segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pegando a estrada

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Hoje, peguei a estrada daquele jeito que você dizia que se preocupava, num dia nublado com vento, e a moto como sempre deixando a desejar.
Mas não se preocupe, vesti aquela jaqueta que proteje de vento e chuva.
Fui querendo chegar, mas algumas gotas de chuva já caiam.
Então a cada saída, eu me prometia só mais uma, só mais um retorno. Só mais dez quilometros.
Se essa chuva não cair, eu vou um pouco mais, só até ali, e lá na frente eu decido se continuo.
Era assim com você.
As previsões todas anunciavam o temporal que cairia, mas eu só retornei quando não deu mais de continuar. Tomar chuva na moto dói, sabia?
Assim também foi tudo que acabei enfrentando, porque mesmo sabendo que uma hora ou outra o céu cairia sobre minha cabeça, enquanto a viagem estava boa, enquanto tomar aquela garoa só deixava o passeio ainda mais interessante eu não me importava com a previsão do tempo.
Mas pelo menos hoje isso não foi assim.
A certa altura vi o temporal caindo lá na frente, dei meia volta e retomei o caminho de casa.
Aprendi a lição com você né.
Melhor não esperar pra ver se o temporal me alcançará.
Na volta pra casa a chuva engrossou e eu fiquei pensando que nós dois éramos como aquele céu.
De um lado azul, e de outro negro como a noite.
E eu só me importava em olhar para o céu azul, e quanto o temporal me pegou, me senti desprevinida, nem aquela jaqueta que segura vento e chuva eu tinha.
E hoje, acho que ainda resta uma garoa, ou talvez seja só o lamaçal.
Não sei o que restou, só sei que ainda está dificil seguir em frente.
Ainda bem que eu sei que um dia o sol brilha de novo.
E em alguns dias é no céu inteeeeeiro

Um comentário:

Maria Rita disse...

Nem sempre pensar que "tudo passa" consola, mas se é o que tem pra hoje, que seja!

Beijos pra Ti