quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Novo rumo

Novamente, o mesmo ritual feito sem mais nenhum sentimento. Há tanto tempo, não consigo encontrar na memória onde o verdadeiro significado se escondeu. A única coisa que vejo refletida no espelho é mais um vestido dominical.
Fiquei presa à conceitos que nunca se concretizaram, sempre no ideal.
Conceitos que muitas vezes bloquearam minha capacidade de pensar e ignoraram minha vontade de escolher.
E eu, nem mesmo percebia que minha sensibilidade estava sendo roubada.
Sem sensibilidade para não julgar, sem sensibilidade para expressar desejos, sem sensibilidade para enxergar um amor verdadeiramente incondicional. Tornei-me mecânica, ouvindo o eco de uma voz sem emoção naquele salão vazio cheio de gente.
Acreditem, um dia foi tudo real, verdadeiro, intenso, mas tentar continuar agora seria forçar-me a falsidade. E, antes de ser falsidade com os espectadores, falsidade comigo mesma.
Crer no invisível, confesso, nunca foi tão difícil. O difícil era fechar os olhos para hipocrisia, esconder lágrimas com sorrisos bem contornados, viver entre pessoas perfeitas. Tentei, por muito tempo, mas ser perfeito não me atrai, não me encanta.
Não, não me arrependo de nada. Acho que arrependimentos são perca de tempo. Mas sinto, porque minha sede não foi saciada, simplesmente cansou de clamar e minha carência não foi suprida, simplesmente cansou de esperar. Cansada por completo, até o corpo tem sentido os reflexos de uma luta que é da alma.

Não vai ser fácil, nada é fácil. Tanto insistir quanto desistir exigem uma força que, nesse momento, não disponho. Estou no meio do caminho, parada. Não estou decidida nem determinada a nada, só cansada e confusa. Cansada de tantas mentiras maquiadas e confusa entre o que realmente é certo e errado - se é que existe alguma diferença.

Não quero fazer uma revolução mundial convencendo todos da minha nova visão - nem sei se já tenho uma formada. Só quero fazer uma revolução em mim mesma. O que almejo agora, é viver sem vergonha dos meus sentimentos nem medo dos olhares repressores.

Viver, não apenas existir.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

nossa língua portuguesa

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Eu quero ser namorada não amante.
Namorada. Não, amante.
Não há amante.
Não às namoradas.
amante, não namorada.
amante não, namorada.

domingo, 20 de setembro de 2009

Aprendendo a jogar

- Agora o jogo está em suas mãos, pode começar a jogar. Que tal começar por um valete?

- Mas você sabe que tem uma dama na mesa, dificulta minha jogada.

- Pois é, e você nem sabe o naipe da dama. Mas não importa o valor, se valesse tanto não estava sendo descartada. Você ainda tem muitas cartas para serem postas na mesa.

- Confesso que tenho medo de apostar alto e perder tudo, eu não sou a única jogadora a mesa, tem mais gente com cartas na mão.

- Quem não tem nada , não tem a perder. Quem tem, só tem a ganhar, entende!? Mesmo não sendo o prêmio que desejado , pode ser o necessário. Você é unica que tem o curinga e sabe como lidar com as cartas que já foram lançadas.

- Será que sei? As vezes penso que o jogo já acabou e fiquei só eu ali com meus coringas na mão.

- Isso já virou um vício como todo bom jogo , não é agora que vai acabar, está apenas começando. Vamos lá, agora está na sua vez de lançar as cartas na mesa. Só ? Será ? Quem sabe ? Afinal todo bom jogador confunde fazendo de conta que desistiu de vencer, pra voltar e dar a cartada final.

- Apostar no valete ou descartar o coringa?
Blefar é a arte do jogo, então não espere que eu responda já.

- Aposta no que tem mais chances pra vencer e no que a dama não possa interferir. Tente conhecer mais o adversário , dando indícios de que quer continuar pra ganhar!

- Acho que a melhor coisa que posso fazer é continuar no jogo escolhendo o momento certo pra cada jogada, sem recuar, sem arrependimentos.

- Claro! O máximo que pode acontecer é sair do jogo sem ter jogado tanto quanto queria. O fascínio está em experimentar cada jogada, cada carta, os olhares da disputa, os valores. Quem sabe? Pode ser que o valete tenha o naipe de ouro.

- Então, vamos ao jogo!

Confissões em duas linhas

Medo?
Eu sei fazer uma maquiagem de coragem ótima!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Este mundo blogueiro

Tá confesso, nem eu nem a Bruna somos muito entendidas do mundo blogueiro, a alguns meses ganhamos um selinho da Paula e o perdemos, hoje ganhamos mais um...
Como eu não sei bem como funciona fui lá pesquisar... Não cheguei a precisar a ir pra wikipédia, mas foi a fundo.
Ganhamos nosso primeiro, que na verdade é segundo selinho da
Kate o blog de moda mais diver do mundo,




As regras do selinho são (ahhh to me sentindo tão importante q vcs não tem ideia): listar sete coisas que não saem da sua cabeça.

Maris:
1 - no momento - beto carrero
2 - ele
3 - o blog, como deixa-lo mais legal, o que escrever, etc.
4 - chocolate, etc...
5 - eu preciso de uma calça jeans nova
6 - meu cabelo, não, não é trocadilho, é que preciso fazer uma hidratação urgente.
7 - França.

Bruninha:
1- no momento - beto carrero (dia 26.. aahhhhh)
2- Santa Maria -
RS
3- mais inspiração e dedicação aos meus textos
4- biblioteca particular
5- fotos novas
6- vestibular
7- (um)namorado


Por uma questão de afinidade o voto aqui é sempre combinado e os nossos indicados são: Belle, Carol, Chico, Paula, Ana, Denise e Airlon

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Carta na manga

Vou fazer uma carta de amor bem mentirosa
e dizer que nunca esqueci, quem eu nem lembro mais.
Pra manter perto alguém que está muito longe,
e nunca mais ficar a mercê dos ventos.

Minha prisão

Depois de algum tempo no escuro, a visão se adapta.
Acostumamo-nos com a ausência da luz.
Somos capazes de passar muito tempo ali, sentados naquele canto escuro sem resistência, sem atitude, sem consciência.
Fazer, falar, pensar, tudo vem pronto, desde pequenos, tudo vem pronto.
Indagações nunca foram permitidas.
Hoje, eu descobri o porquê. Dúvida é a chave. Abre a porta desse lugar sombrio e permite que os raios entrem.
É fantastico, único, intenso, raios indiscritivelmente maravilhosos.
Quanto tempo para poder contemplá-los. E pasmem, a chave estava o tempo todo em minhas mãos, e eu, sentadinha no escuro, demorei pra perceber.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Confissão em duas linhas

Dessa vez eu fiz o que eu queria,
mas definitivamente, não o que deveria.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quem não dá assistência abre concorrência

estava eu pensando séria mente em escrever sobre como que

"quem não dá assitência abre perde a preferência,
abre concorrência e sofre a consequência!"
Ai estava procurando glooglisticamente falando a ordem das palavras e achei um texto do Jabor que dispensa meus pensamentos...
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Quem não dá assistência, abre concorrência

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc.

Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais: "corneado". Saiba de uma coisa... esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu "chifre" em alto e bom som.

Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.

Mas o que seria uma "mulher moderna"?

A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...

É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...

É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...

Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior:

VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", a menos que:

- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.

- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.

- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... bem...

- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.

- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em - e querem - fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você...

- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????

Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.

- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você...só que o prato principal, bem...dessa vez é a SUA mulher.

Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi.

- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar pro lado e simplesmente dormir.

- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas...senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".

Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso.

Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!

Arnaldo Jabor


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ps. Ganhei uma caixa linda hoje, cheia de presentes...

Confissões em duas linhas

Se eu soubesse...
Tudo poderia ser diferente

domingo, 13 de setembro de 2009

O dia...

Faltam 3 horas e eu estou aqui.
Sem choros, unhas roidas ou apostilas abertas.
Confesso que estou ansiosa, mas não é aquela ansiedade medrosa e sim uma ansiedade curiosa. Quero ver logo o que me espera, quero provar pra mim mesma que valeu a pena.
Para ser sincera, esse não é o lugar que eu quero, mas eu adoraria o sim. Tá bom, eu sou mais audaz, eu quero o primeiro sim.
Estou confiante, animada, a feliz comigo mesma.
Desejem-me boa prova.

sábado, 12 de setembro de 2009

gastações

Será que os homens tem noção do quanto eles nos fazem gastar?
Tipo, coisas simplissimas como o fato de que com o fim disso tudo eu não tenho vontade de usar os mesmos esmaltes, e lá vou eu pra farmácia renovar os esmaltes. Ah, sei lá precisava de algo mais, aliás, de algo menos... menos feliz, menos apaixonada (...) menos vermelho.
E troquei os lindos "beijo", "pura luxuria" e "tinto" por "chá gelado", "renda" e "fada".
Mais que a minha vontade de falar sobre os nomes dos meus esmaltes, está a importancia dessa troca colorística. Hoje nem o rosinha saudável do "fada" caberia, só a palidez de "chá gelado" é capaz de transpor pras minhas unhas como anda meu coração.
Aos poucos a maquiagem (essa permanece forte pra esconder as olheiras), as roupas, e até os allstar, tudo ficará mais pálido, mais naquele tom pastel de quem sente que fez o que devia, mas não o que queria.
E, mais uma vez lá se vão os poucos reais que me restam em gastações motivadas por homens que não entendem a diferença de risqué pra colorama.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

50 Receitas

Eu respiro tentando encher os pulmões de vida,
mas ainda é dificil deixar qualquer luz entrar.
Ainda sinto por dentro toda a dor dessa ferida,
mas o pior é pensar que um dia isso vai cicatrizar.

Eu queria manter cada corte em carne viva,
a minha dor em eterna exposição.
E sair nos jornais e na televisão,
só pra te enlouquecer, até você me pedir perdão.

Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer,
que só me lembram que nada vai resolver.
Porque tudo, tudo me traz você,
e eu, já nao tenho pra onde correr.

O que me dá raiva não é o que você fez de errado,
nem seus muitos defeitos, nem voce ter me deixado.
Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia,
nem o que eu nao vivi aprisionado em sua teia.

O que me dá raiva, são as flores e os dias de sol,
são os seus beijos e o que eu tinha sonhado pra nós
são seus olhos e mãos e o seu abraço protetor
é o que vai me faltar, o que fazer do meu amor?

Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer
que só me lembram que nada vai resolver
Porque tudo, tudo me tras você
e eu, já nao tenho pra onde correr.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

dia nove do mês nove do ano nove

9/9/9.
Pra sempre na memória como o dia que o céu chorou as lágrimas que eu não derrubei.
Tá eu chorei... mas eu disse que choraria em velórios e despedidas.
Mas nem perto do que queria/choraria/deveria.
Então das nuvens cairam as minhas lágrimas.
Só penso que é para o melhor. Tava doendo, machucando, matando em mim coisas boas.
Não acho que eu estava melhor antes de começar, nem que vou ficar melhor agora que acabou. Só acho que não serei mais um chichê.

domingo, 6 de setembro de 2009

Como você chora?

Uma professora de dança nos fez ano passado uma pergunta que revolucionou muitos dos meus entendimentos de arte contemporânea, e por isso queria compartilhar com vocês a tal pergunta.


COMO VOCÊ CHORA?

Isso mesmo, a pergunta não é o que te faz chorar, quem, quando, onde, nem porque. Mas como. fisicamente falando.

Eu choro assim:
Eu tento me encolher, se estou deitada me encolho até ficar meio em posição fetal.
Meu rosto todo dói,
Hoje não mais, mas teve uma época que as lágrimas ardiam enquanto escorriam pelo rosto.
eu não tento secar as lagrimas, deixo elas escorrerem,
Meus ombros doem.
se estou sentada sento sobre as mãos,
se estou em pé é como se eu tentasse me abraçar.
Minha garganta dói,
e sinto uma profunda dor de cabeça quando passa.


Chorar é algo que fisicamente é muito profundo, repare, as pessoas se acabam, e depois fazem compressas nos olhos achando que isso resolverá suas caras choradas. Eu vejo se a pessoa chorou umas pela boca outras pelo nariz.
Alias remédio bom pra cara de choro é compressa de chá de camomila. Receita de casa com três mulheres, todas que quando desatam a chorar, é a noite toda.

Já contei que tem um certo tempo que não choro né. Estou guardando minhas lágrimas pra velórios e despedidas. Cansei de chorar porque alguém não retorna minhas ligações. Coisa de mulher que leva a sério os conselhos que ouve dos homens a sua volta.


Mas agora que você já entendeu a pergunta, me responda, como você chora?

A caixa de doces.

A gente (Bruna e eu) é palhaça.
Tá, não palhaça dessas que fica falando bobeira na sala de aula, falamos mas nao é disso que se trata,
somos palhaças por profissão.
Todo (...) sabado vestimos nossas roupas coloridas, passamos na cara pancake zanphy e tinta colorida, vestimos um sorriso que precisa durar pelo menos cinco horas colado na boca, vamos ao trabalho.
Festas infantis.
Apesar de toda minha achancia de que são um ralo de dinheiro, afinal, a criança nunca vai lembrar da festa, e desse primeiro ano de vida ficam os traumas pra vida toda, mas não a lembrança da festa. Mas, enfim, o ralo escoa pro nosso lado então a gente aproveita né.
Só tem noção o que é trabalhar com criança quem já passou por isso, e nem é aquele cansaço de ficar com o sobrinho uma tarde, são trinta, quarenta crianças todas merecendo ritalina no refrigerante.
Borboletas, corações, batmans, homem aranha, caveira, simbolo do inter, tudo a gente desenha na cara, braço, pé, perna e outras partes que eles sugerirem.
Depois veem os moicanos, os cabelos verdes como do huck, as puccas e as princesas.
Quando o cansaço bate é hora de pular na cama elastica até as varizes explodirem nas pernas, e depois correr no inflável até sentir que se está desenvolvendo asma ali, naquele mesmo momento.
Ai bolo. "Parabéns pra você, nessa data querida, muita felicidade (isso mesmo não é muitas felicidades, não existem felicidades) muitos anos de vida" o que se segue é uma das oito ou nove variações de parabéns que já conhecemos. Pra avacalhar eu sempre puxo um "com quem será..."
Ai é hora de arrebendar os dedos fazendo escultura de balão, cachorros, espadas, girafas, cavalos, flores, mochilas, borboletas, cinto de utilidade e tudo mais que alguém conseguir imaginar a gente retorce nos balões.
Quando o povo começa a ir embora a gente começa a encher uma caixinha especial.
É a caixa dos doces.
No começo ela era mais especial, afinal docinho de festa não se vê todo final de semana, mas com o tempo passamos a ver,
Mas continuamos a enche-la.
Um pouco porque nossas familias já esperam pelos doces, outro pouco pela adrenalina de enche-la sem ninguém notar.
Fico pensando que se falassemos com os donos da festa eles super deixariam nós pegarmos os doces, afinal não é uma caixa de sapatos, é uma caixa relativamente pequena. Então o que nós fazemos é enche-la do que eles nos dariam mesmo, mas com o cuidado e discrição de quem rouba um banco.

Deviamos ser assim em tudo. Ter uma caixinha colorida pra guardar os doces da vida, afinal as pessoas não nos negariam essas alegrias, e esse pouquinho de felicidade que colhemos aqui e ali não faz falta, afinal felicidade dividida se multiplica, e nós ficamos com aquela sensação de estar conseguindo algo proíbido, afinal nesse mundo besta, ser feliz as vezes é quase um erro.

Nossa caixinha já está vazia, já se foram os doces da festa de hoje, mas na da alegria eu tento hoje deixar com uns brigadeiros dentro. É sempre bom ter um brigadeiro de alegria pra quando o pão com manteiga do dia-dia acabar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Minha teoria sobre nomes

Eu tenho uma implicancia com nomes, não sei porque, mas sempre acho padrões em pessoas com o mesmo nome. Isso ajuda numa outra implicancia minha, a de que minha primeira impressão é a mais verdadeira que existe. Mas vamos aos nomes.
Toda Cris é ... biscate. Cris, vindo de Cristiane, não de Cristina. Não sei porque, mas muda tudo.
Toda Jéssica é trapaceira.
Todo Ricardo é meio lento
Vivi's me fazem rir das maiores desgraças.
Brunos são... "inesquecíveis"

Fernandos, sei lá, sempre acho que eles escondem alguma coisa.

Estevãos vivem de achar que são o bicho, geralmente é nome de homem lindo - de boca fechada, ou inteligente / simpático. - mas feio que dói. Nunca lindo e inteligente.

Toda Tati tem um brilho nos olhos especial, acho que elas descobrem antes o que querem e correm atrás disso.

Marcelos nascem pra ser chefes.

Sobre as Carol's tenho uma palavra "brilhantismo"

Henriques despertam nas mulheres sentimentos que elas tendem a tentar esconder,

Leandros tendem a querer parecer mais do que são, bobagem deles afinal costumam ser talentosos, mas é como se o talento que tem não lhes fosse suficiente.

Ana's, acho que eu escreveria um texto a parte sobre as Ana's, tendo recentemente a querer que meu nome tivesse sido Ana, mas já que não foi me cerco delas. As anas são decididas e assim como as Tatis descobrem logo o que querem.

Leticias, ah, ainda não descobri o que há de errado com as Leticias, mas me implico com elas, e curiosamente, não conheço uma única Leticia que tenha ido com a minha cara. Leticias odeiam Damaris's.

Todo mundo gosta das Mari's, seja Mari o que for, Mariana, Mariluz, Marinete, Marislane. As vezes esse gostar vira, sabe assim, logo deixa de existir, mas a primeira vista toda mari é gente boa.

Já as terminações algumas me irritam profundamente, as éllis ou as modernosas élys todas são bastante lentas e as Aines nossa, pelo bem de uma criança, ninguém deveria ter ser nome terminando em Aine...

Elaine é nome de gente sem sal.

Todo Adriano é loiro, e se você conhece algum que não seja aconselhe-o a considerar a hipótese de ser... Eles precisam ser loiros.

Dessa teoria nasce minha implicância também com nomes compostos, acho que todo nome tem seu lado positivo e negativo, mas quando se juntam nomes correm-se riscos, Vai que junta os dois negativos...

É o que acontece com as Anas Carolinas por exemplo,
Porque assim se Ana são decididas e as Carol's brilhantes, as anas carolinas juntam isso de forma negativa e dão-se então pessoas levemente (altamente?) arrogantes por que sabem o que querem e tem aquela certeza que fazem isso melhor que o resto da humanidade, mas como isso nem sempre acontece, aliás com elas isso quase nunca acontecem, cria-se pessoas altamente falhas e cheias de orgulho.


E você qual o seu nome?

De faxineira, nunca mais

Me desculpem homens queridos, mas esse é mais um texto para mulheres.


Sabem aquela teoria de que todo lugar é uma oportunidade e devemos estar apresentáveis, do tipo passar rimel para levar o lixo a rua, calçar um scarpin para ir ao supermercado ou fazer escova para ir à lotérica pagar algumas continhas. Então, eu já gostava dessa idéia, mas hoje eu entendo a sua verdadeira importância.

Sábado de manhã e a faxinera não veio. Sobrou pra quem...
Tudo bem, mãos a obra.
No meio da passação de pano, o bendito do rodo quebra. Comprar outro.
Pensamento : "Quer saber, vou assim mesmo, vou rapidinho. E outra, eu nunca encontro ninguém interessante, não vai ser num sábado de manhã!"
Cagada! Fui daquele jeito, e é óbvio que eu não estava como nos fetiches masculinos, eu estava de roupa e cabelo de faxineira.
Na sessão de limpeza estava eu, escolhendo um rodo, daquele jeito.
A caminho do caixa quase bati num carrinho, e adivinhem quem estava levando aquele carrinho... é isso mesmo, o cara mais lindo da face da terra. (Tá não era o mais lindo, mas está entre os dez mais)
Pensamento: Merda!!
Fui a caminho do caixa, me remoendo de raiva. Como que eu fui daquele jeito!?
Pra eu me sentir melhor ele parou no caixa do lado e saimos praticamente juntos. Ele entrou num desses carros que mulheres não sabem o nome. E eu, fui pra casa a pé e com um rodo na mão.

Por essa, e somento essa, pois não permitirei que outras aconteçam, estejam sempre apresentáveis.
Se você sai sempre arrumadissima e nada acontece, pode saber que o dia que você sair de faxineira, ele vai estar lá!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A tristeza permitida

Hoje, venho compartilhar com todos vocês, seguidores queridos, a mais nova autora que entrou para minha lista de preferidos.
Martha Medeiros, uma conterrânea que tem me cativado a cada novo texto lido.
Então, quero dividir com vocês uma das minhas crônicas favoritas.

A tristeza permitida

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi dificil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que normalmente faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar a roupa, ir pro compitador, sair para compras e reuniões - se eu disser que foi assim o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem para sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?
Você vai dizer "te anima" e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer para eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.
Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.
A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silencio e a solidão. Estar trsite não é estar deprimido.
Depressão é coisa muito mais séria, contínua e complexa. Estar triste és estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente - as rezões têm essa mania de serem discretas.
"Eu não sei o que meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E não importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down..."
Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara . "Não quero te ver triste assim", sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar o seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado de mais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraua abaixo da euforia.
Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem por isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força de sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor - até que venha a próxima, normais que somos.

Martha Medeiros - Doidas e santas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Entrelinhas

Tem umas coisas que estão aqui na minha cabeça recentemente...
Uma, tava no livro que eu li, a autora disse que se entende um homem pelo beijo, as mulheres não, porque é impossível entender uma mulher.
Alguém me disse ontem que só as mulheres sabem porque elas choram,
E uma pessoa ai, se incomoda muito com umas histórias de mulheres que se "importam" demais, sabe.
Dai eu fico me organizando aqui na cabeça, acho que só mesmo as mulheres sabem porque elas choram, mas principalmente, só uma mulher sabe porque não chora, porque não chora mais. Já parou pra pensar que uma mulher, nós assim como somos, choronas, sensiveis e melodramáticas um dia, nós decidimos por... parar de chorar. Todas passamos por isso um dia, não passamos? Cachorro após cachorro eles passam pelas nossas vidas e nos fazem chorar rios e mares de lágrimas, (favor reler essa frase em tom de deboche) Cachorro após cachorro eles passam pelas nossas vidas e nos fazem chorar rios e mares de lágrimas... Até que um se supera, nos põe de cama, acaba com nossos dias, nossos sonhos, tira nosso chão, enfim...

Tanto que após ele a gente muda. Muda tanto que nem chorar não chora mais.
Prestenção meu filho, uma mulher que não chora? Poisé, acontece.
Um dia toda mulher entende que se rendeu a uma paixão, entende chorar como o cúmulo da rendição, do fracasso emocional, da incapassidade de lidar com algo fadado ao fim, e decide não mais chorar. Não mais se entregar, nunca mais se render. Nem às lágrimas.
E fico pensando então naquele outro, que fala tanto de mulheres descontroladas, que dão show quando o homem não liga, que enlouquecem quando ele não aparece. E me olha quase que com admiração por eu não ser assim. Possessiva, ciumenta, de eu não perguntar com quem ele conversou a tarde, nem o que fez enquanto não lembrou de me ligar.

Mal sabe então que normais, são as loucuras. Possessivas, ciumentas, neuróticas, essas são as loucas apaixonadas. Não que eu não seja louca ou apaixonada, só não sou as duas coisas juntas, não nesse momento. E ai mora a anormalidade da coisa. Não perguntar, não telefonar, não me importar... claro que eu me importo, só não quero saber sabe. E querido homens seguidores desse blog, me respondam se sou só eu que penso assim ou é mais claro... Mas, uma mulher que não pergunta... é tão dificil ver que há algo errado ai?
Ah, só as mulheres sabem porque não se importam. Porque não dão show.
E penso que pode-se sim entender um homem pelo beijo.
Mas as mulheres, talvez os homens pudessem se lessem as entrelinhas, que na minha humilde opinião de blogueira é tão óbvia que deixou de ser entrelinha quando passou a poder ser escrita aqui.... nas nossas confissões em duas linhas.

Confissões em duas linhas

"O simples nunca foi fácil
Muito menos pra quem possui um coração."