sábado, 30 de maio de 2009

as rimas que você me faz

to cansada, irritada e mal-humorada, revoltada, chapada e eu eu só queria estar relaxada.
to carente e com dor de dente.
To doente e meu pé nunca fica quente.
minha mão está gelada, me sinto retardada.
Tapada, dopada, descontrolada.
Reticente, condenscendente, com-pla-cen-te.
Irada, um pouquinho safada, quase que magoada
Hoje estou abalada e queria ser alada, mas você me deixa agoniada
Não sou mais abstinente, vou me encher de aguardente,
e você, assim tão adolescente, deve ter um antiaderente.
Nosso ambiente, a nossa mente, nossos antecedentes.
Não vivemos a pornochanchada, não houve batucada, acho que eu nunca quiz mesmo ser sua namorada
Vou comprar uma almofada, pra essa sala bagunçada, se já não sou mais a sua arretada.
Eu vim armada, atada, imaculada.
Nessa estrada surrada, só pra te dar uma unhada, uma varada, uma testada.
Não me diga que eu sou transviada, tresloucada. Ria das minhas piadas.
Mas eu fico descrente, não creio mais nos delinquentes, seu argumento, não é consistente.
Definitivamente tem algo de indescente, divergente, efervescente no seu olhar inadimplente.
E você malcriadamente mente.
casadamente vive o conveniente.
E eu que era conivente, hoje choro compulsivamente.
Arcada, parada. Uma vez mais fracassada.
aqui, enrraizada.




Outra vez você me faz rimar.


Mesmo sendo essa a única coisa que eu nao sei fazer

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Confissões em duas linhas

Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Procura-se coração

Ontem percebi que meu coração não estava no seu lugar de costume. Na verdade não achei ele em lugar algum.
Sei que sou bastante estabanada, mas não consigo acreditar que perdi meu coração.
Ah.. eu gosto tanto dele, mesmo ele me colocando em grandes furadas, mesmo me fazendo de boba, fazendo eu me sentir uma idiota apaixonada. Sinceramente, não sei viver sem ele.
Talvez alguém tenha roubado. Não! eu teria percebido, afinal, quem ia querer roubar sem que eu percebesse, não faz sentido.
Talvez ele esteja na bagunça do meu quarto, é possível. Se estiver lá vou demorar um pouco para encontrar.
Enfim, esse espaço aqui não pode ficar vazio. Enquanto não acho meu coração vou colocar esse manual de gramática no lugar. Acho que ele vai dar conta do recado, até por que eu nunca dei muito trabalho pro coração.

Se alguém encontra-lo, avise que eu estou preocupada.
Se você estiver lendo esse texto, coração, me dê pelo menos um sinal de vida.

- Texto escrito por uma mulher temporariamente sem coração.

aprendendo a superar a rejeição

Imagine alguém que largou tudo. ela abandonou os amigos que estiveram com ela o tEpo todo, por causa de trÊ caras. pra ela era ótimo, ela, no auge da sua feminilidade controlava-os.
Um dia um,um dia outro.Eas os levava aos jantares que ela curtia, levava-os para dormir onde era conhecido com o cantinho dela, fazia charme, fazia-os correr atraz dela, fazio-os se confrontarem só pra satisfazer seu desejo de sentir-se mais e mais feminina na vida dos machos que a cercavam.
Mas um dia, ela os olhou e contou o que mais cedo ou mais tarde estava fadado a acontecer.
Estou gravida.
Todos, um a um, abandonaram-a. deixaram-a sózinha, a mercê do amor daqueles que antes ela havia abandonado. Provavelmente não foram embora sem antes a chamarem de coisas que doem em seu coração, sem dizer "esse filho na sua barriga não é meu".
Tadinha da minha mima. agora que o cio passou ela não se conforma em estar sozinha, abandoada por aqueles que ela tanto amou, ela corre por todos os telhados, e grita, chama-os, mas eles não respondem. Ela não é mais a gata de antes. Desolada ela volta pra dentro quando a chuva começa. Não restou nenhum que ao menos estivesse com ela na hora da chuva.
Ela está muito mais calada que se pode imaginar, deitada no sofá, olhando para a tv, na verdade, olhando atravez da tv. Superando a dor aos pouquinhos, talvez amanha ela converse comigo, agora ela digere a dor, a sua rejeição. Dos tres gatos que só a queriam naquele momento, ou se aquele momento permanecesse para sempre.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Da série - vida de navio

Oração antes de dormir

Querido Papai do Céu,já me disseram que o Senho sempre escreve certo por linhas tortas,mas eu te suplico humildemente que por favor reconsidere essa Sua idéia de fazer com que rapaizinhos lindos, doces, interessantes, musicos, de grandes ombros e que me enchem de carinho cruzem pelo meu caminho agora. É que eu acho melhor não arriscar sabe, ando carente, sabe? Vai que dá um revertério e eu pego amor? Isso não ia ser bom...

Despedidas no cais são tão cafonas..

Papai do Céu, eu só peço continuar assim feliz de estar longe, mais nada.

Mesmo assim, obrigada. Amém.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Confissões em duas linhas

não entendi, não entendi, não entendi
NÃO EN-TE- DI! PORRA!!!

apesar dos pesares

Apesar de tanto cansaço.
Desse descaso. Apesar do desleixo.
Da falta de tempo. Da falta de jeito.
Da falta de apreço
Da hora passada. Da água gelada.
Da dor de barriga
De tanta angústia. Dessa lamúria.
De todas as feridas
Apesar do tempo que já passa.
De toda essa fumaça.
Da massa falida.
Apesar das dores no pé. De toda ralé.
Desse sol que frita. Dessa chuva que não para.
Apesar da minha verdade
De outra verdade.
Da alma que arde.
Da falta de flerte.
Apesar disso tudo, apesar desse mundo...
Que vondade de dançar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 24 de maio de 2009

Foi bom te conhecer

Nesses meus poucos anos de vida já passei por muitos lugares, fiz vários colegas e alguns amigos.
Não tenho como hábito me prender as pessoas de uma forma que seja difícil de soltar. Afinal de contas, eu sempre acabo partindo, e não gosto de sentir dor.
As vezes eu queria um daqueles amigos que a gente tem desde pequeno, que brincava de bola na rua, que ia um na casa do outro, que fazia bagunça na sala de aula, que contava seus segredos, que adorava conversar e discutir, que andava sempre juntos na escola, que brigava por coisas inuteis, que ensinava um pouco de tudo.
Olho pra trás e vejo que havia uma pessoa diferente pra cada um desses momentos, e que fui deixando uma por uma.
Eu brincava de bola na rua com a Vanessa, e eu a deixei. Eu adorava ir na casa da Camila, e eu a deixei. Eu fazia bagunça na sala de aula com o Flávio, e eu o deixei. Eu contava meus segredos pra Marta, e eu a deixei. Eu adorava conversar e discutir com o João, e eu o deixei. Eu andava sempre junto com a Tallita, e eu a deixei. Eu brigava por coisas inuteis com a Camila, e eu a deixei. Eu aprendia muito com a Damaris ...
Mesmo assim, com tantas pessoas que não vejo mais, que sinto falta, eu gosto dessa minha vida de cigana. Não ter uma rotina e planos para um futuro distante. Gosto de lugares novos, pessoas novas, amores novos, sonhos novos.
E nessa vida incerta que aprendi a aproveitar cada momento, a deixar minha irritação só em pensamento, não perder tempo brigando, elogiar quando merecido e não deixar muita coisa pra amanhã. Também tive que aprender a não contar muito sobre mim, não expor meus medos e falhas ou os meus sonhos e desejos bobos.
Então, se eu não ligo e não me abro, não pense que é por que eu não gosto, sou metida, arrogante ou insensivel. Essa é só a minha forma de defesa, de não me machucar tanto quando partir.
Estou vendo a despedida chegando mais uma vez, e como é de praxe na minha vida não sei ao certo pra onde vou, com quem vou e o que farei. Mas estou pronta para o que vier, cheia de expectativas, curiosidades e temores.
Vou levar daqui, assim como levei dos outros muitos lugares, lições de vida, de cada um dos colegas uma marca e cada um dos amigos um lugar no coração.

sábado, 23 de maio de 2009

Despedida

Algumas despedidas conseguem doer mais que outras.
Despedir-me da Edelci quando ela voltou pros estaites foi doloroso, despedir-me do Victor e do Phillip quando vim embora do navio foi pavoroso, despedir-me do Mark quando vim pra casa do intercâmbio foi traumatizante, despedir-me da minha gata quando a veterinária disse que não poderia salvá-la, ai nem sei descrever o quanto doeu.
Em compensação lembro que vindo desse mesmo navio, a Rowena me abraçava e nem conseguia falar de tanto que chorava dizendo o quanto sentiria minha falta, e eu honestamente não me sentia igual, foi no minimo diferente. Entre tantas outras despedidas, tem aquela da cachoeira, tem as meninas me levando no aeroporto, tem o passeio em cozumel com o Phillip, tem o beijo do Sorin, tem as lágrimas da minha mãe . . .
Despedida é algo que não se aprende, a gente cria barreiras, decide não se apegar a mais ninguém, finge que está tudo normal e que é só mais uma viagem, enfim tenta criar formas de não doer, como a gente é inocente de não aceitar que despedidas são oportunidades.
Hoje curiosamente estou feliz com essa despedida, a Bibi vai embora, minha aluninha, que eu tanto adoro, vai embora, e isso me dói. Decidi que aquela aula seria memorável, e acho que foi. A noite saímos eu ela e a Grazi, ela foi a estrela da noite, decidiu o que comeríamos, onde iríamos, o assunto, tudo. Talvez dessa vez eu tenha acertado, despedidas são dolorosas, mas não precisam ser velórios.
No final vimos uma mensagem que ela deixou pra uma amiga no msn: "Já volto, vou conversar com minhas profes de farra."
Nos realizamos.
Ahhhhh, Bibi, como eu vou sentir sua falta.

Efeitos colaterais

Algo me diz que não está assim tão bem como eu me digo estar.
Estar bem é tão subjetivo que até eu acredito nessa história que contei de que não espero nada. Mas espero sim. Eu olho meu celular a cada dois minutos, quando chega mensagem meu coração pára, e quando o telefone toca eu paralizo.
Tem alo em você que me deixa assim. Imóvel, sem voz, sem atitude. As vezes isso me assusta, as vezes me encanta. As vezes só me dá vontade de ser eu de novo, mas ser eu pra que né? Deixa eu ser essa encantada enquanto durar o estoque, afinal o tempo é limitado mesmo.
Prossigo olhando as mensagens, esperando o telefone tocar mesmo que você não tenha dito que ligaria, e contando pra mim, essa história de que não me importo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Confissões em duas linhas

Afinal, o que importa não é ganhar.
É humilhar.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Confissões em duas linhas

eu tenho pensado em você ultimamente.
e tenho medo da sua tendência de ser melhor em tudo.

Confissões em duas linhas

Como pode minha cabeça encaixar com tanta perfeicão no seu ombro?
E meu objeto de desejo virar meu local de conforto?!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desabafo

DESABAFO
"Eu estava me mantendo serena e esperançosa, mas hoje uma onda de tristeza tomou conta de mim, estou profundamente cansada, esgotada física e mentalmente, inútil e ao mesmo tempo sobrecarregada."
Não sei por que a vida é assim, a burrice e a inconveniência sempre aparecem para estragar o que já está ruim. Só queria um dia de paz, um dia de silêncio e sem ninguém enchendo meu saco, sem família, sem nada, um dia de carinho e atenção, um dia em que meus sentimentos e minhas dores fossem realmente importantes, um dia em que eu existisse, e não ficasse só na teoria.
Eu venho me sentindo muito sozinha, não durmo bem já tem algum tempo sempre a sensação de que eu vou acordar no dia seguinte, e esse dia vai ser pior do que o anterior. De segunda à segunda, a gente tem sempre que fazer as coisas correndo sem tempo de sentar e comer com prazer ou ver um programa na TV tranqüilo, é corrido, é mecânico, é obrigação mesmo e isso tira um pouco da satisfação.
Hoje foi a gota d’água, estou com raiva de tudo, de quem fala de mais, de quem faz as coisas erradas, das conseqüências que sofremos pelos atos dos outros, da ignorância e da mesquinharia das pessoas, com raiva da vida e do mundo, queria enfiar a cabeça num buraco ou dormir até o dia ir embora e só acordar depois que tudo isso já estivesse esquecido.




Texto da nossa amiga que lê mas não comenta no blog
Hellen, ou L para os intimos

terça-feira, 19 de maio de 2009

Nova série - Confissões em duas linhas

Não gosto mesmo de pentear os cabelos,
Nem de dividir meus amigos

domingo, 17 de maio de 2009

Meus eus

Sempre achei complicado definir as pessoas, talvez porque nunca consegui me definir.
Quando tentava fazê-lo não havia palavras suficientes para expressar o meu eu. Até descobrir o erro: não posso definir meu eu, pois sou um aglomerado de eus. Apartir daí comecei a observar e admirar cada um deles.
Tenho um eu sonhador que adora utopias, amores impossíveis, igualdades e finais felizes. Acha que tudo pode melhor e que um dia todos serão mocinhos contemplando a paz mundial. O eu realista não vai muito com a cara do sonhador, mas o eu sensato da conta das briguinhas dos dois.
Há também o eu dramático, uma pequena crítica ao seu cabelo é uma ofensa federal. Tudo é choro e nada é resolvivel. "Ninguém me ama!" é sua frase favorita.
O eu seguro é aquele que sabe muito bem o que quer e não há barreiras tão grandes e fortes que não possam ser derrubadas. É ele que segura o eu medroso; esse sozinho não consegue nem dobrar a esquina, com medo das surpresas que uma virada pode trazer.
O eu simpático é no mínimo cativante, sempre sorridente, comprimentando todos na rua sabe muito bem como fazer gostarem dele.
O eu organizado sabe deixar tudo mais fácil e fica enlouquecido com o eu bagunceiro. Apesar disso, acho que o eu bagunceiro é indispensavel, pois não posso esquecer que foi ele que abriu as portas para o eu criativo.
O eu maduro costumava andar juntinho do eu sério, como se um dependesse do outro. Até o eu brincalhão aparecer e mostrar que o eu sério é bem chato e que o eu maduro não precisa dele pra manter a sua essência.
O eu vaidoso adora um espelho, e nada melhor que elogios pra agrada-lo.
Alguns dizem que tenho um eu frio, mas acho que confundem com o calculista, esse sim eu admito. Ele analisa todos os prós e contras antes de tomar uma decisão, procura optar pelo necessário deixando, muitas vezes, o querer de lado.
O eu mau humorado odeia movimentar os músculos do rosto para expressar qualquer coisa além do olhar matador.
O eu autoritário até que é gente boa, desde que não discordem dele.
O eu arrogante odeia idiotices, infantilidades e principalmente burrices. Ainda bem que tenho um eu compreensivo também, se não ja era minha vida social.
E ainda há muitos outros, que não citarei mas que são peças igualmente importantes nesse quebra cabeças que sou.
Alguns deles nasceram comigo, alguns se adaptaram a mim, outros foram criados e muitos vivem em constante metamorfose.
Pode até parecer que se contradizem, mas os que parecem maus são os que seguram os extremamente bonzinhos. E todos eles juntos me mantém em equilíbrio.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

são Jorge e o padeiro

Precisei sair.
Fui entregar ao padeiro as duas duzias de sonhos de cristal que ele havia me encomendado, conta-me o padeiro que fazem muito sucesso meus sonhos de cristal, diz-me que ninguém sabe os fazer como eu. Claro que não, os sonhos de cristal são receita de familia, só se fazem quando na lua nova são jorge quase cai e assim derruba pó mágico. O pó que são jorge derruba no meu jardim eu uso pra adubar a terra onde crescem as goiabas que depois de feitas goiabada recheiam os sonhos de cristal.
Voltando da padaria encotrei na calçada caido alguém que me lembrou são jorge. Teria finalmente são jorge caido da lua? Ou teria ele um irmão gemeo?
O homem agradeceu os dois sonhos que lhe dei e disse-me que não me preocupasse, nunca me faltariam os ingredientes dos meus sonhos de cristais.
Era são jorge.
Ele não caiu da lua, ele se jogou. Ao que parece a vida lá andava muito chata desde que o dragão entrou para o convento. Disse-me que deixou na lua um sistema de vassouras. Uma sistema de vassouras? perguntei eu. Sim. Um sistema de vassouras. Para que toda lua nova meu pó mágico me caisse no quintal. E eu toda preocupada achando que não iria funcionar, perguntei se ele testou antes. Ele me disse que sim, e que as vassouras teem funcionado há anos.
Anos? mais uma vez perguntei. Sim anos, a anos são jorge derrama meu pó de sonhos de cristal. Ele disse que saberia que quando estivesse com fome eu o daria dois sonhos.
Ah são jorge, eu queria te dar todos os meus sonhos de cristal, mas não posso. Eu os vendo ao padeiro. Pranteei-lhe.
São Jorge me explicou que dois sonhos são suficientes, e que por isso o pó mágico só cai no meu quintal. Me disse que eu não guardo o pó, eu adubo minhas goiabas, e que os sonhos de cristal recheados com as goiabas adubadas com pó mágico que cai pelo sistema de vassouras de são jorge na lua nova, eu podia te-los só pra mim.
Mas os vendo a troco de banana para o padeiro. Afinal, ninguém faz sonhos de cristal como eu.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O não pertencer

Permita-se-me que hoje eu te conte algo.
O não pertencer tem me sido recorrente. Penso que é algo que eu queria, e não queria, mas ainda não sei, nem é sobre isso que hoje quero falar... Quero falar sobre um algo, um alguém que eu nao pertenço mais, ou que não me pertençe. Não sei.
Acho mesmo que o mais dificil de deixar algo pra traz, é não ter pra quem contar. NÃO, não é com quem contar, é diferente, é pra quem contar. Sim me refiro a ele mesmo, o todo poderoso.
Ontem por exemplo, eu cheguei em casa e minha vontade era de contar pra ele as trezentas e vinte seis mil duzentas e noventa e sete coisas que haviam acontecido no meu dia. Mas aquela sensação (ou dessa vez finalmente era um senimento?) de que ele não me ouvia vinha denovo cortando a alma. Como pode aquele que sempre me escutou chorar ao pé do ouvido agora me sinalizar de longe?
Eu bem sei que não é o não ter com quem contar que me parte o coração, porque no fundo eu sei que na hora do aperto eu posso sim, mas é o pra quem contar que me dói.
Queria contar, contar tudo pra ele até fazer sentido,
aff
mas é como se eu estivesse falando com as moléculas de ar à minha volta.
Não sinto pena dos ateus, nem daqueles que por escolha não querem a Deus. Sinto pena daqueles que como aquele homem que se coçava com cacos de vidro viram o objeto da sua fé dar alguns passos e assim se distanciar deles. Lutar para mantar a fé, quanto o objeto dela não se sente, querer continuar crendo quando não o mundo, mas o próprio Deus parece te desacreditar.
Manter-se fiel quando não há mais sentido nisso tudo.
Crer em algo que agora se parece mais com um conto de fadas que com a minha própria história. Isso é fé.
Então amigos, por favor não me digam que teem fé no pequeno santo da sua parede que você pode ver, nem nas oraçoes que você sente foram ouvidas, no no conforto que você me diz sentir ele trazer a sua alma, me digam terem fé, quando sentirerem que o próprio Deus se afastou de você, mas mesmo assim, você permanecer na sua fé.
É a esse pertencer que me refiro. esse que tanto, tanto me dói. Dói mais que corte de papel, mais que coraçao partido, mais que enxaqueca, mais que cólica, mais que furar o pé com um prego. Dói, por que é dor de fé.

terça-feira, 12 de maio de 2009

São Francisco

Francisco é o tipo de homem que chamaria a atenção de qualquer uma. Nome de santo, cara de bandido, sotaque latino e jeito atrevido. Perguntavam-me os indianos por que ele, e eu dizia, é a lingua meninos, a lingua espanhola. Ria-me por dentro me divertindo com a piada que só funciona em português.
Francisco chegou numa hora que eu nem precisava dele e se mostrou tudo que eu queria, andar de mãos dadas, conversar horas, conhecer restaurantes divertidos. Era galante como eu nem imaginei que haviam homens ainda, dum jeito quase antigo, na rua não se importava com meu ouvido meio bobo, andava sempre pro lado da rua, e eu pro da calçada, dizia-me que assim ele me protejeria em caso de acidente. E eu me derretia.
Lembro que junto com o nome de santo vinham os sobrenomes de ditador, castro e chaves. Mas não lembro de onde ele era se era porto rico, costa rica, só lembro que era algum lugar pobre com nome de rico.
Quando ele desceu e eu fiquei senti um misto de morte com liberdade, dor e paz, agonia e felicidade.
Afinal, o confinamento traz uma vida mais intensa que a necessária para aquele momento da minha vida, e ali, naquele lugar pequeno demais eu vivi tudo que podia com o Francisco. Borboletas no estomago, interesse, coragem, alegria, paz, sossego, orgulho, medo, ódio, tristeza, dor desesperadora, me vi morrer e renascer naqueles corredores e vê-lo todos os dias era profundamente doloroso.
Vê-lo indo embora na rampa foi como que ver a morte.
E após ela viver apesar da morte. Viver, sabendo que ele ainda está vivo, mas que eu nunca mais o verei. E alimentar esse misto de frustração, saudade e paixão adormecida.
Mas penso que ao meu amante latino, posso dar um ponto final, coisas que outros, ficam sempre na virgula, lá no rascunho da minha vida. Esperando um dia de ver a continuaçao da história.
São francisco passou de santo a demonio.
De paixão à asco, e voltou a ser paixão, afinal grandes amores não morrem assim, e deixa seu ponto final. abrindo espaço para novos capitulos.
Coisa que outro não tiveram a descencia de fazer.

domingo, 10 de maio de 2009

Da série - vida de navio

Aos poucos as coisas vão se parecendo mais com porre que com qualquer outra coisa.
Como nos tempos de bebedisse.
Penso que os primeiros goles a gente aprecia feito licor. Só que acaba que os tragos vão se avolumando de maneira que vira tanta embriaguez que começamos a desprezar os sabores para nos ater às dores de cabeça, a nos esquecer da delícia que é inebriar-nos por prazer e não por necessidade.
O bom disso tudo é que não me refiro ao navio. Refiro-me a mim, e a você, a mim e ao mar, a mim e aos olhos.
O navio dele eu não reclamo,
O que inebria mesmo são as sensações. Não gosto de chamá-las de sentimentos, não sei por que aprendi que sentimentos são nocivos. Prefiro chamar de sensações.
Do navio eu no reclamo.
O navio é mais barato que ir ao analista. E muito menos humilhante que Márcia goldshmith, no navio me descubro mais forte, mais frágil, me descubro mais real, e conto novas historias pra mim mesma.
No navio descubro que o que eu quero é menos e mais do que eu queria. tranquilidade, liberdade e discernimento. Do resto o que vier, é lucro. E o que não vier, deixa que eu vou buscar. Eu não pretendo que percebam como eu que toda princesa quero um castelo e todo marujo busco um farol.

questão de intimidade

Eu me pergunto porque prefiro guardar certas coisas só pra mim, porque não distribuir para dominio público logo de uma vez e evitar os constrangimentos que o tempo traz? Porque maquiar pras pessoas que me são mais queridas meus sentimentos pra que elas nem suspeitem como eu me sinto? Ou, porque não falo com os maiores interessados?
é questão de intimidade mesmo.
Ou de loucura. Mas na minha cabeça faz sentido. Faz sentido que toda exposição é nociva, que a vida exposta na revista caras não faz bem a ninguém, e só a idéia de ter meus sentimentos, medos, erros e principalmente meus fracassos discutidos como se fossem assunto de jornal nacional me assusta mais que besouro.
Algumas pessoas tem a maldade na sua índole. E eu tenho a tendencia de me apaixonar por essas pessoas. Mas além da cara de mau, do mau humor, da ranzinza que tanto me atrai, o espirito de porco vem junto com essas pessoas. E se a oportunidade surge, um bom espirito de porco nunca perde ela, e sempre machuca a loira apaixonada, sempre usa de recursos que me levam a dias sem sair de casa.
É questão de intimidade que se eu me interesso eu não conto. E se conto é muito mais uma brincadeira que interesse. É questão do que a história já me contou, do que a vida me ensinou. Liçao que eu aprendi em portugues, ingles, espanhol e romeno. Uma vez espirito de porco, sempre espirito de porco.
E eu guardo, maquio, escondo, bebo sozinha esses tragos amargos , passar por tudo sem conversar, afinal, a exposiçao sempre dói mais.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Coisas de mãe

Mãe é um ser extraordinário! É uma combinação de peculiaridades que se completam com perfeição.
Essa união de amor incondicional todo cheio de candura com firmeza para corrigir, é essencialmente de mãe.
O doce beijo de boa noite e aquele olhar de "em casa a gente conversa", é coisa de mãe.
Deixar o filho de castigo por notas baixas e fazer mouse de maracujá no domingo é coisa de mãe.
Largar tudo e todos para cuidar do filho doente medindo a temperatura de cinco em cindo minutos, é coisa de mãe.

Aquele abraço aconchegante e o discurso sobre chegar tarde em casa, é coisa de mãe.
Ensinar o filho a crescer e viver, e ao mesmo tempo desejar guarda-lo numa caixinha para que não se machuque, é coisa de mãe.

Ser guerreira destemida e porto seguro, é coisa de mãe.
Preencher todos os espacinhos vazios cumprindo com o papel de mãe e pai ao mesmo tempo, é coisa de mãe.
Estar sempre acompanhando, zelando, chorando e vibrando, mesmo que a distância se intrometa, é coisa de mãe.
Gerar em seu ventre um novo sopro de vida, é coisa de mãe.
Verdadeiras heroínas, merecem ser veneradas a cada novo dia. A sua grandeza e importância não cabem nas minhas palavras. Só posso dizer que admiro e amo vocês.

tpm

Eu, ao contrario de você nunca sei se estou mesmo de tpm, ou se acordei de ovo virado mesmo, ou se é falta de chocolate.
O que acontece é que hoje eu quero colo, quero abraço e quero uma barra de chocolate só pra mim. E pra completar não há nenhum dos três por perto.
O ruim de se ter muitas mulheres na mesma casa, além da crise internacional que é na hora de escolher a cor das cortinas, é que por alguma razão as tpms se combinam, os ovos virados e a falta de chocolate também. Ai as irritações transformam-se em olhos marejados e horas de mal-humor, sem se falar, suspirando pelos cantos e vontade de cuspir tudo que se pensa. Mas os vários anos de tpms, ovos virados e falta de chocolate nos ensinaram que é melhor guardar, amanhã passa a tpm de uma, depois de amanhã o ovo desvira, e pra outra é só dar chocolate mesmo.
E a vontade de abraço, de colo e chocolate a gente guarda pra uma outra hora. Ou pra uma outra vida

quinta-feira, 7 de maio de 2009

os ponteiros que se apressaram ou eu que não estou demorando demais?

o meu cansaço vem da falta de tempo pras pequenas coisas. Não poder sentar pra fazer as unhas, não ter tempo pra aquela prancha no cabelo que me deixa assim, tão confiante.
Não é o livro que abandonei na mesa de cabeceira que me confirma que as horas não são mais suficientes, mas as unhas do pé que me crescem a revelia, e como as barbas do naufrago insistem em garantir que o tempo está passando.
Não é nem o tempo pra sair com os amigos que não tenho que me faz falta, mas o tempo de deixar um recadinho no msn que se vai com os penteiros do relógio que passam apressados.
Não poder passar as camadas de máscara de cílios todas que eu queria, nem retocar o lápis de olho, a ponta do esmalte, o pote cheio de creme, os emails sem resposta, a conta no banco que eu não sei o saldo, a consulta médica, o passeio no centro da cidade, a revisão da moto, a caneta que eu preciso, a aula que sempre sai preparada de ultima hora, os fios rebeldes da sobrancelha, aquele preguinho que eu precisava por na parede, apontar meus lápis.
é o tempo pras coisas pequenas, pros detalhes que me escorre pelos dedos, enquanto eu passo pela porta da esperança, esperando que do outro lado esteja Silvio Santos me esperando com uma vida sem hérnia de disco.

Eu fico melhor sem você

Mais uma vez você está aqui. Eu sei que você sempre volta, mas eu não consigo me prepara pra sua chegada. Você vem assim de mansinho, e quando percebo ja virou minha vida de ponta cabeça. Brinca com meus sentimentos, mexe com meu humor, faz eu ter atitudes que não são minhas. Eu choro tanto quando você está aqui! Consegue aflorar o meus medos mais profundos, consegue mexer na ferida que eu tive tanto trabalho pra fechar, e isso dói. Você me desvaloriza, faz eu me sentir feia, infantil, egoista... como num passe de mágica some com todas as minhas qualidades.
E ainda tem gente que se atreve a dizer que isso é pura frescura, não te conhecem!
Eu sei, também não posso negar que você é muitas vezes meu álibi. Álibi para o meu mau humor de manhã cedo, para as minhas crises existenciais, para o meu ciúmes, para minha carência, para minha arrogância, para o meu choro, para o meu medo de tentar, para os meus erros. Mas não se iluda, isso não faz eu gostar de você, maldita tpm.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Da série - vida de navio

Fico olhando o mar que nessa imensidão se mistura com o céu, as nuvens vermelhas me dizendo que o dia vai amanhecer e pago pra ver. Bom mesmo e fugir do room-service, bom mesmo e sair de lá e sentar na popa, de madrugada com um copo de suco de goiaba na mão só pra ver as nuvens mudarem de cor, o céu tão negro que vai se rendendo e clareando, Bom mesmo e ver o nascer do sol. Sozinha, acompanhada, cantando toquinho e Vinicius, em silencio na alma, ou perguntando alguma nova duvida existencial pra Deus. Bom mesmo e poder lá do alto cuspir no mar e nao se sentir culpada, bom mesmo e saber que aquele espetáculo e só meu. Bom mesmo e ver que quem admira um por do sol, não faz idéia do que e o nascer. Têm uma frase na camiseta de um moço que eu adoro, diz que os trabalhos que melhor pagam começam antes que você levante. Bom mesmo e saber que não são só os empregos. Mas os momentos memoráveis, alguns perdem. Por que não abrem suas cortinas. Por que se fecham em suas rotinas, e não se dão o presente de sair, de ir pra popa, pra esperar o sol nascer. Ah se eles soubessem...

Está na hora de viver


Há alguns dias, fiquei abalada ao ler uma reportagem dizendo que a sindrome da magreza está atingindo meninas cada vez mais jovens. Pude ler sobre crianças na faixa de 9 anos sofrendo com disturbios alimentares. Essa triste notícia me motivou a escrever esse texto.

Vemos casos de mulheres em estados deploráveis, padecendo em busca do corpo perfeito. Mulheres com sua auto estima destruida, sem amor próprio, sem vida, que rejeitam constantemente seu reflexo no espelho.
Sinceramente, não entendo. As mulheres sempre marcaram a história com sua força e determinação, quebrando barreiras e conquistando seus ideais. Agora, simplismente se renderam a esse prisão de beleza homogeneizada, a esse esteriótipo doentio.
Mulheres, não podemos esquecer que o que nos faz ser quem somos é todo um conjunto de características. Que o corpo envelhece, que a pele cai e as rugas aparecem. Portanto não devemos pendurar o nosso ego em uma coisa que o tempo faz questão de consumir.
Tenhamos como exemplo Susan Boyle, uma escocesa de 48 anos, totalmente fora dos padrões de beleza. Foi subjulgada e humilhada antes mesmo de mostrar todo seu potencial, e ainda assim ela subiu no palco e transformou o ar de deboxe em encanto. Uma mulher feia abalou com as expectativas de milhares de pessoas.
Abram os olhos e vejam! Nós temos liberdade para discordar do conceito comum do belo, para gostar da anatomia do nosso corpo e sentir o grande prazer de comer sem culpa. De aproveitar cada momento valorizando o que realmente tem valor.

terça-feira, 5 de maio de 2009

a semiótica e você

Teus sinais me confundem da cabeça, mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és, mesmo assim eu te devoro.


Isso não é um texto. Isso não é assunto de blog, nem é as minhas viagens. Esse texto é um artigo, um tratado, um estudo cientifico de mim e você.
É que eu concluo que eu e você somos algo que deve haver uma ciência que estude, deve haver algum pesquisador pensando em nós quase tanto quanto eu penso em você.
Fazer a mesma matéria duas vezes no dia me leva a concluir que talvez a semiótica de conta de nos entender. Diz-me a magestade que é uma ciência exata. Se é exata deve chegar a conclusões, certo? então é nela que vou me apoiar pra pensar eu e você, você e eu, nós dois.
Dizem que segundo Pierce, o sem vida, tudo é signo. Nossos olhares, nossas aulas, seu peito estufado, eu que só vejo seus ombros, meus amigos que te analisam, suas amigas que me odeiam, as fotos, os desenhos, os telefonemas, Tudo é signo.Mas, se tudo é signo, então fica difícil concluir algo. O que me leva a ler um pouco mais do livro, pra ver se te decifro.
É ícone diz-me Santaella tudo aquilo que guarda relação de semelhança, deve ser algo como aquela foto sua que eu guardo no meu computador, a minha foto no seu celular. Meus muitos desenhos que fiz de você, ou aquele que você fez de mim. Aquela foto que tiramos juntos não é nós dois, é ícone de nós dois.
Índice é algo que indicia, indica. Como a chuva que vejo nos carros é índice de que choveu, eu te chamar para estudarmos algo que nunca me interessou tanto assim é índice de que quero ficar perto de você. Ou seu jeito de estudarmos só nós dois é índice que você quer que esse tempo nós passemos a sós.
Mas também aquele telefonema é índice de que tem mais alguém na sua vida. Ahh, mas aí são tantos índices que quase dói pensar neles. Alguém que está na sua vida, mexe no seu celular e me liga do seu telefone fixo, é alguém que está muito perto de você, é alguém que te tem. Talvez semiótica nem seja uma ciência tão exata assim, se fosse eu não teria como ignorar esses índices e seguir minha vida.
Ah, mas ainda tem os símbolos.
Sobre eles não vou pensar. Ao menos ainda não. Esse meu conhecimento ainda está engatinhando e não sei quais são os símbolos arbitrários de nós dois. Nem sei se há símbolos arbitrários entre nós dois. Aliás, ainda preciso descobrir se existe nós dois.
Até lá eu te estudo. Semióticamente, já que na aula de anatomia eu ainda sou um pouco mais analfabeta
O que eu fiz de errado?
Não me responda. Eu sei todas as respostas
Só continuo fazendo essa mesma pergunta pra ver se minhas atitudes tiveram sentido.

Da série - vida de navio

De repente as janelas se abrem de novo. E eu que achava que elas tinham se lacrado.
De repente aquilo que eu achava que eu não tinha o direito de sonhar, pelo menos não aqui, pelo menos não agora, vem assim, simplesmente vem assim de novo pra mim.
O beijo no rosto não durou mais que um segundo.
Mas as borboletas já voavam no estomago de novo.
Para borboletas no estomago acido da queimação que os amores antigos deixaram.
Morte as borboletas de estomago.
Assim ele falou que merecia um beijo. E eu como não ia permitir sonhar assim deixei no ar aquele nahhn de quem acha tudo uma bobeira. Ele me segurou pelo braço e me puxou pra perto. Deu um beijo estalado no meu rosto e me deixou ir.
De repente ela acha de novo razão pra lavar o cabelo. Passar hidratante e pintar as unhas, mas ela desiste das unhas, é muito investimento.
De repente ela anda sorrindo, mesmo tendo nos ombros o peso de um sonho que parece cada vez mais distante.
De repente ela anda sorrindo, mesmo tendo nos ombros uma bandeja pesada e a cabine cada vez mais distante.
E ela acha graça nisso tudo.
Acha graça não ter expectativa. Acha graça de ser a graça.
De repente ela decide aprender a falar romeno.
E não reclama mais quando os hospedes roubam sua caneta, ela quer mesmo um motivo pra voltar lá e puxar um papo.
Para borboletas no estomago baygon de passado.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O problema é que a ela só interessam os todo errados
Os chapados, os casados, estragados.
Os muito velhos, os muito jovens,
Os bons de mais para ela, os pouca coisa.

A ela só lhe despertam os olhos
Aqueles que ela não pode ter.
Os que não a querem, os que a querem demais.
As outras filosofias.
Os outros paises
Os outras vidas, as vidas que ela não pode viver.


Ah se ao menos ela visse
Os bonzinhos, os certinhos.
De barba feita
E sapato lustrado.
Esses não têm graça, não tem emoção, não interessam.

Ela se sabota
Ela mesma.
Ela não precisa da ajuda de ninguém para estar sozinha.

CACO

se esta rua,
se esta rua fosse minha

eu mandava,
eu mandava ladrilhar

com caquinhos,
com caquinhos de brilhante

só pro meu,
só pro meu amor passar

sábado, 2 de maio de 2009

Céu, sol, sul, terra e cor

Não há lugar melhor para se estar do que a nossa terra. Não sei se todo mundo pensa assim, mas posso garantir que todo gaúcho pensa assim. Também só pudera, com uma terra tão majestosa quanto o Rio Grande o mínimo que se espera é admiração.
Sei que sou suspeita de tantos elogios, mas ninguém pode negar que essa minha terra é maravilhosa. Talvez porque lá o sol seja mais radiante, o céu mais estrelado, os campos mais verdes, as flores mais alegres, as pessoas mais gentis, a vida mais colorida.
O tempo e as circunstâncias me afastaram da terra amada, por isso, assim como Gonçalves Dias, eu suplico:
"Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá"
Não me entendam mal todos aqueles que me acolheram no novo lar. Pelo contrário, entendam bem que o meu carinho por vocês é grande mas meu amor é pela terra mãe, o meu Rio Grande do Sul.