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domingo, 5 de dezembro de 2010

bule poca fé

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Contei com riqueza de detalhes sórdidos a minha história
fiz o marido dela chorar, e ela, achei que me poria no colo a qualquer momento.
Do navio ao hospital,
o traçado do fim da fé.
Do caminhar de mãos dadas com Ele nas tardes mexicanas,
da manhã americana quando ele deu dois passos pra trás e se afasto
à noite brasileira quando me dei conta que Ele não estava mais comigo.
Junto contei os detalhes sujos de cada pessoa que contribuiu pra hoje minha história ser só a de alguém que nunca mais pisa em uma igreja.
As falcatruas, as trapaças, as armações.
Vez ou outra a filha dela comentava, algo que me fez ver que a pobre menina caminha o mesmo caminho que um dia já trilhei.
Outras vezes ela e o marido identificavam-se com alguém que lhes faz ainda o mesmo jogo sujo que jogaram comigo.
E por fim em silêncio não retrucaram mais.
cansaram de me catequizar.
Tive medo de tê-los catequizado ateus.
E após um longo silêncio ela me perguntou: Mas hoje, no que você tem fé?
Ah, minha querida,
eu tenho fé, de depois dessa chuva virá um dia lindo de sol.
Eu tenho fé que o dente de leite do seu sobrinho vai cair e no lugar vai ficar uma janelinha fofa naquele sorriso maravilhoso.
Eu tenho fé, que depois de um banho de cachoeira minhas energias se renovam.
Eu tenho fé, de que eu não preciso me vingar, é Karma, a gente recebe de volta tudo o que faz, e quem faz pra gente um dia recebe também.
Eu tenho fé que criança sorrindo me faz sorrir, e mulheres se separando me fazem chorar. Que passarinhos cantando é a primavera chegando, e dirigir na BR é mais legal que na cidade. Tenho fé que amigos estendem a mão, e colegas estão por perto na hora de diversão, e que eu preciso dos dois pra viver.
Tenho fé nos meus sonhos por que corro atrás deles, e realizo eles nem que seja na base da força bruta, e de quando eu chorar, minha mãe vai ter um colo pra me dar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mianmar - Good Morning Sunshine

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Nós invariavelmente mostrávamos nas nossas rotinas o pior de cada cultura.
Era alguma razão fútil para criar uma discussão entre dois departamentos e uma pequena guerra mundial acontecia nos porões do navio.
Casa paisano defendia seu paisano, que é como chamavamos alguém da mesma nacionalidade, e alianças aconteciam no melhor estilo guerra mesmo.
Então como o que há de pior em cada cultura aflorava naturalmente, nos esforçavamos pra mostrar o lado positivo de se ser paisano de tal cantinho do mundo.
Quando trabalhei no serviço de quarto, meu turno favorito era o da noite. Minha ultima função antes da alforria diária era juntar as bandejas que os hospedes deixavam do lado de fora das cabines.
Enquanto fazia minha seção passava cumpimentando o pessoal da limpesa que começava o turno. Mais pelo Romeno lindo que eu paquerava, e outro tanto por um cara de Mianmar que animava meu dia.
Ele sempre me cumprimentava com: Bom dia raio de sol!
Eu achava aquilo tão lindo que mais de uma vez ele me foi razão pra não abandonar tudo.
Um vez ele me contou que era tradicção na região onde ele morava.
Que cumprimentar as pessoas pela manhã da maneira mais alegre, esforcada, animada e feliz possivel não custava quase nada, e fazia um bem pra quem recebia que não se podia calcular.
E ele tinha razão.
Nunca aprendi o nome estranho dele. Mas lembro até hoje daquele sorroso sem dentes que alegrava meu dia:
Good morning sunshine!!!!!

sábado, 6 de novembro de 2010

Indonésia

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Eu sempre volto do cinema com vontade de escrever, como se o cinema me lembrasse que se eu não escrever minha história ninguém vai escreve-la por mim. E eu levo isso sempre tão a sério que minhas rimas sempre costumas ser pós-cinema.
Mas curiosamente, hoje não voltei pensando em rimas sobre alguém. Sobre a dor nem sobre o amor. Voltei pensando em mim e nas minhas histórias.
Pensei que eu também comprei um dicionário de italiano um dia, e também babava nele com a esperança de um dia aprender de tanto olha-lo.
Também aprendi lições de alma com indianos, e também trouxe de Indonésios coisas que ficarão pra sempre marcadas na minha vida.
Fiquei pensando nas lições que a protagonista fo filme aprendeu, e no porque eu n~unca consegui transformar minhas viagens em lições de vida.
Talve eu tenha saído jovem de mais.
Mas não há como sustentar esse argumento. Eu precisava daquilo mais do que do próprio ar naquele momento.
Talvez essa mania de só ver o lado ruim das coisas. É esse argumento faz sentido, e eu bem devia começar a rever meu ponto de vista da vida.
Na minha segunda viagem conheci uma carioca surtada que repetia sempre "você reclama demais" e eu não conseguia entender. Hoje já consigo me ver reclamando. Mas não consigo parar de reclamar.
Meu chefe romeno dizia que meu problema era que eu pensava demais. Recentemente meu orientador do tcc me disse a mesma coisa.
Meu chefe indiano me fazia chorar por não entender a separação que ele fazia de quando era meu chefe grosso e estupido e de quando era meu amigo. Hoje temo que queria ser como ele, mas não sei ser. Então não sou ninguém, e deixo de falar coisas que poderiam ser de grande valia no trabalho de alguém.
Enquanto eu esperava meu ultimo cheque, mais ou menos uma hora antes de sair do navio, a Rowena, uma Indonésia suja, trapaceira, piriguete, e um amor me procurava loucamente nos corredores do navio. Tinha nas mãos um frasco de um perfume que ela amava, que aliás fedia muito, pra me dar de presente. Disse que foi pra ela um orgulho trabalhar comigo. Morar também, sim eu dividi quarto com a cabelos cadentes. Ela falou como aprendeu comigo a só chorar escondida, que ninguém precisa saber que conseguia me deixar pra baixo. Hoje penso que eu tinha esquecido a lição que aprendi tão duramente naquele lugar.
Os Markos eram dois Servios lindos e vazios. Eu odiava um deles. O outro me encheu de orgulho um dia quando encheu a cara no bar e mandou nosso chefe filipino tomar bem no meio do olho do cu dele, isso após desenhar o mapa do olho do cu no placar da sinuca e pediu demissão.
O outro Marko, antes mesmo da palavra fake virar modinha eu o diferenciava do Marko hero, como sendo o Marko fake. Quando ele cantava de galo, eu que naquela altura tinha aprendido a brigar gritava "você não é real Marko. Nadsa em você é original." Não sei por que eu me implicava tanto com ele. No dia que pedi demissão ele me procurou, me deu um abraço apertado e falou naquele ingles porco dele: "Essa é minha ultima chance. Por isso ainda pareco fake, porque estou me criando de novo e preciso me adaptar a esse personagem. Você pediu demissão porque tinha mais uma chance. Mas, e se for a sua ultima chance, porque um dia, ela será, você não se agarraria a ela a ponto de criar uma nova você?"
O Marko fake me ensinou uma valiosa lição naquele dia, a de que eu não preciso ser sempre eu. E foi uma das poucas liçoes que a que tenho me mantido firme.
Acho que nos proximos dias vou tentar repassar os bons momentos que ficaram das viagens. Afinal os maus e já enterrei na minha memória seletiva mesmo.
Tentar deixar eles eternos, já que são mesmo merecedores da eternidade.
Prometi ao Phillip e à Supakorn que eles se casariam no Brasil, que era o meio do caminho no mundo. O Victor já estaria aqui, a Rowena viria da Indonésia, Phillip nadando da Africa do Sul e todos encontraríamos a Sup deslumbrante vestida de noiva.
Eles acharam que meu plano não era muito eficiente.
Mas acho queum dia vou reencontrá-los.
Hoje estranhamente eu sinto isso.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

De volta às primeiras decisões

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Eu andava nas ultimas semanas com a impressão de estar carregando uma geladeira nas costas. Então, entregar o tcc foi um alivio danado né.
Junto com a pressão por terminar no prazo, (terminei com três minutos de antecedência), vinha uma série de problemas que me tirou o sono a fome, a sanidade mental, física...
Mas, agora com ele entregue, e o segundo pra ser iniciado só em algumas semanas, uma onda de claridade invadiu meus julgamentos que andavam beeem na penumbra.
Em hoje, conversando com um amigo, sobre algumas decisões que tomei, eu tentava explicar do porque seria inteligente não me jogar de cabeça na arte, e sim na publicidade...
Ai, lembrei de uma coisa que aconteceu há alguns anos à qual eu não andava dando valor...

É que, de volta no tunel do tempo, lá em 2007,
eu estava morando no exterior, trabalhando num navio cruzeiro, namorando um americano, de rolo com um romeno, de caso pensado em ficar pra sempre morando nas Ilhas Cayman, com oferta de emprego no México, com com pedido de transferência para a Italia encaminhado, e de cabeça feita que um dia eu ia morar na Nova Zelandia...
Eu estava decepcionadissima com algumas pessoas aqui na terrinha, chateada com minha familia, e irritada com a possibilidade de passar mais três anos na faculdade...
Eu estava decepcionada com Deus, refazendo meus conceitos de missão de vida, e entendendo como eu poderia um dia voltar a entender essa palavra...

Deixei tudo pra trás.
Pra voltar pro Brasil, terminar a faculdade de publicidade e trabalhar com Marketing.
Foi pra isso que eu voltei.
Deixava tudo pra trás, mas pra construir algo, e esse algo, era em publicidade, em Marketing.
Fazer faculdade de arte, era pra ser uma alternativa em caso de crise mundial, pra enriquecimento curricular, pra ter outra graduação, pra dar aula por prazer.

Mas eu me perdi nesses três anos e meio.
Quase abandonei o curso de publicidade,
e pra que?
Pra me dedicar integralmente a algo que, nunca teria sido motivo suficiente pra me fazer voltar.

Não que eu não ame a arte. Não que eu não adore de paixão dar aula.
Mas sou do tipo de pessoa que se o meu sustento viesse integralmente de aulas dadas, eu não faria direito. Ser professora é uma delicia, mas no meu caso, acaba tendo que ser a parada que eu faço pra desestressar de alguma outra coisa.

Aé, depois de todas essas percepções que ocorreram numa fração de segundo, fiquei pensando no quanto eu sou feliz por ter feito a escolha de voltar. E, claro, morro de saudade, as vezes de arrependimento, mas não é o suficiente pra me levar de volta.
E, com isso tudo, fiquei feliz por perceber que trancar a arte não é abandonar nenhum sonho, afinal esse não era o sonho que me motivou desde o principio. Era um complemento, um acessório, uma peça decorativa, um extra...

Por que sonho bom mesmo...
É com recheio de doce de leite.

sábado, 18 de julho de 2009

Chorar ou não chorar. Eis a questão

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Lembra da Alicia? Ela estudou com a gente na sexta e na sétima série.
Não sei como você consegue esquecer alguém como a Alicia.
Essa mesma, Alicia chorona-bobona.
Encontrei com ela ontem. Estava voltando de Morretes e nos encontramos no trem, e estavamos as duas vindo pra casa, as duas perdemos o onibus da seis e meia, achamos que era destino e não nos separamos mais até a hora de dizer tchau quando o onibus chegou aqui.
Alicia chorona-bobona como a chamavam os do fundão sempre foi emotiva demais.
Quando nos conhecemos, lembra, ela chorava desesperadamente, porque não ia mais ter aula com alguma professora da quinta série. Outra vez, ela viu sua mãe na escola, chorou horas. Achava que poderia ter acontecido algo, algum professor reclamado ou coisa assim. Não era nada. Alicia além de chorar demais tinha esse outro problema que era sofrer por antecipação.
Quando a menstrução de nossas amigas começou a vir pela primeira vez, uma a uma, Alicia chorava porque sabia que um dia a dela também viria.
Quando o primeiro namorado terminou com ela, meu deus, achei que Alicia fosse desidratar.
Na oitava série Alicia mudou de colégio.
Além de ontem a noite nós nos reencontramos outras duas vezes nesses doze anos que se passaram. Na época do cursinho ela queria ser fisioterapeuta e nós frequentavamos o mesmo cursinho. Alicia tinha mudado um pouco, mas não muito, continuava chorona, mas sempre me dizia que um dia ela teria que aprender a parar de chorar.
Naquela época ela brigou feio com o pai dela, chegou a sair de casa, só voltou mais de um ano depois. Era de cortar o coração, estavamos lá, assitindo alguma aula e eu por alguma razão olhava pra ela, e uma lágrima escorria pelo rosto de Alicia.
Dia e noite, noite e dia Alicia chorava.
Ficamos outros muitos anos sem nos reencontramos, mas o destino sempre cooperou em nossos reencontros. Uma vez eu estava voltando pra casa, e estava plantada a oito horas no aeroporto de Boston. Carregando malas de um lado para outro de saco cheio já, quando a mala de mão caiu, soltei um sonoro "puta que pariu". E o destino, essa criança travessa arrumou de Alicia estar passando ali naquela hora. Ela riu.
Disse-me que eu não havia mudado, nem meu vocabulário.
Ficamos mais cinco horas ali até o avião dela partir, o meu demorou mais que isso.
Alicia estava um caco.
Feliz. Mas acabada.
Dizia-me ela que sabia que se encerrava naquele dia o período mais dificil da vida dela, que voltaria pra casa e seria outra pessoa.
Se foi ou não, demorei outros anos pra descobrir, só descobri ontem na verdade.
Mas naquele dia Alicia tinha olheiras que tomavam conta do rosto todo. Se eu tivesse ouvido tudo o que ela me contou naquele dia eu nunca teria ido trabalhar naquele maldito navio. Pois é, ela estava voltando de uma temporada de navio. Não disse que o destino é uma criança travessa, ela também trabalhou em navio.
Enfim, nessa época de navio, ao que parece o momento mais dificil da vida da Alicia, ela chorou rios de lágrimas.
Mas o que eu mais lembro, é a descrição que ela me fez das lágrimas que ardiam. Dizia que não sabia se era a água do navio ou o que...
Mas que as lágrimas, lembro que ela dizia nao eram apenas lágrimas, mas "lagrimonas" essas lagrimonas eram maior que lágrimas normais, e que quando escorriam era como se queimasses a pele. Como que para marcar pra sempre na pele o que só sabe quem já passou pelo inferno em alto mar.
Dizia que sentia doer. queimar, arder e outros adjetivos relacionados à dor ácida. Só entendi cada um desses adjetivos no meu tempo de navio. Talvez fosse a água mesmo.
Depois desse encontro regado a muitas lágrimas e café do Dunkindonuts, ela me ligou algumas vezes. E eu, naquela adrenalina de que estava chegando meu tempo de ir pro navio não pude perceber a profunda depressão que Alicia enfrentava. Voltar pra casa foi ainda pior.
Mas essa dor eu conheço.
Seus amigos tem novos amigos, novos assuntos, novas piadas. E você não se encaixa mais na vida de ninguém.
Fui. Voltei. Minha vida prosseguiu e a de Alicia também.
Ontem essa criança travessa chamada destino nos reuniu.
E Alicia, mais linda do que nunca. Não derrubou uma única lágrima.
Contamos de nossas aventuras e desventuras. Mas Alicia não chorou.
Alicia chorona-bobona não chora mais.
Simplesmente não chora mais.
Ali pelo meio da viagem tomei coragem e perguntei se no meio de tantas loucuras, fracassos e sucessos não dava vontade de chorar enquanto contava, afinal, ela sempre chorou tanto.
Alicia me disse que a alguns meses não derrama uma única lágrima.
Seriam mais meses, mas tem uns três meses ela chorou um domingo inteiro. Mas antes já se ia quase um ano sem ter chorado.
E me contando dessa vida sem chorar, ela me contou de um velório. Recentemente uma pessoa muito querida dela faleceu. Chegando lá, ela parou ao lado do caixão, e abraçada ao filho desta pessoa ela olhava a falecida.
"é hoje que eu choro", pensou ela.
Mas não chorou.
Ficou ali, olhando para o peito da morta, como que esperando o subir e descer da respiração. Mas não subia.
Nem descia.
E nesse dia diz Alicia, ela se deu conta que algo havia mudado. Ela havia aprendido a não chorar como tanto queria naquela época de cursinho. Ou havia se tornado a outra pessoa que havia decidido ser depois do navio.
Como o destino meu e da Alicia é mais travesso que você é capaz de imaginar, ela tem dois homens na vida dela hoje.
Um exige que ela abra mão da vida dela e o siga cegamente.
Outro
a esquece em qualquer canto.
Nenhum dos dois a buscaria na rodoviaria quando chegamos.
Um porque estava sempre longe
o outro por que na hora da precisão nunca estava por perto.
perguntei se por algum deles ela chorava.
"Nem nó na garganta, Maris, nada! nenhum deles merece nem uma única lágrima minha"
Alicia não chora mais.
Juro que pensar e escrever essa história dela quase me fez chorar.
Mas sei que a Alicia não choraria.
Ela tinha mesmo razão quando dizia que seria outra pessoa.
Não entendo essa teoria das pessoa que merecem ou não nossas lágrimas.
Fico aqui criando as minha teorias sobre quando Alicia decidiu parar de chorar. Acho que ela deve ter criado conceitos sobre merecedores e não merecedores.
Quanto a chorar o futuro, ou aquele preocupar-se todo com o que está por vir, ela me pareceu conformada. Como quem espera o irremediavel, mas as vezes ela deixava escapar um sorriso cretino de quem sabe que as vezes o quem vem pela frente nem é tão ruim assim. Então, pelo bom ou pelo mal que vem, ela não chora.
Mas como tudo que se leva a sério demais...
acho que hoje ela não controla mais o não chorar, ela simplesmente não chora.
Assim como um dia ela não controlava o chorar. Ela simplesmente chorava.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Da série - vida de navio

Fico olhando o mar que nessa imensidão se mistura com o céu, as nuvens vermelhas me dizendo que o dia vai amanhecer e pago pra ver. Bom mesmo e fugir do room-service, bom mesmo e sair de lá e sentar na popa, de madrugada com um copo de suco de goiaba na mão só pra ver as nuvens mudarem de cor, o céu tão negro que vai se rendendo e clareando, Bom mesmo e ver o nascer do sol. Sozinha, acompanhada, cantando toquinho e Vinicius, em silencio na alma, ou perguntando alguma nova duvida existencial pra Deus. Bom mesmo e poder lá do alto cuspir no mar e nao se sentir culpada, bom mesmo e saber que aquele espetáculo e só meu. Bom mesmo e ver que quem admira um por do sol, não faz idéia do que e o nascer. Têm uma frase na camiseta de um moço que eu adoro, diz que os trabalhos que melhor pagam começam antes que você levante. Bom mesmo e saber que não são só os empregos. Mas os momentos memoráveis, alguns perdem. Por que não abrem suas cortinas. Por que se fecham em suas rotinas, e não se dão o presente de sair, de ir pra popa, pra esperar o sol nascer. Ah se eles soubessem...