quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nova série: Vocabulário da minha mãe

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Depois dos stresses eu sempre pesteio.
Pestear é um verbo da minha mãe, coisa de colono.
A peste dá na lavoura de uma hora pra outra, quando menos se espera, e tem que saber o que é pra não estragar de vez a lavoura com o veneno errado.
Assim é eu e o pestear.
Foram três semanas fodas, de manhã de tarde e de noite na universidade.
Trabalhos cabulosos atrás de trabalhos cabulosos
Ameaças de exame
e pra completar ele terminou comigo por email.
Foi foda.
éfe, oh, de, ah
FODA
terminado tudo um outro estressezinho dinheiristico que só aconteceu dentro da minha cabeça.
E no dia que tudo acabou eu acordo de manhã pesteada.
Hoje, depois de muito relutar, fui ao médico, que como sempre brigou comigo, pq eu deveria ter ido antes. Disse que se eu bobeio a infecçào ia pros rins. (tudo bem, eu nem lembro pra que servem os rins mesmo)

E assim os padrões se repetem.
Final de ano igual a bosta.
Estresses precedem pestes
Silencios precedem fins
dor de garganta precede antibiótico do tamanho de bola de tenis
pijama novo = felicidade
eu em casa, igual a texto que fica pra sempre no rascunho do blog e que me leva as lágrimas.
pessoas que falam que farão algo nunca fazem.
Natal + meu pai = mal gosto
dezembro = depressão
playlist esquecida = lágrimas

Hoje queria dormir cedo, pra começar logo a ver o efeito da bola de tenis antibiótica, mas meu quarto agora é a sala da casa. E a sala da casa agora é sala de cinema.
O médico disse que amanhã ainda estarei meio pesteadinha, então quando eu melhorar eu conto sobre as outras palavras que só existem no vocábulário da minha mãe...

3 comentários:

Paulo Tamburro disse...

Que coisa bonita,MARIS.

QUEM FEZ? (RSRSRS).

Olha quanto ao amor que se foi uma frase:

"O que para a lagarta é o fim do mundo, para Deus e o nascimento da borboleta".

Então, voe MARIS.

Quanto a sua saúde, calma, a fila anda e outras coisas boas virão ao invès desta desagradável dor de garganta.

Tudo sob controle, é você quem está no comando, não deixe a bússola ficar louca.

O Norte é Norte!

Um abração carioca, muito obrigado pela sua generosidade e atenção, e fique com Deus.

Carolina Filipaki disse...

Eu ainda estou esperando os stresses de final de ano, lá em casa, entre o Natal e o Ano Novo meu pai sempre pira o cabeção. Sempre, sempre, sempre! E não é por pinga, não é por nada. Acho que é emoção de ver as três mulheres - a mãe, eu e a minha irmã - em casa por tanto tempo, coisa que só acontece nesta época! hahaha
Assim como a infecção vai passar, passa também o stress, a dor e a tristeza. Vc vai ver!
Bjs

Sylvio de Alencar. disse...

É fogo Maris... ainda bem que moro só, que minha mãe é cabeça e num tá nem aí pra 'comemorações', que eu tô leve, livre, e solto.
Homem também pega essa infecção, é um cu, ela sobe pros rins mesmo!
Se quiser um ombro, te empresto o meu, só tá servindo pra segurar meu braço mesmo.
No mais..., sei lá; convide-se para dar uma volta, tomar um sorvete, passear com um amigo.
Fique de boa que tudo passará, e você passarinho.