coockies do do subway e anéis de cebola.
Mas acabaram as cebolas.
Tudo bem, elas só servem pra fazer os meus petiscos e pra me fazer chorar.
E hoje,
eu nõa preciso das cebolas pra chorar.