terça-feira, 30 de junho de 2009

Confissão em meia linha

Estou feliz!

domingo, 28 de junho de 2009

Paraquedas

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Eu o guardo como manual de conduta.
Me nego a esquece-lo, porque enquanto ele estiver em mim, enquanto eu perder a fala de ouvir a sua voz, a força nas pernas de o ver, ou enquanto eu não responder por mim se ele aparece, eu me garanto.
Se ele está em mim, ninguém poderá me maxucar como um dia ele fez.
Meu manual do que nunca mais permitir.
Meu manual de quando pisar no freio.
Meu manual de erros e acertos.
Meu manual de como deixar ou não deixar alguém um dia chegar a ser ele.
E prossigo assim sem me entregar.
Talvez,
Talvez não seja mesmo a melhor saída, acho que um dia vou acordar e ver que o tempo passou e que não vivi dos dias passados o que deveria.
Mas talvez, eu acorde e veja que ele não está mais em mim, então, quem ocupar o lugar dele no meu coração, estará porque realmente quiz estar.
Porque enquanto prossigo amando quem caí de paraquedas na minha vida, me protejo sabendo que há espaços que são só dele. Por que só ele ficou na minha vida tempo suficiente para descobri-los.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

E por falar em esmaltes

Já que estamos nessa vibe mulherzinha, e esse é o terceiro texto quase seguido sobre esmaltes (um beijo pra quem descobrir o segundo) queria falar sobre meus vermelhos. Tá eu nunca falarei como a Bruna falou, mas quero falar, não sei, me deu tanta vontade.
Hoje entrei na farmacia comprar o vale coxinha dos atores que participaram do meu trabalho de semiótica, sim, um chocolate para cada, e resolvi olhar os esmaltes, um pouco pelos nomes, e outro pouco pela reclamação que alguém me fez há algum tempo sobre como eu andava tendo poucos esmaltes.
Comprei mais dois, serenata e chama. Um mais vermelho que o outro. Passei o chama, Gente minhas unhas estão assustadoramente vermelhas.
Minhas unhas nunca foram vermelhas, primeiro era uma implicancia que acho que herdei da minha mãe, eu simplesmente não achava vermelho bonito.
Usei todas as cores que existem nas unhas já. Por vezes todas ao mesmo tempo. Mas nunca vermelho. Um preconceito sem tamanho com o vermelho.
As vezes esqueço minhas unhas por meses, um belo dia acordo, vou na farmacia e passo então outros muitos meses cuidando delas como quem cuida de um bebê. Geralmente, se minhas unhas estão bem feitas é indice de que estou feliz, a verdade é que me entrego tanto às minhas fossas que nem das unhas me lembro.
Lembro que depois que o Francisco arrazou meu coração eu não tinha vontade nem de lavar o cabelo (mas lavava), quanto mais de tirar a cuticula. Quando o Sorim apareceu a primeira coisa que fiz foram as unhas. Se um dia o tempo te sorrir e você não tiver nada mais que fazer além de fuçar nosso blog, leia as primeiras postagens, tem algo lá sobre minhas unhas e o Sorim...
Mas voltando aos vermelhos, comprei um marrom à algum tempo que na unha ficou vermelho. Tive vontade de arrancar os dedos. Aff, eu olhava e aquilo não ornava com a minha pele. Não sei simplesmente não gostei.
Tenho paixão por aquele roxo da Risqué, o obcessão. Ai num belo dia, na ausência dele peguei um parecido, mais avermelhado, cintilante (continuo odiando os cintilantes) um tal de rubi.
Gostei.
Simples assim.
Nas três semanas seguintes, ou seja, nas ultimas três semana mais quatro o seguiram.
Todo esse texto sobre esmaltes poderia ter sido sobre maquiagem. É que à algum tempo eu tinha repudio à lápis de olho branco, e recentemente sei lá, ando gostando.
E não é culpa da moda, afinal lápis de olho branco sempre existiu, bem como os esmaltes vermelhos.
Acho que o tom da pele da minha mão não mudou também.
Não é a paixão.
Por dois motivos. Nunca, nem um único dia da minha vida eu não estive apaixonada.
E hoje, eu nem estou tão apaixonada a ponto de mudar preconceitos.
Talvez sejam só as mudanças que o tempo traz.
Talvez seja uma tal percepção estética que tanto se fala na faculdade de arte.
Talvez minhas mão só queiram chamar atenção.
Caso meu roxo obcessão não fosse suficiente, certeza que esse vermelho chama, chamará toda atenção do mundo para elas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Renda velha

Estou pensando em arrancar a renda do meu vestido. Aquele tipicamente francês de um branco puríssimo.
Ao olhar meu reflexo no espelho, vejo que renda já não combina comigo, tão pouco esse branco.
Quero algo novo, vermelho talvez. Algo de luxo, algo mais chique em que eu possa substituir minha sapatilha de cristal por salto alto e desfilar pela quinta avenida.

Quero algo mais ousado, que me deixe a vontade para temperar com malícia meu poema. Algo que me deixe abusar do pecado como Gabriela.
Quero algo que me dê coragem para largar minhas aulas de balé clássico e ser levada pela sensualidade do tango.
Por onde eu passar, quero atrair olhares, conquistar admiradores, causar inveja.
Não quero mais me preocupar com as gotas de tinto derramadas. Branco sempre foi difícil de limpar.
Quero mudar! Quem nunca mudou?
Eu mesma já troquei leite de coco por calda de chocolate, Paris por Havana, diamante por rubi e, um dia, hei de trocar meu branco por escarlate e essa renda por um beijo.

domingo, 21 de junho de 2009

Botões

Aquele botão que você abriu eu nunca fechei. Não sei, acho que ficou melhor daquele jeito mesmo. Esconder-me no botão não teria sido a saida.


Hoje eu me lembro de alguém que recolocou um botão caido num uniforme, lembro que com a leveza das fadas ela o fez, ao mesmo tempo que se bordou um novo nome numa almofada de coração.


Mas seu nome não chegou às almofadas ainda,


só me incomoda muito que quando você vem as almofadas da minha sala estão sempre desarrumadas. Mas nenhuma tem formato de coração.


Acho que quebrei um dente.

Queria que você entendesse o que dentes significam, e a força que tem eu o ter quebrado. Como a força se quebrou.

Quebrou um canto, pequenininho, por dentro. Ninguém vê. Mas trincou o resto do dente.

Um dia ele quebra inteiro.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Caindo em mim

Não sei em que momento eu me confundi e achei que havia algo de especial nessa história que eu contei para mim mesma.
Não, você não leu.
Não tomou o menor conhecimento.
Não, você não percebeu que ele, eu , aquilo, que tudo era você.
Eu falei de luz, você nao viu. Eu falei de jazz, você não ouviu. Eu falei de sentimentos que você nunca sentiu.
Eu falei de mim, e você não me reconheceu.
Reli-me. E nem eu.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Confissões em duas linhas

Cortei bem curtas as unhas, por precisão.
Pintei de vermelho pra chamar sua atençao.

Confissões em duas linhas

Dinheiro não é problema.
Dinheiro é solução!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Santzabé

Santzabé mudou minha vida, tá, se não minha vida ao menos esse meu final de semestre. Sabe aquele cansaço impregnado que nada tira? Santzabé tirou.
E aquele sono que pesa os olhos da hora de acordar até a hora de dormir? Santzabé também resolveu. E aquele pescoço travado que nada resolve? Santzabé resolveu.
Ai ontem voltando de Santzabé, eu estava olhando pela janela do onibus e pensando o quando eu gosto da noite. Gosto mesmo, gosto demais.
Gosto das sombras, das formas que se misturam, gosto de não saber se aquilo é uma casinha de cachorro ou uma inalguração de trevo do tempo que o Alvaro Dias era governador. Gosto de não saber se estou indo ou voltando.
Gosto demais da pouca luz pelas folhas das árvores. Gosto de imaginar que se eu entendesse de estrelas eu poderia me guiar por elas. Gosto, aliás, me encanta que a noite as coisas não se parecem com o que são e tudo fica maior, mais assustador, mais sei lá, sombrio não é a palavra. Mas sabe aquela sensação de frio na barriga quando você vê algo novo e se pega a pensar o que é aquilo, se enche de coragem e vai. E descobre que era apenas uma caixa amassada.
Pois eu gosto disso tudo. O dia me cansa. As coisas claras me cansam, me cansa o óbvio, aquilo que é só bater o olho você já sabe o que é. Gosto de descobrir, explorar.
Ai o Vini desligou o telefone,
e tivemos uma conversa existencial.
e outra sobre depilação.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Confissões em duas linhas

Ignorance is Bliss
Ignorancia traz felicidade

fofoquinhas

Essa é uma história que ouvi, dizem que a cinderela está está um caco, fica jogada chorando no chão do quarto dela, pelo que me contaram ela está apaixonada pelo atendente do bar, afinal o principe encantado não vem pra casa à três meses. Acho que ela nem lembra mais porque veio aqui...
A Bela adormecida, me contaram também não anda muito bem, de um mal humor que supera (pelo que ouvi) o da Bruna sem chocolate. Acho mesmo, que o mal humor é pela vergonha de virar pro principe e dizer: Não é com você encantado, mas eu prefiro dormir a vida toda que ter você me impedindo de sonhar.
A Branca de Neve, está pior, na cozinha lavando louça, o que mais se pode fazer? Sete bocas mortas de fome!?! Manda todos pra cama e liga pra um amigo, dizem que se encontram após a meia noite...
Rapunzel, cortou o cabelo naquele estilo Joãozinho, supercurto. Disse que se soubesse o tipo de homem que escalaria aquela torre teria cortado antes da bruxa malvada. Hoje as duas são amigas, Rapunzel voltou pra torre e se mantém afastada das janelas.
Falam ainda na caras do reino tão distante que toda menina espera seu principe, ele e seu cavalo branco chegam arrogantes querendo matar o dragão, sempre tão amigo da princesa.
Ah, se não fossem os homens, fossem as mulheres (ao menos se fosse eu) o principe não seria encantado, porque quando desencanta vira chato.
Não teria aquela cara de namorado da barbie, mas aquele "Q" de presidiário que tanto me interessa.
Nem viria à cavalo. Odeio cavalos.
Acho que ele chegaria a pé, sairiamos no carro dele. E pelamor de deus que não seja pra um castelo, é cafona demais...
Pode ser pra casa dele mesmo.

ps1: feliz dia dos namorados.
ps2: happy valentines day...
ps3: no meu caso : feliz "friends with benefits day"
ps4: ahhhhh, eu to viajando e aprendi a por texto na publicação programada.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Confissões em duas linhas

Não sei se não consigo seguir roteiros porque eu não gosto deles
Ou se não gosto deles porque não consigo segui-los.

sábado, 6 de junho de 2009

menina, isso não presta

Homens, acho melhor vocês não lerem esse texto, ele é feminino demais, e talvez vocês não o compreendam, então eu sugiro que desçam tres textos e leiam o da coragem que falta.

Recebi duas visitas hoje, a dele, e a do chico. Sabem, o chico?! ah, vai dizer que a vó de vocês não dizia que tava de chico quando tava menstruada? Enfim...
Ai eu resolvi, mesmo estando de chico lavar o cabelo que estava já a alguns dias implorando por água. Um frio, um frio, mas um frio que aff, aquela agua quente do chuveiro me levou pra outros planetas, outros paises, outros mundos. Sério, eu esqueci o tempo, devo ter ficado muito, mas muito mais de uma hora no banho. Eu sei que o planeta tá sem água doce, mas depois de uma tpm como a ultima eu mereci me esquecer no banho.
Depois de muito tempo pensei que minha mãe e minhas avós sempre disseram "não presta lavar o cabelo quando tá menstruada menina!". E fiquei pensando que nem dá nada, sempre lavei e nunca morri, mas que provavelmente tanto tempo n'água não devia fazer bem.
É nessa hora que lembrei da minha outra visita, e pensei que "ele" é como lavar o cabelo menstruada em dia muito frio, provavelmente não vai fazer bem depois, ahhhh, mas agora tá tão bom, que eu vou esquecer todos os avisos e continuar um pouquinho mais embaixo do chuveiro. Continuar um pouquinho mais com ele.
Ahhh, já que estamos no momento mulherzinha mesmo, minha cuticula ficou molinha, tirei tudo, e já estou com cólicas.

Ella

Ella era assim mulher poderosa. Ela, nossa Ella tinha um que de suspense que despertava uma certa curiosidade. Não sei se era o jeito decidido ou o olhar de quem sabe o que quer da vida.
Ella sempre me chamou atenção por não ter duvidas, ou se as tinha eu nunca percebi. Não sei como pode alguém ser tão certa da própria vida. Mas Ella era.
Ella nunca viveu o platônico, ia lá e resolvia, Ella nao levava problemas pra casa, e sempre me disse que era por isso que não tinha úlcera. Ella até me assustava com aquela certeza toda, e como pode nunca ter se arrependido, como pode decidir as coisas assim tão rapidamente e nunca, nunca mesmo se arrepender?
Ella era imune, vacinada. Dona de vontades e verdades que assustavam mas que fascinavam também. Não sei onde ela aprendeu a ser assim, mulheres demoram tanto a ser donas de seu nariz, Ella já nasceu dona de sua vida.
Ella não tinha tpm, Ella não precisava ter gato, Ella não fez diario quando era adolescente, Ella não conhecia tempo ruim.
Mas sei lá, acho que nós não notamos que algo mudava com ela, e Ella, aos poucos foi desaparecendo daquele palco onde ela costumava ser a estrela. Pálida, mais magra, com olheiras, bebendo wiskey vagabundo e devorando uma barra de chocolate arcor, Ella me confessou o que havia mudado.
Ella nunca até então havia amado.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Cartas que não se enviam

Então,
Querido Mark, não sei até que ponto sinto saudades de você, acho que no final você desaparecer da minha vida se transformou num alivio velado.
Velado por que você me pensava assim tão doce e meiga que assumir que cansei de você seria maldade.
Ou não, deveria mesmo ter assumido, assim você aprenderia que a vida não é esse conto de fadas de sunday school que você vive.
Não sei, acho que a vida te ensinará isso por outros meios.
Ou não, você já deveria mesmo ter aprendido.
Quando tudo acabou, foi mais como ter perdido um brinquedo caro, sabe querido, daqueles que se veem no dia das crianças, seus pais só lhe dão no natal, e mesmo assim são muitas as prestações que ficam pra pagar?
Era assim que eu me sentia a seu respeito.
Meu medo sempre foi passar a vida com esse carnê na bolsa.
Mas as prestações que eu nem paguei, hoje não precisam mais ser pagas. Ao menos ao que parece não por mim.
Olho suas fotos e penso que nós não daríamos certomesmo. Você precisava ser mais alto.
Ah, Mark querido, o reino de tão tão distante, estava ao alcance das nossas mãos, você percebeu?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A coragem que me falta

Quero coragem pra cometer meus erros sem medo
Quero coragem pra ter medo de cometer os mesmos erros

Quero coragem pra montar táticas de ataque aos meus inimigos
Quero coragem pra destruir minhas defesas

Quero coragem pra mudar o mundo
Quero coragem pra me acomodar no sofá

Quero coragem pra suspender jardins por um amor
Quero coragem pra arrancar um amor de dentro de mim

Quero coragem pra seguir as regras
Quero coragem pra abusar da licença poética

Quero coragem pra manter vivos os meus ideais
Quero coragem pra me reinventar

Quero coragem pra dizer tudo que me dá vontade
Quero coragem pra maquiar minhas discordâncias

Quero coragem pra correr atrás do tempo
Quero coragem pra dar uma pausa

Quero coragem pra reconhecer os meus defeitos
Quero coragem pra mantê-los bem trancados

Quero coragem pra ser responsável
Quero coragem pra esquecer todas as minhas obrigações

Quero coragem pra fazer minhas caminhadas matinais
Quero coragem pra ficar na cama até cansar

Quero coragem pra ajudar alguém
Quero coragem pra assumir meu egoismo

Quero coragem pra começar um novo regime
Quero coragem pra comer sem culpa

Quero coragem pra superar meus traumas
Quero coragem pra me esconder neles

Quero coragem pra sentir inveja

Quero coragem pra elogiar alguém

Quero coragem pra enxergar minha limitações
Quero coragem pra quebrar as barreiras

Quero coragem pra me apoiar em alguém
Quero coragem pra ser independente

Quero coragem pra lutar incessantemente
Quero coragem pra desistir da guerra

Quero coragem pra entender essa contradição que é a vida.

Confissões em duas linhas

Quem disse que dinheiro não traz felicidade.
Não sabe o poder de dinheiro em loja de sapatos.

Confissões em duas linhas

Ainda não encontrei meu coração
mas achei um substituto melhor que o manual de gramática