terça-feira, 5 de maio de 2009

a semiótica e você

Teus sinais me confundem da cabeça, mas por dentro eu te devoro
Teu olhar não me diz exato quem tu és, mesmo assim eu te devoro.


Isso não é um texto. Isso não é assunto de blog, nem é as minhas viagens. Esse texto é um artigo, um tratado, um estudo cientifico de mim e você.
É que eu concluo que eu e você somos algo que deve haver uma ciência que estude, deve haver algum pesquisador pensando em nós quase tanto quanto eu penso em você.
Fazer a mesma matéria duas vezes no dia me leva a concluir que talvez a semiótica de conta de nos entender. Diz-me a magestade que é uma ciência exata. Se é exata deve chegar a conclusões, certo? então é nela que vou me apoiar pra pensar eu e você, você e eu, nós dois.
Dizem que segundo Pierce, o sem vida, tudo é signo. Nossos olhares, nossas aulas, seu peito estufado, eu que só vejo seus ombros, meus amigos que te analisam, suas amigas que me odeiam, as fotos, os desenhos, os telefonemas, Tudo é signo.Mas, se tudo é signo, então fica difícil concluir algo. O que me leva a ler um pouco mais do livro, pra ver se te decifro.
É ícone diz-me Santaella tudo aquilo que guarda relação de semelhança, deve ser algo como aquela foto sua que eu guardo no meu computador, a minha foto no seu celular. Meus muitos desenhos que fiz de você, ou aquele que você fez de mim. Aquela foto que tiramos juntos não é nós dois, é ícone de nós dois.
Índice é algo que indicia, indica. Como a chuva que vejo nos carros é índice de que choveu, eu te chamar para estudarmos algo que nunca me interessou tanto assim é índice de que quero ficar perto de você. Ou seu jeito de estudarmos só nós dois é índice que você quer que esse tempo nós passemos a sós.
Mas também aquele telefonema é índice de que tem mais alguém na sua vida. Ahh, mas aí são tantos índices que quase dói pensar neles. Alguém que está na sua vida, mexe no seu celular e me liga do seu telefone fixo, é alguém que está muito perto de você, é alguém que te tem. Talvez semiótica nem seja uma ciência tão exata assim, se fosse eu não teria como ignorar esses índices e seguir minha vida.
Ah, mas ainda tem os símbolos.
Sobre eles não vou pensar. Ao menos ainda não. Esse meu conhecimento ainda está engatinhando e não sei quais são os símbolos arbitrários de nós dois. Nem sei se há símbolos arbitrários entre nós dois. Aliás, ainda preciso descobrir se existe nós dois.
Até lá eu te estudo. Semióticamente, já que na aula de anatomia eu ainda sou um pouco mais analfabeta

2 comentários:

Bruninha disse...

um tanto quanto comprometedor...

Maris Morgenstern disse...

agora eu já sei achar os símbolos...