sexta-feira, 26 de março de 2010

Só hoje

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Hoje me deu uma vontade danada de te contar sobre meu dia
contar que estou preocupada com a minha tia,
e que no BBB eu to quase torcendo pra Lia.

Hoje me deu saudade de fazer rima
rimas pobres, rimas finas,
eu ameixa, você tangerina.

Eu queria te contar dos bons modos que abandonei
Te contar que de ser paciente cansei
sei que eu ouviria, eu te avisei.

Hoje quiz te ouvir cantar,
pra letra da música te lembrar
como naquela noite, de frente para o mar.

Hoje nas ruas te procurei
pensei em te contar dos livros que comprei
ou de algo que quebrei...

Porque hoje não é um dia especial
nem aconteceu nada de anormal
lembrar de você começou com algo banal.

Só queria te explicar,
que ele, como a você eu nunca vou amar
Ele não tomou o seu lugar.

E essa vontade de voltar o tempo
eu sei, é essa mania minha de fazer remendo
igual a sua de não me ouvir quando estava lendo.

Hoje eu precisava ser cuidada
precisava que você endireitasse a minha estrada
hoje, eu precisava ouvir sua risada

Ainda assim, você não veio
E eu, digo que minha saudade, eu só um devaneio
que o toque da sua mão eu não anseio.

Afinal, deu tempo da lágrima secar,
e aquele anel só veio pra confirmar
que da vida, alguns rumos não se pode mudar.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Tão feliz

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Hoje foi a formatura da minha irmã.
Pensem numa irmã babona,
roendo as unhas esperando que o M.C. acertasse o sobrenome
Fiquei num orgulho só.
Quase chorei.
Imagina só quando eu me formar...
Vou chorar horrores.
Mas é choro de felicidade.
Entre trancamentos e afins
ela levou sete anos pra se formar
e eu oito...
Poisé
Formatura fica assim sendo especial...
Parabéns Tateeee!!!!!!!!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Confissão em duas linhas

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Ontem foi vinte e três do três
Eu me lembro que eu já contei com você

Batatas de Van Gogh

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Só sabe o verdaddeiro sabor da batata,
quem plantou na terra, assistiu crescer,
e com as próprias mãos colheu

Pra só então matar a fome.

domingo, 21 de março de 2010

D.I - donzela indefesa

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Como eu havia prometido hoje vim falar sobre as dehis (D.I. - donzela indefesa).

Fui apresentada ao termo assistindo Hercules, o da disney, em que o bombadão ésseagá (S.H. - super herói) andava a procura de uma bela dehí pra salvar.

O pior é que as Dehís agem como se ser uma Dehí fosse natural, quando bem se sabe que agem assím meramente por que são bardosas e portanto ser uma Dehí é bastante conveniente.

Primeiramente quero deixar claro que não sou uma cética quanto ao cavalheirismo, só acho melhor esperar por cavalheirismo como se espera por um cavalo falante. Ou seja, não se espera, assim se o cavalo não falar, ou o homem não for cavalheiro não há decepção alguma, e se isso acontecer você aproveita o momento mágico e começa a procurar por fadas.
Também não vou dizer que nunca tive meus ésseagas, eu tive dois. E naquele tempo de andar a pé, eles atravessavam a cidade duas vezes no meio da madrugada. Uma vez pra me trazer até em casa e outra pra só então irem pras suas casas.


Mas é aí que mora a diferença entre uma mulher normal e uma Dehí. Neste caso a Dehí teria-os feito traze-la nos ombros, afinal, Dehí não anda na rua de madrugada.

Morei com uma Dehí uma vez. Vivíamos de mudança, e a Dehí vivia também a procura de um Ésseaga pra carregar as malas da princesa.

Dehís não carregam peso, esperam que alguém faça isso por elas, afinal moça não foi feita para o serviço pesado.
Dehís não tomam decisões por conta, elas sempre pedem a opinião do pai, do irmão do namorado, do marido, do vizinho, do padre, etc... afinal, uma moça não pode tomar decisões, homens pensam melhor.
Dehís não peidam nem arrotam, dentro delas há um jardim no lugar do sistema digestório, e no lugar do sistema excretor elas tem um estojo de maquiagem.
Dehís não racham a conta nem ajudam no combustível, afinal, isso é função do homem.

Dehís não empurram carro quebrado, não trocam chuveiros, nem ligam o dvd, afinal os homens ficam felizes de fazer isso por elas.

Mas pra mim o grande problema das Dehís é a preguissa de pensar, uma Dehí quando precisa pensar pode levar até dez minutos pra fazer o mesmo numero de sináspses que eu ou você faríamos em decimos de segundo. Elas tem preguissa de pensar, e quando precisam o cérebro, já desacostumado a servir para algo mais do que fertilizante de raiz de cabelo não consegue funcionar.


O que as Dehís não sabem é que o século XIX acabou. acabou já tem bem uns cento e dez anos. Mas claro que elas não sabem, Dehís são burras.


O grande problema de esses cento e dez anos terem passado, é que as Dehís passam a viver como se todos fossem seus Ésseagás, então agora não é mais só os homens que tem que fazer tudo por elas. Nós mulheres agora também temos.


E aí eu penso,
Eu também sou mulher e pago minhas contas, por que tenho que rachar a da Dehí mesmo?

Eu também sou mulher e porque mesmo que eu tenho que encher o tanque sozinha então?
Eu também sou mulher e olha só, tomo minhas decisões e arco com os riscos de decidir errado, sem jogar pra nenhum Ésseagá a a ]responsábilidade de acertar sempre e a culpa pelas decisões não tão acertadas.
Eu também sou mulher e tomo chuva no cabelo com chapinha, empurro carro, carrego mala, aprendo instruções e modos de usar, configuro o dvd, e claro, arroto, solto pum, jogo fusca azul, dou socos, levo socos, e isso não me faz menos mulher que uma Dehí.

Apesar da insistencia de alguns em tentar me convencer que uma Dehí é realmente Dehí, eu acho mesmo que Dehís são pessoas ruins, abusadas e debochadas. Acho que no final do dia, as Dehís pegam seus diários e anotam tudo que não precisaram fazer, tudo o que elas deveriam ter feito mas com suas caras de pobres, coitadas e indefesas encontraram trouxas que fizessem por elas.

Cavalo Bardoso

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Você conhece a expressão cavalo bardoso?
Não?
Então isso é porque você provavelmente não tem todo esse conhecimento de sítio que eu tenho, mas não se preocupe, não vou apenas te contar da sua ignorancia, eu contarei também o que é um cavalo bardoso, e sobre o quanto isso esta infernizando a minha vida.
Primeiro vamos a conclusão da semana:
Sim, até cavalos podem ser mais espertos que algumas pessoas.
O cavalo bardoso é cavalo de charrete. Quando você está com dois cavalos puxando a charrete, isso divide o peso, e eles não cansam tanto. O cavalo bardoso, é o cavalo espertão. Ele FINGE que está puxando, mas não tá não, o outro pobre coitado está puxando todo o peso, e o bardosão, bunito e facero, tá ali, só caminhando do lado.
Mas também ele não está em cima da charrete né.
- FAVOR RELER ESSA FRASE COM TOM MEIO A MEIO, MEIO DEBOCHE, MEIO INDIGNAÇÃO -
Mas também ele não está em cima da charrete né.

Essa é a minha crise,
Porque no fundo todos somos bardosos né, e num grupo, uma hora eu puxo a charrete, outra hora, você puxa e na subida nós dois puxamos, e quando se resolve todo mundo empaca.
Pronto, e assim o mundo segue.
Mas juro,
Tem neguinho que sobe na charrete, e acha que ninguém vai notar.
Isso me enlouquece.
Por que nessa de torci meu tornozelo (favor assistir Hercules pra entender a piada) o cavalo sobe na droga da carroça e você fica carregando o lindão pra cima e pra baixo, e quando você cansa do bardosão, da carroça e do resto do mundo ainda tem que ficar dando explicação.



*to be continued...
e ainda nos exemplos do filme Hercules,
no próximo capítulo teremos D. I. (donzela indefesa)

quinta-feira, 18 de março de 2010

devolve-me

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Devolve toda a tranqüilidade
Toda a felicidade
Que eu te dei e que perdi

Devolve todos os sonhos loucos
Que eu construí aos poucos
E te ofereci

Devolve, eu peço, por favor
Aquele imenso amor
Que nos teus braços esqueci

Devolve, que eu te devolvo ainda
Esta saudade infinda
Que eu tenho de ti.

dez horas de voo

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É uma espécie de mania, embarcar naquilo que é óbviamente fadado ao fracasso. Como se a certeza de que não vai dar certo suprisse todas as outras necessidades de certezas.

Não há como não compará-los, um está lá, outro esteve aqui, um tem a alma que quero, o outro o corpo.

E sobre alma que está longe eu hoje fico a me fazer peguntas.
Porque dizer que se está junto, quando dez horas de voo nos separam?
Porque mesmo não podendo nos tocar, de alma somos fiéis. É isso?
Mas se antes havia alguém que comigo estava, mas ninguém podia saber, hoje ele não está, mas ainda assim todos podem saber que estamos sem estar.

Não que poder dizer "estou noiva" não tenha sido a mais reconfortante das coisas que disse desde setembro... Mas, foi quase como um dizer pra falar que segui a vida, pra dizer que sobrevivi. Afinal não me vejo assim, e bem no fundo nem estou mesmo.
Penso se segui a vida.
Porque atualmente, exceto pelas madrugadas movimentadas pelo skype, no mais a vida continua muito da igual.


Ao menos não me pesa a consciencia em me fazer perguntas, porque sei que lá, a dez horas de voo ele provavelmente se faz as mesmas perguntas. Afinal nós dois sabemos como andam nossas contas bancárias, sabemos que apesar das promessas, essas viagens beiram o impossível, e esse noivado, sei lá.

Nem eu consigo me levar a sério.

Adotamos um gato, divagamos sobre quem inventou o skype estar apaixonado, levamos nossos dias nas minucias dos detalhes, mas ainda assim não há o toque. Ainda assim, não há contato.


Que me falem os autores romanticos e seus amores a distancia, seus amores impossíveis, mas não sei se creio neles.

Não que eu não o ame, eu o amo. Mas não sou apaixonada por ele, e paixão é essencial.
Nem que ainda esteja apaixonada por aquele a quem hoje o destino me permitiu comunicar que estava noiva, nem o amo, mas ainda é mais fácil, em materia de me apaixonar de novo, que seja por esse corpo, e não por aquela alma.

E dai me pergunto,

como podemos estar noivos de novo se não estamos apaixonados? Que mania é essa nossa de sempre pensar em casar, quando nem nos ver conseguímos?
Por que afinal de contas, eu entro nesses relacionamentos fadados ao fracasso?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Soul seller

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One day, you'll gonna need your soul.
And you will have it all sold out.

terça-feira, 16 de março de 2010

Procura-se

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Acadêmica do quarto ano de publicidade, em crise de absoluto desespero, procura estágio.
Sim, queridos amigos, eu me formarei esse ano.
Poizé, nem eu achei que um dia me formaria, mas a frente tenho minha ultima dificuldade.
As duas montanhas se levantam a minha frente,
o tcc
e o estágio.
Acreditem ou não com o tcc estou indo bem até aqui.
Mas o estágio me quebrou as pernas.
E agora?
Onde encontrarei uma agencia de publicidade que trabalhe a noite?
Como esplicarei ao meu professor que curto mais marketing que criação?
E,
se não existe como fazer o estágio a noite, e nas férias de julho só está liberado pra quem consegue estágio fora, como vou arrumar contatos com o Justus pra fazer lá?
Ouvi que Betty a feia do Japão se passa numa agencia de publicidade... será que consigo uma vaguinha lá?
PELAMORDEUS, onde eu vou fazer estágio?
Será que dá de aproveitar, que no curso de arte (sim eu faço dois cursos) esse ano eu tenho estágio no ensino fundamental e tentar fazer uma escola pública se passar por estágio em comunicação?
Ou ainda, será que meu trabalho como palhaça em festa infantil convence como estágio?
Aff!!!
Me sinto num anuncio de classificados pessoais.
"Universitária, 26 anos, não entende nada de acentos, mas ainda assim quer trabalhar com redação (ou marketing) ..."
haiuhaiuhaiuha
Já pensou... se eu não faço o estágio eu não me formo.
Se não me formo, eu jubilo e perco o curso...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Acupuntura

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Fico pensando que essa calma, essa tranquilidade, esse bem estar não são meus. E que um dia o efeito da acumpuntura vai acabar. Mas não consigo enchergar nada disso como de farmácia, mas como algo necessário. Aquele ponto, aquela terça-feira a noite, não podem se repetir, perder o controle de mim e das minhas emoções não pode se repetir.

Como eu gosto do controle.

E, se pra estar no controle de novo eu preciso enfrentar meus medos, então que seja.
Ainda penso se algo tão pequeno era mesmo isso tudo pra me fazer cair naquele colapso, coisas tão, mas tão maiores, eu consegui sobreviver a, porque seria um pé na bunda que seria minha criptonita?

Depois de não sei quantos anos, essa semana assisti felicity, e foi daqueles episódios surreais que só os produtores de felicity sabiam fazer, e estava Felicity conversando com o ex sobre "the clinic" e ele meio que falou sobre mim... "enquanto algumas pessoas precisam de drogas, outras de bebida, outras de religião, outras de adrenalina, você precisa do amor. Você é viciada em em apaixonar, e pelo barato de um minuto, você enfrenta de peito aberto todas as outras coisas que vem com a paixão"

Acho que acabo por tomar a mesma decisão dela,
prefiro enfrentar anos de escuridão se for pra poder ter um minuto da felicidade que o amor trás. E não me apaixonar de corpo e alma, não me entregar, não me jogar de cabeça em troca de proteção está fora de cogitação.

E, se depois, pra recomeçar, eu precisar recorrer as assustadoras agulhas, a paciencia dos meus amigos, ou ao blog, que seja, vale a pena.

Claro que o efeito da acupuntura vai passar.
Mas esse amor também.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Confissão em duas linhas

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Por vezes, não escrevo porque não tenho nada a dizer.
Noutras, o que tenho a dizer é muito mais do que o que pode ser dito.

quarta-feira, 3 de março de 2010

A proposta

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Você propôs,
eu gostei.

Eu ia lavar a louça,
mas você a leiteira
Você ia cortar a grama,
eu ia regar das flores.
A roupa pra lavar era minha,
mas os tênis eram seus.

Você esqueceu,
eu não.

Para Bruna

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Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero sua alegria escandalosa
Vitoriosa por não ter
Vergonha de aprender como se goza...

Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...

Quero toda sua pouca castidade
Quero toda sua louca liberdade
Quero toda essa vontade
De passar dos seus limites
E ir além, e ir além...

Quero sua risada mais gostosa
Esse seu jeito de achar
Que a vida pode ser maravilhosa
Que a vida pode ser maravilhosa...



terça-feira, 2 de março de 2010

Eis que tudo se fez novo


Depois de algum tempo distante daqui, estou eu de volta. Aposto que tem muita gente nova aqui que nem deve saber quem eu sou, mas pra quem não sabe, eu sou a outra autora desse blog (por sinal muito irresponsável em deixá-lo por tanto tempo, ainda bem que a Maris da conta do recado.)
Bem, o que me levou a tanto tempo de ausência foram as mudanças. Talvez eu nunca tenha visto a típica frase "ano novo, vida nova" se concretizar tão rapidamente.
Pois é, meu povo, Tudo novo! Cidade nova, rotina nova, amor novo, objetivos novos...
Nós não percebemos ou não damos atenção, mas a mudança é constante, ela só muda o local de atuação. Às vezes no nosso convívio, às vezes nos nossos sentimentos, às vezes nos nossos ideais, às vezes no nosso comportamento, mas de um jeitinho ou de outro ela está ali, nas coisas mais simples da vida.
Éh, quem sabe seja isso, por ela estar nas coisas simples que não a percebemos, só a vemos quando ela se rebela contra a rotina nos deixando desestruturados, quando ela resolve se mostrar impactante. E é essa, essa mudança louca, repentina, que vai revelando/fortalecendo o que somos, é ela a autora do crescimento... sabe, crescer dói!
Há medo do incerto. Há choro por saudade. No entanto, há também muita força, um pouquinho da que eu vou conquistanto com o tempo e muito daquela que não vem de mim.
E assim, tudo continua, surgem novos sorrisos, novos abraços carinhosos, novos ouvidos atentos, novas palavras consoladoras, novos motivos de piadas, novas histórias.
Tudo novo de novo!