quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Amores e amigos

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Dizem os orientais que o amor vem com o tempo,
Já o ocidente usa o tempo pra matar o amor.
Com sorte, talvez depois do amor, nos reste ser grandes amigos.
Mas, seria possivel na amizade nascer um grande amor?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dores que chamam palavras

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A primeira dor que conheci que chamava uma palavra foi AZIA.
A dor, a queimação aquilo tudo que ardia no estomago tinha que ter um nome, e tinha. Assim que começou a queimar, eu sabia aquilo só podia ser azia.
Com o tempo a azia trouxe outro nome de dor, GASTRITE era ele.
E pouco tempo depois, minha mãe me explicava que uma nova dor que eu sentia quería dizer que eu tinha virado mocinha. Instintivamente concluí que só podia ser a tal da CÓLICA que tanto se falava.
Muito tempo se passou até eu conhecer uma nova dor que chamava palavra. Eu estava morando sozinha nos Estados Unidos, e sentia muito mais que saudade, e pra piorar não existia uma palavra em inglês pra dizer que aquela dor toda que meus olhas estampavam era saudade. Eu me sentia doente. Doente e só minha casa me curaria. Descobri assim o nome em inglês pra dor que eu sentia: HOMESICKNESS.
Mais um longo período sem dores que não tinham nome. E um dia, veio uma dor, uma dor tão forte, quase destrutiva que me arremessou ao chão, e em lágrimas eu apertava as mãos contra a cabeça, ENXAQUECA pareceu caber certinho pra descrever aquela que só poderia ser a mais forte das dores.
RINITE é outra palavra que apareceu, uns dizem que ela trouxe a enxaqueca, mas eu sei que ela sempre esteve ali. A enxaqueca só a libertou pra me por de cama.
Mas de todas essas é uma dor que não dói que todos os dias prende meu fôlego. Não é medo, também não é ansiedade. Não é DOR, não. Definitivamente não é dor. O nome dela, é TUMOR.

Sobre Brad, sobre o tempo, sobre friends, sobre nós dois

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Ando pensando muito nessa coisa de tempo, de Karma, de amor, de Jennifer Aniston e de saudade.
Não parece, mas as coisas fazem sentido, de alguma forma.
Eu sempre achei que eu e um alguém que a muito tempo ficou só na minha história seríamos o Ross and Rachel do nosso grupo de amigos. Mas o tempo passou, e nunca fomos. Aliás o tempo passando tem mostrado que não há mesmo futuro para nós dois. Então não haverá reencontros em portões de embarque. Mas tudo bem. A vida prosseguiu, e despedidas em aeroporto são mesmo muito cafonas.
Ontem estava lendo sobre um novo filme da Jennifer Aniston e claro que em algum momento citaram que ela e Brad já foram pombinhos. Confesso que não suporto da idéia de Brad Pitt e Angelina Jolie juntos. Sempre fui do Team Jenn. Não gosto de pessoas que conseguem tudo. Isso me irrita. Porque a maioria das pessoas não vai conseguir nem metade.
Por isso gosto tanto da Jennifer Aniston, ela parece normal.
Me irrita a Angelina Jolie ter sido bad girl e agora ser embaixadora da Unicef. Não é justo com quem faz as coisas direitinho, não é justo que você tente fazer tudo do jeito certo a vida inteira e que alguém que só fodeu, resolva se redimir de uma hora pra outra e que não haja nenhum preço a ser pago.
Também não gosto de todas as outras vintemil namoradas que o Brad já teve terem podido seguir com a vida, mas a Jenn, não. Ela será sempre lembrada como a ex que ele largou pra ficar com a Miss bocão.
Assim como eu e ele. Não o cara que citei acima. ELE.
O cara que todas as vezes volta a ser o assunto.
O cara que nunca vão me perdoar. Que eu sempre serei lembrada como a que ele deixou pra bla bla bla.
Posso confessar algo?
Acho que posso né, esse blog já é praticamente só meu, a Bruna nunca mais escreveu aqui, e as vezes acho que não seremos mais amigas como éramos na época que começamos o blog. Então se o blog é só meu eu posso confessar né?!
Eu ainda gosto dele.
E isso me dói.
Dói todos os dias.
Afinal eu o vejo todos os dias. Agora em nova companhia. E isso me dói ainda mais.
Fico pensando se eu serei como a Jenn, se daqui a cinco, seis anos, ainda vão lembrar que ele me deixou pra ficar com a tia vinte anos mais velha.
Só por hoje eu aceitaria ser novamente a outra da vez. Mas aí lembro de karma, e de que nem posso ser internada em determinado hospital, porque a tia trabalha lá, e karma né, certeza que ela seria minha enfermeira e eu saíria de lá muito pior que entrei. Imagina se eu recomeçasse o que a vida em um ano ainda não desfez em meu coração.
Ou não né.
Veja a Angelina Jolie, fez e aconteceu. Bebeu, fumou, cheirou, lambeu e raspou com os dentes tudo que se pode usar. E hoje, ao lado do ex-da Jenn desfila sua meia duzia de filhos. (odeio ela ter filhos)
Talvez o mundo seja mesmo de quem tá nem aí pras regras

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Por que eu não poderia ter escolhido a medicina

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Eu dou trabalho, eu sei.
Não tomo nada q meu médico não tenha prescrito. Coisas de quem já tem remédios demais pra tomar e morre de medo de quem um interfira noutro.
Ainda assim ontem fui parar no hospital por intoxicação medicamentosa. Pácaba né.
Ai fiquei hoje pela manhã reparando nos comentários do médico, da moça que veio buscar o café e mais tarde da enfermeira sobre minha aparência estar muito boa, olhei no espelho e me achei um caco.
Fiquei o resto da manhã imaginando o quanto de pessoas verdes, arrebentadas, etc eles veem por dia.
E concluí que nunca poderia mesmo ter escolhido esta área, mesmo que as vezes me cobre que seria sim possível, era só eu ter tido um pouco mais de oportunidades.
Mas eu sinceramente ficaria profundamente deprimida em apenas duas semanas se tivesse que só ver gente doente.
Sem chance mesmo.
A publicidade provavelmente não vai me deixar rica, mas pelo menos serei sempre rodeada de gente bonita, saudável e coradinha.

domingo, 19 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Completudes

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"por não cheirar mais teus olhos,
por não enxergar o som da tua voz,
por não tatear teus pensamentos,
por não ouvir a voz do teu olhar."





daqui

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A despedida do Amor

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Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo'
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.





Martha Medeiros

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Confissão em duas linhas


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Gratuitamente ofendida.
Profundamente magoada.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Correntes de email em época de eleição

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Sempre acho uma certa graça dos emails tipo corrente que recebo. Fico imaginando o que fez a pessoa encaminhar ele pra mim. Quando morei fora do país recebia muitos emails falando das maravilhas do Brasil e de se brasileiro, acho que as pessoas tinham medo que eu esquecesse, ou que se alguém me perguntasse do Brasil eu não tivesse nada pra falar de bom.
Nessas épocas eleitorais, fico recebendo emails com nomes de candidatos e orientações para não votar neles. Mas, honestamente, não acho que sejam bons argumentos.
Tem um que é de quem não votou pelo afastamento da mesa diretora da câmara no meu estado quando num dos escandalos chegou-se a cogitar isso. Lá está o nome de um candidato da minha cidade, e que tem feito um bom trabalho. Fico pensando que se não votar nele voto em quem? Em um candidato de outra cidade que me deixará esquecida? Ou num filhinho de papai que nunca foi parte nem do gremio da escola e agora resolveu politizar-se.
Sei que parece discurso de rouba mas faz, se bem que nunca ouvi dizer que ele rouba, mas a verdade é que num geral da vida sempre escolhemos o menos pior, já que não existem pessoas honestas, então porque eu não posso votar nele? Politica é jogo político, imagino que tenha havido uma boa razão pra ele não votar pelo afastamento.
Outro email que recebo é de que alguém vai legalizar o casamento gay, e não podemos votar nessas pessoas. Ora, faça me um favor de montar uma colônia Amish pra você e ir morar bem longe da sociedade. Dois dos meus melhores amigos são gays, e sonho com o dia que eles vão poder casar. Vou ser a madrinha, e é bom que seja senão obrigo os dois a casarem de vestido de noiva. O que passa na cabeça de uma pessoa dessas pra repassar esse email? Isso deve dar até cadeia né?
Outro é sobre o aborto, que atualmente eu não faria, mas, não posso julgar as escolhas de alguém. Em um mundo onde os homens mandam, é facil apedrejar uma mulher que aborta, mas ser homem o bastante pra assumir isso não se vê por aí com muita frequencia.
Por fim um email de proteção aos animais. Tá, morro de dó dos bichinhos, mas sei lá, acho que em alguns lugares do paísa caça de subsistência existe, concordo também que se uma lei dessas fosse regulamentada existiriam muitas brechas, mas... E o ribeirinho que precisa comer? Ninguém pensa nele né?
Como professora (quase) fico esperando o dia que vou receber um email com os nomes das pessoas que tratam a educação como mercadoria. Salário de professor é desnecessário e suprir as necessidades de uma escola esbajar. Aí sim.
Aí eu ia entender o porque do email.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Origem

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Eu andei pensando sobre sonhos, e sonhos dentro de sonhos.
Sobre o tempo, e os tempos dentro do tempo.
E acho que aquela viagem foi um sonho dentro do sonho,
e que essas ultimas semanas podem ter sido só um pesadelo dentro do pesadelo.

Como pode né?!
Eu voltei do filme pensando nele denovo.
Acho que eu falaria sobre esse filme com ele por horas,
e ele ouviria com aquela cara que me fazia apaixonar ainda mais
um sei lá,
um uma coisa de espanto e admiração.

Acho que a semana que passamos indo e vindo naquela viagem,
foi o sonho, dentro do sonho que foi o ano passado.
E, que essas ultimas semanas infernais, podem ter sido,
um pesadelo, dentro do pesadelo que está sendo esse ano.