.
Pensei em escrever algo dramático
sobre como esse silêncio do telefone
me faz ficar com o coração doendo
numa vontade de arranca-lo
e atira-lo pra você.
Pensei em ilustrar o texto
com uma imagem igualmente dramática
mas quando digitei no google
"coração arrancado"
o google me sugeriu "coração emo"
como pesquisa relacionada.
Achei que estou velha pra isso,
e aproveitei que, se quando adolescente a gente
enfrenta coração partido/arrancado com coisas emos,
a vantagem de estar velha demais pra isso,
é poder resolver essa dor
com altas dosagens alcoólicas.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Ying & Yang
.
Eu falei de Lichtenstein, voce não viu.
Eu falei de jazz, você não ouviu
Eu falei de poker, você não apostou
Eu falei de tango, você não dançou
Eui falei de Kafka, você não leu
Eu falei de Santaella, você não entendeu.
Eu falei de comida mexicana, você não tentou
Eu falei de coca cola, você reprovou
Eu falei de Tim Burton, você não riu
Eu falei de Kubrick, e você dormiu
Eu falei de creme de leite, você não comeu
Eu falei de bacardi, você não bebeu
Eu falei de Erasmo e Roberto, e você não cantou
Eu falei de pontes, você não se jogou.
Eu falei de nós, você não acreditou
Eu falei de mim, você não amou
Eu falei de você, e você nem tentou.
Eu falei de Lichtenstein, voce não viu.
Eu falei de jazz, você não ouviu
Eu falei de poker, você não apostou
Eu falei de tango, você não dançou
Eui falei de Kafka, você não leu
Eu falei de Santaella, você não entendeu.
Eu falei de comida mexicana, você não tentou
Eu falei de coca cola, você reprovou
Eu falei de Tim Burton, você não riu
Eu falei de Kubrick, e você dormiu
Eu falei de creme de leite, você não comeu
Eu falei de bacardi, você não bebeu
Eu falei de Erasmo e Roberto, e você não cantou
Eu falei de pontes, você não se jogou.
Eu falei de nós, você não acreditou
Eu falei de mim, você não amou
Eu falei de você, e você nem tentou.
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Solidão: o estado de estar só?
.

Tendo a tentar me afastar da tristesa, da solidão e do medo.
Mas esqueço que são tão legitimos como a alegria, a companhia e a coragem.
Tão legitimos e tão necessários quanto.
De tempo em tempo o mundo da gente desaba, desmonta, desmorona
e como terremotos nos deixam sem estrutura alguma, sem nem ter pra onde correr.
Ai nessa hora eu me agarro neles.
Mas esqueço que são tão legitimos como a alegria, a companhia e a coragem.
Tão legitimos e tão necessários quanto.
De tempo em tempo o mundo da gente desaba, desmonta, desmorona
e como terremotos nos deixam sem estrutura alguma, sem nem ter pra onde correr.
Ai nessa hora eu me agarro neles.
Já disse uma vez, né
que eu não largo das mãos que se atrevem a pegar nas minhas,
elas é que fogem apavoradas depois de algum tempo.
que eu não largo das mãos que se atrevem a pegar nas minhas,
elas é que fogem apavoradas depois de algum tempo.
Mas dai,
uma dia,
seu Haiti pessoal começa,
e por uma brincadeira dessas bem sem graça do destino,
vc se vê só.
uma dia,
seu Haiti pessoal começa,
e por uma brincadeira dessas bem sem graça do destino,
vc se vê só.
As pessoas que sempre foram seu suporte,
sua base
sua estrutura
precisam estar longe.
Jurei que ia me acabar de vez, sabiam?
Mas curiosamente,
a solidão, ou o estar só,
me fez mais forte.
Sem ninguém aqui que ouvisse minhas lamurias despropositadas
sem ninguém pra alimentar minha auto-piedade
sem ninguém pra me curar.
Estar só foi o balsamo
a força
a coragem
pra me reerguer.
Eu que sempre soube, que era sózinha,
longe de tudo e de todos que me resolvia
que me entendia
me curava
me libertava.
E apesar de cobrar presença
apesar de precisar do abraço
de desesperar com a distancia
apesar desse cançasso
apesar da falta de cuidado
apesar dessa lambança
apesar do coração rejeitado
apesar,
apesar...
quase posso dizer, ai que vontade de dançar...
sua base
sua estrutura
precisam estar longe.
Jurei que ia me acabar de vez, sabiam?
Mas curiosamente,
a solidão, ou o estar só,
me fez mais forte.
Sem ninguém aqui que ouvisse minhas lamurias despropositadas
sem ninguém pra alimentar minha auto-piedade
sem ninguém pra me curar.
Estar só foi o balsamo
a força
a coragem
pra me reerguer.
Eu que sempre soube, que era sózinha,
longe de tudo e de todos que me resolvia
que me entendia
me curava
me libertava.
E apesar de cobrar presença
apesar de precisar do abraço
de desesperar com a distancia
apesar desse cançasso
apesar da falta de cuidado
apesar dessa lambança
apesar do coração rejeitado
apesar,
apesar...
quase posso dizer, ai que vontade de dançar...
Talvez ainda estivesse naquela comisseração
ou ainda andasse chorando pelos cantos
talvez eu até tivesse retornado aquela ligação
Mas não tinha mais ninguém pra decidir pra mim
pra ouvir meus dramas, pra por a culpa por ter ligado
E pela primeira vez em muito tempo,
vejo claramente a ação providencial do todo poderoso
me deixar só
foi mesmo o melhor remédio.
ou ainda andasse chorando pelos cantos
talvez eu até tivesse retornado aquela ligação
Mas não tinha mais ninguém pra decidir pra mim
pra ouvir meus dramas, pra por a culpa por ter ligado
E pela primeira vez em muito tempo,
vejo claramente a ação providencial do todo poderoso
me deixar só
foi mesmo o melhor remédio.
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solidão
sábado, 12 de setembro de 2009
gastações
Será que os homens tem noção do quanto eles nos fazem gastar?
Tipo, coisas simplissimas como o fato de que com o fim disso tudo eu não tenho vontade de usar os mesmos esmaltes, e lá vou eu pra farmácia renovar os esmaltes. Ah, sei lá precisava de algo mais, aliás, de algo menos... menos feliz, menos apaixonada (...) menos vermelho.
E troquei os lindos "beijo", "pura luxuria" e "tinto" por "chá gelado", "renda" e "fada".
Mais que a minha vontade de falar sobre os nomes dos meus esmaltes, está a importancia dessa troca colorística. Hoje nem o rosinha saudável do "fada" caberia, só a palidez de "chá gelado" é capaz de transpor pras minhas unhas como anda meu coração.
Aos poucos a maquiagem (essa permanece forte pra esconder as olheiras), as roupas, e até os allstar, tudo ficará mais pálido, mais naquele tom pastel de quem sente que fez o que devia, mas não o que queria.
E, mais uma vez lá se vão os poucos reais que me restam em gastações motivadas por homens que não entendem a diferença de risqué pra colorama.
Tipo, coisas simplissimas como o fato de que com o fim disso tudo eu não tenho vontade de usar os mesmos esmaltes, e lá vou eu pra farmácia renovar os esmaltes. Ah, sei lá precisava de algo mais, aliás, de algo menos... menos feliz, menos apaixonada (...) menos vermelho.
E troquei os lindos "beijo", "pura luxuria" e "tinto" por "chá gelado", "renda" e "fada".
Mais que a minha vontade de falar sobre os nomes dos meus esmaltes, está a importancia dessa troca colorística. Hoje nem o rosinha saudável do "fada" caberia, só a palidez de "chá gelado" é capaz de transpor pras minhas unhas como anda meu coração.
Aos poucos a maquiagem (essa permanece forte pra esconder as olheiras), as roupas, e até os allstar, tudo ficará mais pálido, mais naquele tom pastel de quem sente que fez o que devia, mas não o que queria.
E, mais uma vez lá se vão os poucos reais que me restam em gastações motivadas por homens que não entendem a diferença de risqué pra colorama.
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terça-feira, 12 de maio de 2009
São Francisco
Francisco é o tipo de homem que chamaria a atenção de qualquer uma. Nome de santo, cara de bandido, sotaque latino e jeito atrevido. Perguntavam-me os indianos por que ele, e eu dizia, é a lingua meninos, a lingua espanhola. Ria-me por dentro me divertindo com a piada que só funciona em português.
Francisco chegou numa hora que eu nem precisava dele e se mostrou tudo que eu queria, andar de mãos dadas, conversar horas, conhecer restaurantes divertidos. Era galante como eu nem imaginei que haviam homens ainda, dum jeito quase antigo, na rua não se importava com meu ouvido meio bobo, andava sempre pro lado da rua, e eu pro da calçada, dizia-me que assim ele me protejeria em caso de acidente. E eu me derretia.
Lembro que junto com o nome de santo vinham os sobrenomes de ditador, castro e chaves. Mas não lembro de onde ele era se era porto rico, costa rica, só lembro que era algum lugar pobre com nome de rico.
Quando ele desceu e eu fiquei senti um misto de morte com liberdade, dor e paz, agonia e felicidade.
Afinal, o confinamento traz uma vida mais intensa que a necessária para aquele momento da minha vida, e ali, naquele lugar pequeno demais eu vivi tudo que podia com o Francisco. Borboletas no estomago, interesse, coragem, alegria, paz, sossego, orgulho, medo, ódio, tristeza, dor desesperadora, me vi morrer e renascer naqueles corredores e vê-lo todos os dias era profundamente doloroso.
Vê-lo indo embora na rampa foi como que ver a morte.
E após ela viver apesar da morte. Viver, sabendo que ele ainda está vivo, mas que eu nunca mais o verei. E alimentar esse misto de frustração, saudade e paixão adormecida.
Mas penso que ao meu amante latino, posso dar um ponto final, coisas que outros, ficam sempre na virgula, lá no rascunho da minha vida. Esperando um dia de ver a continuaçao da história.
São francisco passou de santo a demonio.
De paixão à asco, e voltou a ser paixão, afinal grandes amores não morrem assim, e deixa seu ponto final. abrindo espaço para novos capitulos.
Coisa que outro não tiveram a descencia de fazer.
Francisco chegou numa hora que eu nem precisava dele e se mostrou tudo que eu queria, andar de mãos dadas, conversar horas, conhecer restaurantes divertidos. Era galante como eu nem imaginei que haviam homens ainda, dum jeito quase antigo, na rua não se importava com meu ouvido meio bobo, andava sempre pro lado da rua, e eu pro da calçada, dizia-me que assim ele me protejeria em caso de acidente. E eu me derretia.
Lembro que junto com o nome de santo vinham os sobrenomes de ditador, castro e chaves. Mas não lembro de onde ele era se era porto rico, costa rica, só lembro que era algum lugar pobre com nome de rico.
Quando ele desceu e eu fiquei senti um misto de morte com liberdade, dor e paz, agonia e felicidade.
Afinal, o confinamento traz uma vida mais intensa que a necessária para aquele momento da minha vida, e ali, naquele lugar pequeno demais eu vivi tudo que podia com o Francisco. Borboletas no estomago, interesse, coragem, alegria, paz, sossego, orgulho, medo, ódio, tristeza, dor desesperadora, me vi morrer e renascer naqueles corredores e vê-lo todos os dias era profundamente doloroso.
Vê-lo indo embora na rampa foi como que ver a morte.
E após ela viver apesar da morte. Viver, sabendo que ele ainda está vivo, mas que eu nunca mais o verei. E alimentar esse misto de frustração, saudade e paixão adormecida.
Mas penso que ao meu amante latino, posso dar um ponto final, coisas que outros, ficam sempre na virgula, lá no rascunho da minha vida. Esperando um dia de ver a continuaçao da história.
São francisco passou de santo a demonio.
De paixão à asco, e voltou a ser paixão, afinal grandes amores não morrem assim, e deixa seu ponto final. abrindo espaço para novos capitulos.
Coisa que outro não tiveram a descencia de fazer.
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