quinta-feira, 30 de abril de 2009

Retalhos

Eric
Uma história que não será escrita, sem fotos, sem telefonemas; Como num filme europeu, ficam nossos rostos, um na memória do outro. Sem virar em longos emails falando sobre a rotina, o dia dia, sem sonhar em reencontrar, sem marcar passagem, sem decepções no encontro com a realidade oposta.
Sem momentos kodak, sem um filme tomando sorvete, sem um porta retratos pra dormir abraçada chorando.
Dos bons momentos que não voltam não há como faze-los serem eternos, apenas na nossa memória, nos nossos corações. Sem envolver os amigos, as famílias, com dia, hora e local marcada para acabar. Acaba-se, com a promessa de não chorar, de seguir em frente feliz, com a nova palavra aprendida, saudade.


Carla
Era uma terça feira, o ano: 1998. Na segunda não teve aula, alguém na escola tinha morrido, volta as aulas de férias de julho.Quando cheguei na sala, fui pra minha carteira de todos os dias, a ultima carteira, na segunda fila da porta. A garota que sentava na minha frente não tinha chegado ainda quando alguém me explicou.A Carla faleceu durante as férias.Lembro que fiquei parada olhando pro nada durante alguns minutos, tão abobada com a noticia quanto as outras pessoas que assim como eu não tinham nem ido ao velório.Num acidente de carro, durante o intervalo de um dos jogos do Brasil na copa do mundo. A frança Ganhou.Durante as semanas que se seguiram eu fiquei sem entender, aos catorze anos, a morte não é entendivel. Até aqui descobri que aos vinte e dois também não.Eu me perguntava por que eu não tinha sido mais amiga da Carla, e tentava lembrar de todas as poucas conversas que tivemos.Ela era grandona, daquelas meninas de voz grossa que maanda em qualquer menino sabe, ela jah tinha desesseis anos, e ma facinava o jeito que ela dominava o corredor quando andava. Mas eu descobri isso depois que ela morreu.Depois qe a carla, morreu comecei a ouvir legião urbana, ela sempre me dizia que era massa mas eu nunca tinha ouvido ela antes, também me dizia pra eu não extressar por causa do carinha que eu era afim, que quando eu desencanasse ele ia me ver, agora olhando pra trz vejo que foi o que aconteceu.é extranho lembrar da Carla agora, e ver que aprendi uma ou outra coisa com ela, que a carla se foi mes deixou em mim mta historia, por que legiao é demais parte da minha historia.Hoje tenho vinte e dois.A carla ainda tem dezesseis.Na memoria de todos, ela ainda é aquela garota que ria alto na sala, que obrigava a mim e aos outros cdfs a dar cola pra ela, que sempre chegava meio dormindo, que não queria aula no sabado pra assistir xuxa, que fez todos chorarem na formatura, qdo o diploma dela foi entregue pra mãe dela.

Retalhos
Arrebentei mais um botao do colete do uniforme. tive que ir na costureira do navio.
Ela nao desviava a atencao das proprias maos. Fazia o na ponta da linha, lambia a outra. Cruzava a agulha. E cerzia com a leveza das fadas, ate construir cada uma das celulas.
Em 46 dias, 20 horas e 16 minutos havia composto de retalhos um coracao. E delicadamente fazia em fio azul o acabamento no bordado com o qual escreveu um novo nome dentro.

tres da manha
Três horas da manhã. Ela atende o telefone sem saber bem o que faz, mas já sabe quem é. Fazia muito tempo que ele não ligava. Fazia tempo que ele não ligava a essa hora. Ela havia se acostumado a dormir esperando acordar só no dia seguinte.....
Feliz.....Ele ligou pra contar que que está apaixonado. Por que mais ela atenderia uma ligação as três da manhã, se não fosse ele apaixonado.....Ela é doce, meiga, alegre, e ele acha que ela gosta dele também. Ele ligou as três da manhã pra contar que a havia superado e que estava muito feliz.....Ela desligou.....Não ia acordar as três da manhã, pra ouvir da nova paixão dele. Que não era ela.....




Coisas q ainda ficavam só ali, soltas no word

quarta-feira, 29 de abril de 2009

as férias da cigana

diz-me a sorte do orkut que quem lê minha sorte não apareceu pra trabalhar hoje e que hoje não vou ganhar cookies. Fazer o próprio destino sempre me interessou. Aliás pra mim fazer o próprio destino é uma mistura de medo e interesse. Afinal se eu mesma o faço, quem vou culpar pelos detalhes que deram errado? Ou pelos erros homéricos? Desse ponto de vista o modo de ver a vida assim meio presença de anita fica interessante: tudo está escrito. Mas se é assim cabe da minha parte acrescentar alguns borrões ou a vida é mesmo apenas uma receita de bolo? Enquanto não descubro a verdade vou aproveitar que hoje a cartomante não veio e dar eu as cartas.

Quase fora de controle

As noites ja foram melhores, quando você não estava aqui bagunçando meus sonhos.
Sempre gostei de gentilezas, mas essa sua grosseria me atrai. Perto de você eu saio do meu mundo, eu sai de mim mesma, e me perco nesse seu olhar sedutor.
Todo esse encanto de ser abstrato já se perdeu. Você não me faz bem!
Então vá embora. Porque não liberta de uma vez meus pensamentos?
Eu não quero você aqui!

Será que não vê que eu odeio gostar de você!?

terça-feira, 28 de abril de 2009

quinze minutos

Entre um ano e outro, entre um turno e outro, eu te chamo pra um café de quinze minutos, ou mais. Se você viesse, estou certa que eu perderia a noção do tempo. Um segundo, uma semana, uma vida.
Dê-me sua mão, dê-me seu coração, dê-me sua vida, eu pediria, vamos por a vida no pause e pensar no que é irresistivel, ou ao menos bastante dificil resistir.
Em silêncio mataríamos um minutos, em memória dos muitos outros que já assassinamos, em respeito à memória do tempo que se conjecturou impossivel.
Se você viesse para um café, ah, eu gritaria. "é hora de beber café, for God sake" gritaria eu. Vamos toma-lo agora, antes de nós, antes de depois de amanhã. Antes que seja tarde demais. Não vamos adiar, eu tenho um acúcareiro.
Eu ateio o fogo à chaleira, você ateia o fogo no mundo. Ateemos o fogo em nós.
Meu café com um pingo de leite.
O seu leite com um pingo de café.
Vamos parar a roda viva, a roda da vida, essa roda doida que nos afasta. Paremos de cantar o pop rock, paremos com as declarações em MPB, não vale a pena nos fazermos de bobos. Baby, pare de fazer cú doce.
Let's take a break
a coffee break.
Diga que vem que eu vou, pare de não estar. Vamos fugir de nossos corpos de uma vez por todas, vamos fugir por um segundo ou por uma vida. Vire pó e eu lhe aspiro, injete-me. E juntos nos viciaremos em ser nós dois, tanto quanto nos viviamos em sermos nós mesmos.
Em quinze minutos, baby, vem você e me conta umas banalidades, eu reclamo do meu dia cansativo, da minha falta de tempo, você reclama desse tempo louco, da sua vida cansativa. Ai, você levanta, atira ao lixo seu copo reciclável, e vai embora.
No relógio eu me certifico que é hora de começar tudo outra vez. Seu aceno, seu aceno me diz até logo. E num suspiro eu ainda estendo a mão tentando lhe alcançar, tentado te pegar. É só o tempo de um break, um coffee break, de um café. O tempo de nós. Eu, nós, você. O intangível.

Sobre o uso que você faz de mim


esse teu jeito cinico de olhar

só me faz te odiar.

nao sei se comigo você cansou de brincar

ou eu que cansei de querer,

mas pensar em te perder, perder vc que eu nunca tive

faz eu me atrever a rimar

mesmo que essa seja uma coisa que eu não sei fazer

Inevitável - uma adaptação BEM livre

Se é questão de confessar
eu nao sei cozinhar
e não entendo o futebol
Sei que já fui infiel
Sou competitiva de mais pra alguém que nao sabe jogar
e tenho relógios que não uso
E pra ser ainda mais franca acho que ninguém
pensa em você, como eu penso
Mesmo que ela possa te dar o mesmo (ou mais).

Se é questão de confessar
Eu demoro pra dormir, fico rolando na cama
e não gosto de pentear o cabelo
é verdade que eu também
choro uma vez por mês,
especialmente nos dias frios
Comigo nada é facil
Já deve saber
Você já me conheceu o suficiente

E sem você as coisas perdem a graça

O céu cansa de ver a chuva cair
e os dias que passam se parecem cada vez
mais um com o outro
Não estou encontrado uma forma de te esquecer
Porquê
Seguir te amando parece inevitável

Penso que é melhor
Se vou falar de nós dois
Começar falando de mim
E já sabes a situação
Nada anda muito bem
mas eu ao menos respiro
Nao precisa dizer nada
Eu sei você nao vai voltar (nem chegar)
Eu te conheço bem

E vou atráz é do que fazer comigo...

Penso que é melhor
Se vou falar de nós dois
Começar falando de mim.






- - - pensando na passado no presente ou no futuro afinal?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gostos

Moreno, simpático, mau humorado, sistemático, gordinho, engraçado, tradicional, gentil, arrogante, orgulhoso, inovador, cretino, colorido, tímido, loiro, birrento, descolado, medroso, super protetor, cavalheiro, carismático, inteligente, fútil, ciumento, largado, chato, bandido, preguiçoso, malhado, ruivo, perfumado, musico, genioso, carente, misterioso, auto astral, carinhoso, sincero, criativo, bobo, sério, mentiroso, humilde, safado, generoso, seguro, valentão, pão duro, romântico...

O que seriam os gostos se não fosse a diversidade.

sábado, 25 de abril de 2009

Pertencer

"E agora o tempo faz questão de me lembrar
Que eu não pertenço mais aquele lugar"
Essa sensação de não pertencer é ...
é no minimo assutadora.
Mas é resumidora, se é que essa palavra existe, mas existindo ou não, é o que "não pertencer"faz. "Não pertencer" resume.
Ver as fotos velhas, não saber como arquivar as novas, ouvir histórias, e lembrar das velhas histórias... Tudo me dá essa sensação não pertencer mais.
Na verdade o não pertencer nasceu a tanto tempo que nem sei quando foi, foi em agum momento entre descer do palco e sentar na platéia, talvez até antes de descer do palco.
Acontece que humildade a parte, se eu não aceito que meu lugar é o palco, quem que vai me colocar lá?
A platéia é ótima pra aprender, não é mesmo? Mas não é lugar pra viver...
Então nao posso viver na platéia... Eu não pertenço à platéia. Nem nem a platéia acha graça em mim.
Acontece que deixar a platéia é procurar novos palcos, novos rumos, novos amigos, e descobrir que os rumos que procurei dando aquele 180* eram loucura, virar um grauzinho para o lado deu a nova direção. Apenas pra lembrar que eu não pertenço mais àquele lugar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

BBB

eu não tenho nada contra essa pessoa Bial.
Mas vou votar nela por uma questão de afinidade.