Mostrando postagens com marcador sonhos de cristal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sonhos de cristal. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de julho de 2010

São Jorge e o Padeiro II

.
Precisei sair. Fui entregar ao padeiro os sonhos de cristal. Ele disse que ninguém os faz como eu. Claro que não, sonhos de cristal só se fazem quando na lua nova São Jorge quase cai e derruba pó mágico. Com o pó, adubo a terra onde crescem as goiabas que feitas goiabada recheiam os sonhos.
Na volta, um homem caído lembrava São Jorge. Teria finalmente São Jorge caído? Teria um irmão gêmeo?
O homem agradeceu os dois sonhos e disse que não me preocupasse, nunca faltariam os ingredientes dos sonhos de cristal.
.
Ele não caiu. Quando o dragão entrou para o convento, se jogou.
Mas deixou um sistema de vassouras, para o meu pó da lua nova. Ele sabia que se sentisse fome, não o negaria sonhos.
Pranteei não poder lhe dar todos os sonhos.
Dois sonhos bastam, ele explicou. Por isso só no meu quintal cai pó. E os sonhos de cristal recheados com as goiabas adubadas com pó mágico que cai pelo sistema de vassouras de São Jorge na lua nova, eu podia guardar pra mim, mas os vendo a troco de banana para o padeiro.
Afinal ninguém faz sonhos de cristal como eu.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

De volta às primeiras decisões

.
Eu andava nas ultimas semanas com a impressão de estar carregando uma geladeira nas costas. Então, entregar o tcc foi um alivio danado né.
Junto com a pressão por terminar no prazo, (terminei com três minutos de antecedência), vinha uma série de problemas que me tirou o sono a fome, a sanidade mental, física...
Mas, agora com ele entregue, e o segundo pra ser iniciado só em algumas semanas, uma onda de claridade invadiu meus julgamentos que andavam beeem na penumbra.
Em hoje, conversando com um amigo, sobre algumas decisões que tomei, eu tentava explicar do porque seria inteligente não me jogar de cabeça na arte, e sim na publicidade...
Ai, lembrei de uma coisa que aconteceu há alguns anos à qual eu não andava dando valor...

É que, de volta no tunel do tempo, lá em 2007,
eu estava morando no exterior, trabalhando num navio cruzeiro, namorando um americano, de rolo com um romeno, de caso pensado em ficar pra sempre morando nas Ilhas Cayman, com oferta de emprego no México, com com pedido de transferência para a Italia encaminhado, e de cabeça feita que um dia eu ia morar na Nova Zelandia...
Eu estava decepcionadissima com algumas pessoas aqui na terrinha, chateada com minha familia, e irritada com a possibilidade de passar mais três anos na faculdade...
Eu estava decepcionada com Deus, refazendo meus conceitos de missão de vida, e entendendo como eu poderia um dia voltar a entender essa palavra...

Deixei tudo pra trás.
Pra voltar pro Brasil, terminar a faculdade de publicidade e trabalhar com Marketing.
Foi pra isso que eu voltei.
Deixava tudo pra trás, mas pra construir algo, e esse algo, era em publicidade, em Marketing.
Fazer faculdade de arte, era pra ser uma alternativa em caso de crise mundial, pra enriquecimento curricular, pra ter outra graduação, pra dar aula por prazer.

Mas eu me perdi nesses três anos e meio.
Quase abandonei o curso de publicidade,
e pra que?
Pra me dedicar integralmente a algo que, nunca teria sido motivo suficiente pra me fazer voltar.

Não que eu não ame a arte. Não que eu não adore de paixão dar aula.
Mas sou do tipo de pessoa que se o meu sustento viesse integralmente de aulas dadas, eu não faria direito. Ser professora é uma delicia, mas no meu caso, acaba tendo que ser a parada que eu faço pra desestressar de alguma outra coisa.

Aé, depois de todas essas percepções que ocorreram numa fração de segundo, fiquei pensando no quanto eu sou feliz por ter feito a escolha de voltar. E, claro, morro de saudade, as vezes de arrependimento, mas não é o suficiente pra me levar de volta.
E, com isso tudo, fiquei feliz por perceber que trancar a arte não é abandonar nenhum sonho, afinal esse não era o sonho que me motivou desde o principio. Era um complemento, um acessório, uma peça decorativa, um extra...

Por que sonho bom mesmo...
É com recheio de doce de leite.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

são Jorge e o padeiro

Precisei sair.
Fui entregar ao padeiro as duas duzias de sonhos de cristal que ele havia me encomendado, conta-me o padeiro que fazem muito sucesso meus sonhos de cristal, diz-me que ninguém sabe os fazer como eu. Claro que não, os sonhos de cristal são receita de familia, só se fazem quando na lua nova são jorge quase cai e assim derruba pó mágico. O pó que são jorge derruba no meu jardim eu uso pra adubar a terra onde crescem as goiabas que depois de feitas goiabada recheiam os sonhos de cristal.
Voltando da padaria encotrei na calçada caido alguém que me lembrou são jorge. Teria finalmente são jorge caido da lua? Ou teria ele um irmão gemeo?
O homem agradeceu os dois sonhos que lhe dei e disse-me que não me preocupasse, nunca me faltariam os ingredientes dos meus sonhos de cristais.
Era são jorge.
Ele não caiu da lua, ele se jogou. Ao que parece a vida lá andava muito chata desde que o dragão entrou para o convento. Disse-me que deixou na lua um sistema de vassouras. Uma sistema de vassouras? perguntei eu. Sim. Um sistema de vassouras. Para que toda lua nova meu pó mágico me caisse no quintal. E eu toda preocupada achando que não iria funcionar, perguntei se ele testou antes. Ele me disse que sim, e que as vassouras teem funcionado há anos.
Anos? mais uma vez perguntei. Sim anos, a anos são jorge derrama meu pó de sonhos de cristal. Ele disse que saberia que quando estivesse com fome eu o daria dois sonhos.
Ah são jorge, eu queria te dar todos os meus sonhos de cristal, mas não posso. Eu os vendo ao padeiro. Pranteei-lhe.
São Jorge me explicou que dois sonhos são suficientes, e que por isso o pó mágico só cai no meu quintal. Me disse que eu não guardo o pó, eu adubo minhas goiabas, e que os sonhos de cristal recheados com as goiabas adubadas com pó mágico que cai pelo sistema de vassouras de são jorge na lua nova, eu podia te-los só pra mim.
Mas os vendo a troco de banana para o padeiro. Afinal, ninguém faz sonhos de cristal como eu.