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sábado, 23 de abril de 2011

Meu Querido

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Eu prometi que você faria parte da minha vida,
mas o tempo passou e veja só,
você só sabe de mim as notícias que lhe contaram.
Meu bem,
por favor não se sinta excluído,
provavelmen
te quase todas essas notícias que você soube
eu de alguma forma manipulei elas pra que chegassem até você.
É que por mais que pareça o contrario eu não te esqueci.
Mas te escrever se tornou de uma prática pra te manter
vivo no meu coração,
em uma prática apenas dolorosa.
Nos últimos meses tenho percebido que você está melhor
e fico feliz
foi por isso que desisti de você
eu sempre soube que você ficaria melhor sem mim.
Eu, justo eu que era o que melhor havia acontecido
na sua vida
justo eu,
me tornei o que de pior poderia acontecer.
E ainda não aceitei isso com a grandesa
que os bons perdedores aceitam.
Meu amor,
eu lutei pra ser boa, justa, honesta,
pra ser tudo que você esperava encontrar
quando finalmente nos conhecessemos.
E quando o dia chegou,
não foi suficiente.
Pensei em me tornar o oposto disso,
mas acho que não tem como, eu nunca o fui na verdade.
Ninguém é.
E eu precisei te perder pra entender que a culpa era minha
que eu vivia na ilusão do certo.
não é certo.
não há certo.
Hoje eu entendo.
Mas é tarde,
Você já é feliz.
e eu não faço parte da sua vida.
Meu querido
meu coração diz que você lê cada palavra minha,
mas ele sempre me enganou.
De qualquer forma,
acho que estas palavras se tornarão cada mês mais raras.
Elas desaparecerão um dia.
Hoje ainda não.
Mas um dia...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

sem volta

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Fui a ultima a sair,
exausta fiquei arrumando os últimos detalhes do roteiro.
Comecei a descer as escadas apenas concentrada no cansaço do dia, que já se estendia muito mais do que eu esperava,
Mas no meio dela me dei conta,
hoje era o ultimo dia que o veria.
Quis voltar
quis desfazer tudo que o silêncio construiu nestes doze meses.
Mas de nada adiantaria.
Ele não estaria mais lá.
Nos próximos dias iremos para locações diferentes,
ele já havia deixado claro que não viria ao dia das exibições dos filmes.
E eu não sei o que será de mim ano que vem.
Parei no ultimo degrau com o estomago embrulhado,
faltou força para chegar ao primeiro piso.
Fiquei ali, parada no ultimo degrau
sabendo que quando terminasse de descer encerraria um dos capítulos mais dificeis da minha vida.
Nossa convivência diaria. Sem nos permitimos ao menos um olhar.
Nós nunca resistimos ao olho no olho.
Sentei no último degrau.
A universidade vazia me encarava com julgamento e desprezo.
Esperei que as forças me viessem, respirei fundo
levantei,
e desci aquele último degrau lentamente.
Andei devagar, me despedindo da saudade que senti dele durante esse ano todo.
O moço da recepção perguntou se eu estava bem, se precisava de um copo d'água, agradeci e continuei.
Não haveria como explicar que a minha dor, era só dor de despedida.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A despedida do Amor

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Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo'
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.





Martha Medeiros

domingo, 24 de maio de 2009

Foi bom te conhecer

Nesses meus poucos anos de vida já passei por muitos lugares, fiz vários colegas e alguns amigos.
Não tenho como hábito me prender as pessoas de uma forma que seja difícil de soltar. Afinal de contas, eu sempre acabo partindo, e não gosto de sentir dor.
As vezes eu queria um daqueles amigos que a gente tem desde pequeno, que brincava de bola na rua, que ia um na casa do outro, que fazia bagunça na sala de aula, que contava seus segredos, que adorava conversar e discutir, que andava sempre juntos na escola, que brigava por coisas inuteis, que ensinava um pouco de tudo.
Olho pra trás e vejo que havia uma pessoa diferente pra cada um desses momentos, e que fui deixando uma por uma.
Eu brincava de bola na rua com a Vanessa, e eu a deixei. Eu adorava ir na casa da Camila, e eu a deixei. Eu fazia bagunça na sala de aula com o Flávio, e eu o deixei. Eu contava meus segredos pra Marta, e eu a deixei. Eu adorava conversar e discutir com o João, e eu o deixei. Eu andava sempre junto com a Tallita, e eu a deixei. Eu brigava por coisas inuteis com a Camila, e eu a deixei. Eu aprendia muito com a Damaris ...
Mesmo assim, com tantas pessoas que não vejo mais, que sinto falta, eu gosto dessa minha vida de cigana. Não ter uma rotina e planos para um futuro distante. Gosto de lugares novos, pessoas novas, amores novos, sonhos novos.
E nessa vida incerta que aprendi a aproveitar cada momento, a deixar minha irritação só em pensamento, não perder tempo brigando, elogiar quando merecido e não deixar muita coisa pra amanhã. Também tive que aprender a não contar muito sobre mim, não expor meus medos e falhas ou os meus sonhos e desejos bobos.
Então, se eu não ligo e não me abro, não pense que é por que eu não gosto, sou metida, arrogante ou insensivel. Essa é só a minha forma de defesa, de não me machucar tanto quando partir.
Estou vendo a despedida chegando mais uma vez, e como é de praxe na minha vida não sei ao certo pra onde vou, com quem vou e o que farei. Mas estou pronta para o que vier, cheia de expectativas, curiosidades e temores.
Vou levar daqui, assim como levei dos outros muitos lugares, lições de vida, de cada um dos colegas uma marca e cada um dos amigos um lugar no coração.

sábado, 23 de maio de 2009

Despedida

Algumas despedidas conseguem doer mais que outras.
Despedir-me da Edelci quando ela voltou pros estaites foi doloroso, despedir-me do Victor e do Phillip quando vim embora do navio foi pavoroso, despedir-me do Mark quando vim pra casa do intercâmbio foi traumatizante, despedir-me da minha gata quando a veterinária disse que não poderia salvá-la, ai nem sei descrever o quanto doeu.
Em compensação lembro que vindo desse mesmo navio, a Rowena me abraçava e nem conseguia falar de tanto que chorava dizendo o quanto sentiria minha falta, e eu honestamente não me sentia igual, foi no minimo diferente. Entre tantas outras despedidas, tem aquela da cachoeira, tem as meninas me levando no aeroporto, tem o passeio em cozumel com o Phillip, tem o beijo do Sorin, tem as lágrimas da minha mãe . . .
Despedida é algo que não se aprende, a gente cria barreiras, decide não se apegar a mais ninguém, finge que está tudo normal e que é só mais uma viagem, enfim tenta criar formas de não doer, como a gente é inocente de não aceitar que despedidas são oportunidades.
Hoje curiosamente estou feliz com essa despedida, a Bibi vai embora, minha aluninha, que eu tanto adoro, vai embora, e isso me dói. Decidi que aquela aula seria memorável, e acho que foi. A noite saímos eu ela e a Grazi, ela foi a estrela da noite, decidiu o que comeríamos, onde iríamos, o assunto, tudo. Talvez dessa vez eu tenha acertado, despedidas são dolorosas, mas não precisam ser velórios.
No final vimos uma mensagem que ela deixou pra uma amiga no msn: "Já volto, vou conversar com minhas profes de farra."
Nos realizamos.
Ahhhhh, Bibi, como eu vou sentir sua falta.